30/09/2010

Companheira e amiga Teresa, presente!

Eduardo Almeida Neto


Morreu um dos símbolos do PSTU. Na madrugada de 28 de setembro, uma embolia pulmonar levou Teresa Bastos no Rio de Janeiro. Militava desde 1982, sempre emotiva, sempre apaixonada. Teresa passional. Teresa irreverente. Teresa.

Com ela se foi uma parte da vanguarda que dirigiu as grandes greves bancárias da década de 80. Grandes assembléias, o centro do Rio fervilhando com piquetes.

Lá se foi um dos dirigentes que souberam manter o partido na cinzenta década de 90, quando tantos pararam de militar. Muitos quadros importantes do partido de hoje foram formados por ela.

Há seis anos descobriu que tinha esclerose múltipla. Estava condenada por uma doença neurológica degenerativa, que pouco a pouco lhe tirava os movimentos. Logo ela, uma agitação permanente.

Veio a parte mais triste. Cada mês com menos força e coordenação motora. Já não conseguia andar, passou a usar uma cadeira de rodas. Mas existe uma beleza escondida no fundo da tristeza. Ela seguiu fazendo o que podia pelo partido até seus últimos dias. Seguia e seguia... Teresa brigona. Teresa.

Lembro do ato de aniversário dos 15 anos do partido no Rio. Ela foi ovacionada sentada em sua cadeira de rodas. Os olhinhos brilhavam.

Nesse mundo capitalista, valores como a dignidade e a moral viraram raridade. A força demonstrada por Teresa para enfrentar a doença veio mostrar a todos que a dignidade é possível. A solidariedade incansável de Zeca, seu companheiro, lembrou como a moral proletária é necessária.

O Rio teve uma manhã cinzenta, em plena primavera. Parecia um sinal de respeito com o funeral. Ao redor do caixão, velhos militantes sem vergonha por ter lágrimas nos olhos. Outros que já não militam ou que militam em outros partidos. Gente nova que a conheceu já na doença. Teresa os juntou pela última vez.

Fala Elisia, antiga companheira. Lembra de sua última reunião há menos de uma semana. Teresa estava preocupada com a greve geral na França. Cyro mostra o presente que comprou em uma viagem para ela. Faz questão de entregar, mesmo com atraso. É uma caixinha de música, dessas que se gira uma manivela e toca a Internacional. Zeca fala em nome de todos nós. Mais que um companheiro. Um gigante, frágil pela perda.

Os funerais têm seus símbolos. Os religiosos têm suas orações. Os militantes têm punhos para o alto, a bandeira do PSTU estendida sobre o caixão. A homenagem dos que seguem na luta que foi a vida da que se foi.

Um partido não é somente seu programa, sua política, seus estatutos. O partido é feito também de suas tradições. Teresa morreu. Agora, sua dignidade e seu exemplo moral são partes das tradições do partido que ajudou a construir.


FONTE : PSTU 

Ata de Audiência do dia 27.09.2010, às 11h, na Prefeitura de São Gonçalo

Transcrição na íntegra da Ata de Audiência do dia 27.09.2010, às 11h, na Prefeitura de São Gonçalo, com o Senhor Luiz Antônio, Subsecretário de Administração.


Ata da audiência do SEPE/SG, com o subsecretário de administração, Sr. Luis Antonio. Presentes pelo Sepe: Felisbela, Beatriz, Regina, Mônica e Ana Regina. O Sr. Luis Antônio, abriu a audiência apresentando o Sr.Ralf do CPD que participará da audiência. Fala dos atrasados, que a 1ª parcela dos atrasados foi paga em agosto, relativo à janeiro de 2007, o enquadramento por tempo de serviço está em dia, e o digo, coloca que nesse ritmo levariam 2 anos e 8 meses para pagar todos os atrasados; que agora o enquadramento por formação e os 3% estão em dia à partir de 2009, final do ano, Ralf explana porque o estudo para o parcelamento é complicado e não tem valores aproximados. Beatriz cobra: que esse cálculo foi prometido para o princípio do ano, Luis Antônio coloca que não conseguiram realizar o estudo e começaram a pagar mês a mês; Luis aponta o seguinte calendário de pagamento dos atrasados dos enquadramentos e dos 3% relativos à 2007, 2008 e 2009: 2007-fevereiro, março, abril e maio em setembro, outubro, novembro e dezembro de 2010 respectivamente; ano de 2007, meses de junho, julho, agosto, em janeiro de 2011; setembro e outubro em fevereiro de 2011, novembro e dezembro em março de 2011; ano de 2008 – pago em 2 meses em um, terminando em setembro de 2011; ano de 2009, de outubro de 2011 à janeiro de 2012. Ana Regina e Beatriz, cobram que não se atrase mais nada do plano, que o parcelamento seja cumprido e que negociemos a redução das parcelas. Luis aponta que podemos negociar, ao final do ano, o parcelamento diante do orçamento de 2011; no contracheque de setembro, digo, outubro será discriminado o mês que está sendo pago; e uma mensagem no contracheque informará o que já foi pago. Beatriz pede informações sobre a L.O e quando será votada, Luis Antônio informa que parece que será enviada dia 30 de setembro; Em relação ao reajuste e a data base: Luis Antônio, afirma que, assim que recebeu por nós o estudo do Dieese encaminhou para Josué – secretário de controle interno -; foi informado que somente quem recebeu abaixo da inflação foi quem entrou a menos de 5 anos, segundo a Fazenda. Seguiu-se debate sobre o plano de carreira, chegou o secretário Josué, que explanou sobre trabalho da secretaria de controle; confirmou os dados e o estudo do Dieese, mas coloca que existem outros dados reais como o PSF, que é um programa e os contratados não estão incluídos nesse cálculo, não entram na folha de pagamento, problema que acontece em todos os municípios, em S.G, tem 180 equipes do PSF, seguiu-se discussão sobre a L.O, data base e plano de carreira. O secretário Josué precisou se retirar, mas reiterou que os números apresentados pelo Dieese estão certos. Foi levantado que o funcionário administrativo não tem auxílio-transporte já que soma para chegar ao salário mínimo. Ralf vai verificar assim como a questão do desconto dos aposentados, Luis pediu que reiterássemos ofício ao CPD e ao departamento pessoal. Teremos nova audiência na 4ª feira com estudo do SEPE sobre os reajustes desde 2003. Luis ficou de passar por e-mail os quantitativos de professores e funcionários no plano, Ralf apresentou contracheque comprovando que o transporte não está incluído no piso do mínimo; teremos reunião na quarta agora, dia 29 e com, digo, mandaremos o estudo na 4ª feira e no dia 13 de outubro, às 13 horas, nova audiência. Em tempo: não será possível individualizar o informe no contracheque da diferença, será feita com mensagem geral no contracheque de outubro; e o desconto dos aposentados é o desconto dos filiados ao SEPE. 

