25/09/2010

Escola municipal, feita de madeira, espera por reformas em São Gonçalo

De acordo com a comunidade, sistema de ventilação não é suficiente e algumas crianças e adolescentes já passaram mal devido à alta temperatura no interior da imóvel


A chegada das estações mais quentes do ano preocupa pais de alunos da escola de madeira, construída para receber, temporariamente, estudantes da Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, em Itaoca, São Gonçalo. A instituição de origem teve que ser demolida em agosto de 2009 e, desde então, as aulas acontecem em uma estrutura no terreno anexo. De acordo com a comunidade escolar, o sistema de ventilação não é suficiente e algumas crianças e adolescentes já passaram mal devido à alta temperatura. A situação deve permanecer assim pelo menos até o fim do ano, quando as obras da antiga escola devem ser concluídas.



De acordo com os pais, apesar da urgência, a obra anda meio parada. Isso porque a Prefeitura teria resolvido priorizar as intervenções da creche Municipal Professora Natalina Muniz da Oliveira, inaugurada na semana passada no mesmo bairro. Mas a diretora da Carlos Drummond, Elizabeth Cristina de Azevedo Trindade, diz que haverá um mutirão para recuperar o tempo perdido.

“Não há motivo para os pais se preocuparem. Temos mantido a comunidade informada sobre o andamento das obras. Todas as salas foram equipadas com dois ventiladores, além de exaustores e produto especial para evitar o aquecimento do telhado”, defende.

Os responsáveis pelos alunos insistem, no entanto, que as medidas não foram suficientes para resolver a questão do calor e aguardam ansiosos pela nova unidade. A pensionista Anete de Santana da Silva, de 77 anos, tem duas bisnetas matriculadas na instituição e contou que uma das alunas, de 14 anos, passou mal, há dois meses, devido ao calor na sala, mesmo com os ventiladores em funcionamento.

“A professora ligou para que nós viéssemos buscar a minha neta, porque ela estava com mal-estar. Quando chegou em casa, a Débora nos contou que começou sentindo muito calor, boca seca e ficou enjoada. Isso não pode fazer bem a eles”, diz.

O núcleo de São Gonçalo do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) informou que vai reiterar a denúncia feita ao Ministério Público no ano passado. A diretora da entidade, Beatriz Lugão, destacou que o mesmo ocorreu com a Escola Luiz Gonzaga, localizada no Centro, que levou três anos para ser construída.

“Esse é um exemplo de como a Prefeitura de São Gonçalo trata a educação no município. A história se repete no Carlos Drummond, cuja previsão de conclusão era março deste ano. Na ocasião, estivemos lá e só havia os alicerces. Esses alunos sofrerão muito até o fim do ano”, reclama.

O Fluminense.

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