Encerro a ata: Maria Beatriz Lugão.

Todos os presentes assinam. 
,

25/09/2010

Escola municipal, feita de madeira, espera por reformas em São Gonçalo

De acordo com a comunidade, sistema de ventilação não é suficiente e algumas crianças e adolescentes já passaram mal devido à alta temperatura no interior da imóvel


A chegada das estações mais quentes do ano preocupa pais de alunos da escola de madeira, construída para receber, temporariamente, estudantes da Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, em Itaoca, São Gonçalo. A instituição de origem teve que ser demolida em agosto de 2009 e, desde então, as aulas acontecem em uma estrutura no terreno anexo. De acordo com a comunidade escolar, o sistema de ventilação não é suficiente e algumas crianças e adolescentes já passaram mal devido à alta temperatura. A situação deve permanecer assim pelo menos até o fim do ano, quando as obras da antiga escola devem ser concluídas.



De acordo com os pais, apesar da urgência, a obra anda meio parada. Isso porque a Prefeitura teria resolvido priorizar as intervenções da creche Municipal Professora Natalina Muniz da Oliveira, inaugurada na semana passada no mesmo bairro. Mas a diretora da Carlos Drummond, Elizabeth Cristina de Azevedo Trindade, diz que haverá um mutirão para recuperar o tempo perdido.

“Não há motivo para os pais se preocuparem. Temos mantido a comunidade informada sobre o andamento das obras. Todas as salas foram equipadas com dois ventiladores, além de exaustores e produto especial para evitar o aquecimento do telhado”, defende.

Os responsáveis pelos alunos insistem, no entanto, que as medidas não foram suficientes para resolver a questão do calor e aguardam ansiosos pela nova unidade. A pensionista Anete de Santana da Silva, de 77 anos, tem duas bisnetas matriculadas na instituição e contou que uma das alunas, de 14 anos, passou mal, há dois meses, devido ao calor na sala, mesmo com os ventiladores em funcionamento.

“A professora ligou para que nós viéssemos buscar a minha neta, porque ela estava com mal-estar. Quando chegou em casa, a Débora nos contou que começou sentindo muito calor, boca seca e ficou enjoada. Isso não pode fazer bem a eles”, diz.

O núcleo de São Gonçalo do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) informou que vai reiterar a denúncia feita ao Ministério Público no ano passado. A diretora da entidade, Beatriz Lugão, destacou que o mesmo ocorreu com a Escola Luiz Gonzaga, localizada no Centro, que levou três anos para ser construída.

“Esse é um exemplo de como a Prefeitura de São Gonçalo trata a educação no município. A história se repete no Carlos Drummond, cuja previsão de conclusão era março deste ano. Na ocasião, estivemos lá e só havia os alicerces. Esses alunos sofrerão muito até o fim do ano”, reclama.

O Fluminense.

24/09/2010

Prefeitura do Rio convoca mais 244 professores

A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro divulgou a convocação de 244 aprovados em concursos para o magistério, sendo 137 professores II e 107 docentes I, sendo 20 de Geografia, 25 de História e 62 de Ciências.

Os aprovados deverão comparecer, de acordo com escala publicada abaixo, à sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, na Rua Afonso Cavalcanti nº455, Centro Administrativo São Sebastião, 1º andar, sala 147.

No ato da posse, os convocados deverão apresentar os seguintes documentos: carteira de identidade (original); CPF (original); documento que o habilite ao magistério, conforme o disposto no edital regulamentador do concurso (original); certificado de reservista (original); carteira de trabalho e previdência social (original); título de eleitor, com os respectivos comprovantes de votação da última eleição (original); código de PIS/Pasep (original); certidão de nascimento de filhos menores (original e xerox); certidão de casamento (original); cartela de vacina de dependente menor até cinco) anos; carta de naturalização (se estrangeiro naturalizado); e caso exista dependente por força de decisão judicial: termo de curatela e termo de guarda e posse (adoção).

Também são exigidos os seguintes exames: eletrocardiograma (a partir dos trinta e cinco anos) com laudo; parecer oftalmológico, com laudo especificando acuidade visual com ou sem correção, Fundoscopia, Tonometria e Senso Cromático; além de videolaringoscopia, com laudo, fita ou DVD, identificação, som, imagem nítida, iluminação adequada, com validade de até 30 dias.  
 


LEIA A LISTA DOS CONVOCADOS AQUI


.

21/09/2010

Moção de Repúdio aprovada pela Congregação da ESS/UFRJ

A Congregação da Escola de Serviço Social da UFRJ, instância máxima de deliberação da Unidade, vem a público manifestar seu mais profundo repúdio à inaceitável invasão da Policia Civil ocorrida no último dia 13 de Setembro nas dependências da ESS.
Nesse dia, a ESS foi invadida por cerca de sete policiais civis armados em três viaturas, acompanhados da Delegada Chefe da 155º. DP sob a alegação de crime contra os direitos autorais. A batida policial fora motivada por uma denúncia do chamado Disque-denúncia e não havia nenhum procedimento que justificasse tal investida: não havia intimação em nome de qualquer pessoa e nem tampouco se tratava de mandado policial. Entretanto, a Delegada se reportou à Direção da ESS ameaçando arrombar a porta da Xerox e prender o operador das máquinas copiadoras. Ademais, insultaram e provocaram funcionários da ESS, alunos e professores. Não fosse a atuação da Direção e dos docentes presentes o desfecho poderia ser pior, uma vez que conseguimos com muito custo convencer a Delegada da gravidade e das consequencias que decorreriam da prisão do operador da Xerox, trabalhador de mais de uma década na ESS, muito querido por todos e recentemente homenageado pelos estudantes numa cerimônia de formatura.
Se tal prisão foi evitada, não conseguimos evitar outro fato grave: a apreensão de TODO o material (pastas, textos, documentos acadêmicos da unidade, livros) dos docentes organizados na sala da Xerox. O resultado foi o seguinte: a ESS foi invadida por policiais que não portavam, além das armas e da truculência, nenhum procedimento formal que caracterizasse busca e apreensão, configurando-se numa operação completamente irregular; os docentes, discentes e funcionários foram ameaçados por diversas vezes; todo o material didático foi apreendido; e o trabalhador da Xerox foi levado para delegacia, interrogado e indiciado.
De uma só vez foram violadas duas clausulas pétreas consagradas na Constituição Federal brasileira: a Autonomia Universitária, garantida no artigo 207 que assegura a universidade a independência da criação e difusão do conhecimento científico face a eventuais ingerências estatais e interesses do mercado; e, sobretudo, a educação (o conhecimento e a cultura) como um direito, normatizado pelo artigo 206 que afiança um ensino ministrado com base na liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber.
Em nome de uma lei que supostamente defende os direitos autorais interdita-se o essencial: o amplo acesso ao conhecimento e o próprio direito à educação como bem público e inalienável, dever do Estado.
É público e notório o fato de que o acesso ao ensino superior não é universal e alcança uma parcela ínfima da juventude brasileira que potencialmente deveria ter seu ingresso assegurado nas instituições públicas do sistema federal de ensino superior. Neste sistema mesmo, apenas, cerca de 4% consegue ultrapassar o filtro dos processos seletivos, comumente denominados de vestibular. No entanto, mesmo entre aqueles que passam pelo funil meritocrático do vestibular, uma parcela significativa dos estudantes, evidentemente que aqueles oriundos das camadas mais populares da população trabalhadora, vivencia enormes dificuldades de custear sua própria permanência na universidade, o que envolve alimentação, transporte, moradia e material didático.
No âmbito da universidade brasileira, e isso envolve tanto as instituições públicas quanto as privadas, é comum e corriqueiro a utilização de máquinas copiadoras para garantir o acesso dos estudantes e professores à leitura. Sem entrar no mérito da lei (Lei no. 9610 de 19/02/1998), que, aliás, é evasiva quando diz que apenas “pequenos trechos” podem ser reproduzidos (o que no mínimo levanta a indagação do que se pode considerar por “pequenos trechos”). Praticamente todas as instituições de ensino superior conseguem garantir sua atividade fim – o ensino – por meio da disponibilização de materiais didáticos a permissionários que utilizam-se do espaço da universidade para reproduzirem justamente os textos providenciados pelos docentes. Mais ainda: praticamente todas as unidades acadêmicas das instituições de ensino superior estabelecem esse procedimento como forma de viabilizar o essencial: o acesso à leitura de estudantes e professores, o que torna a prática um costume que atende a interesses coletivos que conflitam com a referida lei dos direitos autorais.
A bem dizer, a defesa dos direitos autorais é de interesse de todos nós, uma vez que somos – como integrantes da universidade pública brasileira – aqueles que mais produzimos ciência, pesquisa e conhecimento no Brasil, compondo um percentual que gira em torno de 90% de toda a produção nacional. No entanto, quem está a frente da defesa legalista dos direitos autorais não são efetivamente os produtores do conhecimento (os autores) que, vale lembrar, percebem ganhos que oscilam em torno de 7% sobre os valores comerciais das obras estabelecidos pelas grandes editoras. E são elas que efetivamente atuam, com o braço das polícias, na defesa da lei. Em suma, a lei defende, prioritariamente os interesses das maiores editoras do país e, em face dos interesses coletivos maiores do acesso à cultura e ao conhecimento, demonstra seu caráter ilegítimo. Ou seja, é legal, mas não é legitimo. Conflita-se, nesse caso, o direito estabelecido e o que é justo. E, diante de tal contradição, que se defenda a justiça.
É importante destacar ainda que a política deliberada de batidas policiais e, portanto, de criminalização das atividades de xerox pelos campi de todo o país tem interesses mercantis vis. As próprias grandes editoras querem através da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), deter o monopólio da comercialização das reproduções fotocopiadas. Criaram para isso uma ferramenta na internet que permite as maiores editoras do país explorar uma grande demanda do mercado: a compra do livro fracionado, isto é, a compra apenas de capítulos de livros. O aluno, seleciona pelo site o texto das editoras cadastradas nos sistema e mediante pagamento o imprime nas lojas de xerox autorizadas pela ABDR. Tal estratégia que eleva em 20% o preço cobrado pelas copiadoras de xerox, já que inclui o repasse dos direitos autorais, é fonte de lucro certo para as grandes editoras e se põe como meio de reversão do prejuízo de milhões de reais estimados pela ABDR, num contexto de crescimento estupendo de matrículas no ensino superior brasileiro e de queda da venda de livros universitários.
Entendemos que a Universidade é o lugar do exercício pleno do pensamento. Por isso, deve ser o espaço no qual circulam idéias que quando são publicadas devem ser o mais amplamente acessadas, ou seja, democratizadas. Desse modo, a Universidade deve em primeiro lugar assegurar esse acesso a docentes e discentes. Deve também repudiar veementemente todo tipo de incursão policial, incluindo as que querem cercear a viabilização de sua atividade fim, o ensino, a pesquisa e a extensão, que passa pela leitura de textos publicados que são comercializados por preços impraticáveis para a maioria da comunidade acadêmica.
Assim, mais uma vez repudiamos o atentado à autonomia universitária consumado com a agressão que sofremos e exigimos das instâncias superiores da UFRJ as providencias cabíveis, quais sejam:

  1. a garantia do acesso à leitura de textos publicados, seja por meio da ampliação do acervo de nossas bibliotecas, seja através de mecanismos que garantam à UFRJ meios de reprodução de textos que não infrinjam a referida lei, tal como fez a USP em resolução de 2005, na qual exerce sua autonomia e legisla em favor da comunidade acadêmica;

  2. a garantia de que a UFRJ não se curvará à invasão arbitrária de polícias estaduais, sob qualquer pretexto;

  3. a solicitação de todo o material didático apreendido irregularmente de nossos docentes, agora em poder da Polícia Civil do Rio de Janeiro;

  4. a solidariedade e a defesa do trabalhador Henrique Alves Papa que operava as fotocópias para a ESS

Rio de Janeiro, 16 de setembro de 2010 

 
Congregação da ESS/UFRJ


http://www.ess.ufrj.br/index.php/essnoticias/193-mocao-de-repudio

,

20/09/2010

Atualizar a pedagogia face ao mundo mudado

Séculos de guerras, de confrontos, de lutas entre povos e de conflitos de classe nos estão deixando uma amarga lição. Este método primário e reducionista não nos fez mais humanos, nem nos aproximou mais uns dos outros e muito menos nos trouxe a tão ansiada paz. Vivemos em permanente estado de sítio e cheios de medo. Alcançamos um patamar histórico que, nas palavras da Carta da Terra, “nos conclama a um novo começo”. Isto requer uma pedagogia, fundada numa nova consciência e numa visão includente dos problemas econômicos, sociais, culturais e espirituais que nos desafiam.
Esta nova consciência, fruto da mundialização, das ciências da Terra e da vida e também da ecologia nos está mostrando um caminho a seguir: entender que todas as coisas são interdependentes e que mesmo as oposições não estão fora de um Todo dinâmico e aberto. Por isso, não cabe separar mas compor, incluir ao invés de excluir, reconhecer, sim, as diferenças mas também buscar as convergências e no lugar do ganha-perde, buscar o ganha-ganha.

Tal perspectiva holística vem infuenciando os processos educativos. Temos um mestre inolvidável, Paulo Freire, que nos ensinou a dialética da inclusão e a colocar o “e” onde antes púnhamos o “ou”. Devemos aprender a dizer “sim” a tudo aquilo que nos faz crescer no pequeno e no grande.

Frei Clodovis Boff acumulou muita experiência trabalhando com os pobres no Acre e no Rio de Janeiro. Na esteira de Paulo Freire, entregou-nos um livrinho que se tornou um clássico: “Como trabalhar com o povo”. E agora face aos desafios da nova situação do mundo, elaborou um pequeno decálogo daquilo que poderia ser uma pedagogia renovada. Vale a pena transcrevê-lo e considerá-lo pois nos pode ajudar e muito.

1.”Sim ao processo de conscientização, ao despertar da consciência crítica e ao uso da razão analítica (cabeça). Mas sim também à razão sensível (coração) onde se enraizam os valores e de onde se alimentam o imaginário e todas as utopias.

2. Sim ao “sujeito coletivo” ou social, ao “nós” criador de história (“ninguém liberta ninguém, nos libertamos juntos”). Mas também sim à subjetividade de cada um, ao “eu biográfico”, ao “sujeito individual” com suas referências e sonhos.

3. Sim à “praxis política”, transformadora das estruturas e geradora de novas relações sociais, de um novo “sistema”. Mas sim também à “prática cultural” (simbólica, artística e religiosa), “transfiguradora” do mundo e criadora de novos sentidos ou, simplesmente, de um novo “mundo vital”.

4. Sim à ação “macro” ou societária (em particular à “ação revolucionária”), aquela que age sobre as estruturas. Mas sim também à ação “micro”, local e comunitária (“revolução molecular”) como base e ponto de partida do processo estrutural.

5. Sim à articulação das forças sociais sob a forma de “estruturas unificadoras” e centralizadas. Mas sim também à articulação em “rede”, na qual por uma ação decentralizada, cada nó se torna centro de criação, de iniciativas e de intervenções.

6. Sim à “crítica” dos mecanismos de opressão, à denúncia das injustiças e ao “trabalho do negativo”. Mas sim também às propostas “alternativas”, às ações positivas que instauram o “novo” e anunciam um futuro diferente.
7. Sim ao “projeto histórico”, ao “programa político” concreto que aponta para uma “nova sociedade”. Mas sim também às “utopias”, aos sonhos da “fantasia criadora”, à busca de uma vida diferente, em fim, de “um mundo novo”.

8. Sim à “luta”, ao trabalho, ao esforço para progredir, sim à seriedade do engajamento. Mas sim também à “gratuidade” assim como se manifesta no jogo, no tempo livre, ou simplesmente, na alegria de viver.

9. Sim ao ideal de ser “cidadão”, de ser “militante” e “lutador”, sim a quem se entrega, cheio de entusiasmo e coragem, à causa da humanização do mundo. Mas também sim à figura do “animador”, do “companheiro”, do “amigo”, em palavras pobres, sim a quem é rico de humanidade, de liberdade e de amor.

10. Sim a uma concepção “analítica” e científica da sociedade e de suas estruturas econômicas e políticas. Mas sim também à visão “sistêmica” e “holística”da realidade, vista como totalidade viva, integrada dialeticamente em suas várias dimensões: pessoal, de gênero, social, ecológica, planetária, cósmica e transcendente.”

Leonardo Boff autor de Depois de 500 anos: que Brasil queremos, Vozes (2000).

.

17/09/2010

Educação-RJ: edital para 2.300 vagas;


O diretor de concursos e processos seletivos da Fundação Ceperj, Marcus São Thiago, informou que o edital da seleção para 2.300 vagas de orientador, supervisor e professor de Religião da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ) está praticamente pronto, dependendo do aval da Educação para que seja divulgado.

Já a Seeduc confirmou, via Assessoria de Imprensa, que o documento será divulgado em outubro, após as eleições. Apesar da legislação não proibir tal medida, o Educação optou por aguardar para realizar a seleção, tendo em vista que os aprovados só poderão ser convocados em 2011.


Os vencimentos iniciais para os cargos serão de R$732,69, mas haverá também benefícios, cujos valores não foram informados. Os habilitados serão contratados pelo regime estatutário, que garante estabilidade no serviço público.

Serão oferecidas mil vagas para orientador educacional, mil para supervisor educacional e 300 para professor I de Ensino Religioso (credo católico, evangélico e demais credos), todos com exigência de nível superior. No caso dos professores, será preciso ter licenciatura plena e comprovante de formação religiosa.

A Fundação Ceperj, organizadora, deverá receber as inscrições em postos e via internet. Esse será o primeiro concurso para as carreiras de orientador e supervisor educacionais. Já para professor de Ensino Religioso, a última seleção foi realizada em 2003, com oferta de 500 vagas, sendo 342 para o credo católico, 132 para o credo evangélico e 26 para professores dos demais credos reconhecidos.

A expectativa é que a seleção tenha provas objetiva e discursiva, e uma avaliação de títulos. Serão cobradas as disciplinas de Língua Portuguesa, Conhecimentos  Pedagógicos e Conhecimentos Específicos, este último de acordo com a área  pretendida.

Professores

No último dia 2, segunda, foram chamados 51 novos professores, sendo 46 aprovados do concurso de 2008, nas disciplinas Língua Portuguesa, Biologia, Ciências Biológicas, Educação Física e Disciplinas Pedagógicas, e outros cinco para a Coordenadoria Regional Metropolitana XI, que abrange o município São João de Meriti, para as disciplinas de Educação Física e Disciplinas Pedagógicas.

Faetec: edital para 1.159 vagas em outubro

A Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro, que é vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia, divulgará o edital do concurso para 1.159 vagas até o começo de outubro. O presidente da instituição, Celso Pansera, disse, com exclusividade à FOLHA DIRIGIDA, que a Fundação Ceperj irá organizar a seleção com agilidade e explicou que as oportunidades serão distribuídas por região.

"É importante dizer que o concurso será regionalizado. No ato da inscrição, o candidato já irá escolher a vaga na região que deseja concorrer. É claro que a grande maioria das vagas será para a capital e para a Região Metropolitana, mas haverá oportunidades também no interior", ressaltou.


O concurso, autorizado no último dia 3, terá 209 vagas na área administrativa e 950 na parte pedagógica (veja tabela abaixo). Os vencimentos podem variar entre R$955,77 e R$2.681,09. Além da estabilidade, assegurada pelo regime estatutário, o presidente da Faetec destacou que um dos principais atrativos é o Plano de Cargos e Salários, que possibilita crescimento profissional a curto prazo.

"A Faetec tem um Plano de Cargos e Salários que prevê a progressão de acordo com o tempo de serviço e por mérito. A primeira é a cada dois anos, sendo que, para a área administrativa, há o aumento de 5% da faixa salarial, e na área pedagógica, de 7%. E a progressão por mérito ocorre à medida que o profissional vai se especializando. Nossos professores recebem, em média, 30% ou 40% acima do salário base, porque, em geral, quando passam no concurso, já têm alguma especialização", explicou, complementando que está lutando pelo direito ao vale-transporte junto ao governo.

Outro destaque da Faetec é a permanente qualificação dos profissionais. Celso Pansera destacou que o programa Formação Continuada (Foco) já treinou mais de 2 mil funcionários em diversas áreas. A aposta agora é investir nos cursos de pós-graduação na área de administração escolar e supervisão escolar para que, dentro de dois anos, a Faetec tenha os diretores de unidades com formação em uma das duas áreas.
Provas previstas para novembro 
Com a programação de aplicar as primeiras provas em novembro, o presidente da Faetec, Celso Pansera, garante que a Fundação Ceperj (organizadora) irá acelerar os preparativos para que, até o fim deste ano, os resultados sejam divulgados. O presidente da instituição orienta que os interessados comecem a estudar, tomando por base as disciplinas básicas e os conhecimentos específicos de cada cargo.

"Nosso objetivo é realizar a prova até, no máximo, o fim de novembro. Estamos avaliando a possibilidade de uma prova prática, mas acredito que isso será inviável. Então, a princípio, serão propostas provas objetivas e de títulos. Acredito que a cobrança irá girar em torno das disciplinas básicas, como, por exemplo, Português e Informática, e, claro, de alguns Conhecimentos Específicos. A ideia é fazer as provas de todas as áreas no mesmo dia", explica.

Para o presidente da Faetec, até maio de 2011, os 1.159 aprovados no concurso serão convocados. Pansera não descarta a possibilidade de mais convocações surgirem ao longo da validade do concurso. Tudo irá depender da avaliação do governo.

"Essas vagas que estamos divulgando serão preenchidas até maio do ano que vem. Até lá, queremos contratar todos. A partir daí, vamos abrir uma negociação com o governo, ver como estão as nossas demandas e, claro, avaliar o Orçamento", comenta. 
 Fonte: AQUI


15/09/2010

Profissionais de Educação da rede municipal fazem manifestação na Prefeitura de Niterói

Profissionais reivindicam aumento salarial, melhores condições de trabalho e reforma nas unidades de ensino. Manifestantes seguiram em passeata pelas ruas do Centro da cidade


Cerca de 100 profissionais de educação da rede municipal de ensino realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira em frente à Prefeitura de Niterói, na Rua Visconde de Sepetiba, no Centro da cidade.


Entre as reivindicações dos manifestantes estão melhores condições de trabalho, aumento salarial e reforma nas escolas.

Os profissionais alegam que precisam dialogar mais com a prefeitura e tentaram se encontrar com o prefeito Jorge Roberto Silveira, mas foram informados de que a autoridade não estaria presente.

Após o protesto, os professores seguiram em passeata pelas ruas do Centro e não houve registros de confusão.

O Fluminense

08/09/2010

O João está triste

Reduzir o fecho de 700 escolas ao diminuto número de alunos que nelas estudam, aprendem e brincam é ver o mundo com entreolhos, apetrecho muito útil para que as bestas não se distraiam com a paisagem circundante. A verdade é que a escola vai atrás das pessoas que partiram «da farmácia, da estação dos Correios, das carreiras de autocarros que sejam mais frequentes que uma passagem de manhã e uma outra em sentido inverso já por alturas do sol-posto»… É a desertificação do interior com todo um cortejo de problemas políticos que o poder não resolve, não quer resolver, por não estar interessado nisso: aquelas terras não são rentáveis… 
 
O João tinha uma escola. Quer dizer: tinha a escola onde andava há já dois anos, perto de um terço do tempo total da sua vida. Era a «escola dele» por mais de uma razão. Porque também lá andavam o Quim e Rui, que moram duas e cinco casas mais abaixo e que com quem se junta, depois das aulas e nos fins-de-semana, para continuarem no pequeno terreiro das traseiras as brincadeiras que inventam ou que aprenderam com outros miúdos lá da escola. Porque gosta do recreio daquela escola, cujo chão parece ter decorado, com uns cantinhos que lhe parecem seus. Também porque gosta da professora, que sempre o tratou com uma doçura que ele sente, ainda que não saiba que àqueles modos macios é justo chamar «doçura». E ainda porque a escola que é a sua está do outro lado da rua onde mora, pelo que lhe basta sair de casa um pouco antes do início da aula para que chegue muito a tempo, ainda lhe ficando uns minutos para estar com os colegas naquilo que ele não sabe poder chamar-se «confraternização infantil», mas pode. 

Assim, ele sai de casa todas as manhãs úteis, escoltado pela avó que com ele atravessa a rua e ainda fica um tempinho a olhá-lo, do lado de cá do portão gradeado, enlevada por ver como o seu netinho está a ficar um homem. A vida de uma avó é muito feita de momentos destes, como toda a gente sabe ou fica a saber a partir de certa idade. 

Por outro lado, também a vida de um neto é muito feita pela distraída percepção de que todas as manhãs os olhos protectores de uma avó ficam uns instantes a seguir-lhe os passos e os gestos, e disso é que poucos se lembram excepto, talvez, quando um dia chegam por seu turno a serem avós. 

O João tinha, pois, uma escola. Mas já não tem, e por isso está triste. Já não tem a sua escola, ou melhor, vai deixar de tê-la. Foi pela televisão que lá em casa primeiro se percebeu o que ia acontecer, e por isso o João quase começou a ter medo de ver e ouvir a TV. Explicaram-lhe que uns senhores ou umas senhoras que se chamam «O Ministério» resolveram que a escola dele, do João, não presta porque andam lá poucos meninos, e por isso vão dar cabo dela, quer dizer, vão fechá-la. 

Ao João, tal como ao Quim, ao Rui e mais à mão-cheia de putos que andam na escola do João, vão metê-los todas as manhãs numa camioneta e nela vão andar uma hora ou mais até à Vila que é sede do concelho e onde, dizem, uma escola grande, porreiríssima, que há-de ficar a abarrotar de malta para que assim fique aproveitadinho todo o seu espaço, estará à espera deles e de muitos mais. 

Vai ser uma viagem que o assusta um bocado: está convencido de que vai enjoar, ficar o tempo todo com medo de vomitar, ele bem sabe que a estrada a percorrer é toda cheia de curvas e contracurvas. E, é claro, vai ter de estar todo aquele tempo não apenas sentado mas também apertado com o cinto de segurança com que muito embirra, embora isso seja o menos. 

E ao fim do tempo das aulas vai ser a mesma dose no percurso inverso, de tal modo que, feitas as contas, são pelo menos duas horas diárias que lhe roubam ao tempo de brincadeira no tal terreiro das traseiras. Se calhar é mesmo esse tempo todo. O João sente confusamente que não há direito que lhe façam uma coisa destas. 

E o Quim também sente o mesmo. E o Rui. Não se sabe se alguma vez, mesmo que nunca cheguem a ter clara consciência disso, perdoarão esta grande maldade que lhes vão fazer.

Também a avó está triste: vai ficar sem aquela pequenina felicidade de levar o neto até ao portão da escola como se o fosse acompanhar até ao limiar de uma vida adulta, ou quase. 

E os pais estão não apenas tristes mas também preocupados com o filho, decerto, mas também com as condições de vida naquela terra onde moram e onde nasceram eles, e os seus pais, e os seus avós. 

Era uma terra que tinha uma estação dos Correios e agora já não tem. Que tinha uma farmácia e agora já não tem. Por onde passavam várias carreiras de autocarros e agora já não passam. Que fica agora sem escola. Olham à volta e descobrem que pouco ou nada mais há que lhes possam tirar, que aquilo está a transformar-se numa espécie de deserto com casas, pois que as casas que ficam vazias são cada vez em maior número. É que as pessoas vão partindo a pouco e pouco atrás da farmácia, da estação dos Correios, das carreiras de autocarros que sejam mais frequentes que uma passagem de manhã e uma outra em sentido inverso já por alturas do sol-posto. 

Como o João, os pais estão tristes com a notícia que primeiro lhes chegou pela televisão, ainda que com escasso complemento de razões, e depois outros caminhos confirmaram. 

Estão tristes e, como o João, assustados. 

* Correia da Fonseca é amigo e colaborador de odiario.info
 

06/09/2010

Regional I realiza II Conferência de Trabalhadores em Educação no dia 9 de setembro

Evento será realizado no auditório do IAB, no Flamengo e reunirá especialistas em Educação para debater temas do interesse da categoria. SME e SEEDUC confirmaram abono de ponto (profissionais do município da 1ª e 2ª CREs e profissionais da rede estadual que atuam na área da Metro X)

A Regional I do Sepe convida os profissionais de educação para a II Conferência de Trabalhadores da Educação, no dia 9 de setembro (próxima quinta-feira). O evento será realizado no auditório do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), na Rua do Pinheiro, 10 – Flamengo, das 8h às 17h. A SME já confirmou o abono de ponto para os participantes (1ª e 2ª CREs). A SEEDUC também confirmou que abonará o ponto dos profissionais da rede estadual que atuam na área da Metro X que participarem da conferência.

O evento será aberto às 8h, com o credenciamento dos participantes. Às 9h haverá uma mesa de debates com o tema Vida e Trabalho num contexto de incertezas (precarização, terceirização, flexibilização  formação no “novo trabalhador”), com a participação dos professores Ricardo Antunes (UNICAMP)   e Lúcia Neves (UFF/EPSJ-FIOCRUZ). A partir das 14h será a vez da mesa-redonda Educação no século XXI: desafios, perspectivas e potencialidades do trabalho no processo de (des)humanização do homem”. com a participação dos professores Marise Nogueira Ramos (UERJ/FIOCRUZ) e Roberto Leher (UFRJ).

Informações podem ser obtidas e inscrições podem ser feitas na Regional I do Sepe  pelo telefone: 2225-7687 ou pelo email: seperegional1@gmail.com



FONTE: SEPE

05/09/2010

Cursos de pós-graduação da UFF agora deverão ser gratuitos

Por ampla maioria, ou seja, 11.497 votos (86,7%), a comunidade acadêmica decidiu que os cursos de pós-graduação devem ser gratuitos, ao contrário do que ocorre hoje


Fim dos cursos pagos na Universidade Federal Fluminense. Por ampla maioria, ou seja 11.497 votos (86,7%), a comunidade acadêmica decidiu, em um plebiscito, cuja apuração ocorreu no sábado, que os cursos de pós-graduação (lato sensu) devem ser gratuitos, ao contrário do que ocorre hoje.

A votação foi iniciada no último dia 30 de agosto e foi encerrada na última sexta-feira. Apenas 1.851 votaram pela manutenção dos cursos pagos. Participaram do plebiscito 10.709 estudantes, 1331 professores e 1.189 servidores. No próximo dia 29, durante a reunião do Conselho Universitário, o resultado da votação será homologado. 

Entidades como a Associação dos Docentes da UFF (Aduff), o Sindicato dos Trabalhadores da UFF (Sintuff), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFF e a União Nacional dos Estudantes (UNE) irão pressionar pela execução da decisão deste sábado. A UFF tem 147 cursos de lato sensu.

O Fluminense

03/09/2010

Professora é acusada de agredir aluna de 6 anos em escola de São Gonçalo


Caso aconteceu no Colégio Municipal Estefânia de Carvalho, no Laranjal, em Alcântara. Segundo a mãe da vítima, criança teria sido agredida após desobedecer a professora


Uma professora da alfabetização do Colégio Municipal Estephânia de Carvalho, no Laranjal, em Alcântara, São Gonçalo, é acusada de agredir uma aluna de seis anos, na manhã desta quarta-feira. A mãe da criança, a auxiliar de produção Juliane das Neves Amorim, de 31 anos, diz que sua filha foi arranhada e empurrada após desobedecer a professora, que a mandou sentar para fazer os exercícios. 

 Mãe da criança supostamente agredida registrou queixa na delegacia de Alcântara. Foto: Marcello Almo

Ao chegar em casa, o irmão mais velho da criança teria visto o machucado e avisou a mãe, que foi até a escola, mas alega não ter sido recebida por nenhum responsável pela instituição.

“Eu tentei falar com a direção e com a professora, mas ninguém quis falar comigo, apenas uma moça quis colocar remédio no braço da minha filha, mas eu não deixei, porque queria fazer o exame de corpo de delito”, reclamou Juliane.

De acordo com ela, a professora teria implicância com sua filha, pois já teria encaminhado avisos sobre o mau comportamento da menina.

A mãe da menor registrou queixa na 74ª DP (Alcântara) e a menina realizou exame de corpo de delito no Instituo Médico-Legal de Tribobó (IML). 

A Secretaria Municipal de Educação de São Gonçalo informou que já abriu sindicância administrativa para apurar o episódio. Caso fique comprovada a ação violenta da professora contra a aluna menor, será aberto processo administrativo disciplinar contra ela.

.

02/09/2010

Profissionais de S. João de Meriti ocupam a prefeitura

Os profissionais de educação de São João de Meriti, em greve desde o dia 18, ocuparam a prefeitura há pouco. Exigem que o prefeito prefeito Sandro Matos (PR) negocie com o Sepe; a categoria já realizou uma série de manifestações de rua. O prefeito afastou oito diretoras de escolas, numa tentativa de intimidar o movimento e fazer com que os profissionais de educação reabram as escolas.

Veja os motivos da greve nas escolas de São João de Meriti:

1)       Os professores e funcionários reivindicam que o prefeito Sandro Matos (PR) não mexa no plano de carreira da educação – o prefeito quer acabar com o adicional de 15% por tempo de serviço e de formação, e com a bonificação de 65% de triênio ao final da carreira. 

2)       A categoria exige o fim dos descontos ilegais de até 50% nos salários dos profissionais que entram de licença médica.

Além disso, a situação das escolas municipais é precária, com goteiras nas salas, infiltrações nos tetos e paredes, entulho nas salas, corredores e pátios. Em algumas delas, os alunos são obrigados a estudar em verdadeiros porões, sem ventilação e iluminação natural. 

FONTE:SEPE