30/07/2009

O Marxismo e a Educação


Autor: André Maranhão Santos



Há quem repudie o marxismo, alegando sua crítica como “obsoleta e estreita”, dentre outros adjetivos. Decerto que diante do atual contexto em que vivemos, é necessário reavaliar muitos paradigmas dentro das análises do materialismo e da dialética. No entanto negar de todo o marxismo é negar a si mesmo a capacidade de luta de classes, um dos preceitos mais importantes para o exercício da História.


O sistema capitalista sofre mudanças cada vez mais excludentes, que rumam para modelos individuais imediatistas. O marxismo continua como um imprescindível crítico, perante o atual modelo econômico que encapa novas faces de adaptação em seu papel opressor. De fato, uma das razões para uma possível crise do marxismo é fruto da mudança do próprio capitalismo, o que exige a remodelagem de antigos conceitos sociológicos, quando temos como representantes do proletariado não os operários do final do século XIX, mas uma camada de professores e estagiários mal remunerados em condições adversas, com o sofrimento de ameaças, falta de material, longa jornada de trabalho e com direitos trabalhistas inexistentes, (no caso dos estagiários). A ação neoliberal, somada com algumas tendências mais recentes do pensamento social corrobora para o estabelecimento de modelos econômicos supérfluos e para a nulidade da crítica. “(...) determinadas posturas pós-modernas que ao negarem a razão histórico dialética, o devenir histórico e de elos de universalidade humana, acabam reificando o momentâneo, o transitório, o efêmero e a capilaridade do micro, do local e do circunstancial. A utopia, por este caminho, fica esmaecida e com ela, a ação política.” (SADER, GENTILI, 1999, pág: 16).


Portanto, podemos constatar vários processos decorrentes a partir da Educação, como a mercantilização[1] do ensino, que divide um papel de responsabilidade do Estado, contrariamente, separando as classes econômicas em diferentes instituições, que exigem cada vez mais investimento capital (por parte dos pais), para tornar o aluno mais um burocrata de um sistema tecnicista. Dá-se início a uma disputa sedenta por vantagens e espaço no consumismo desigual, oriundo do neoliberalismo. “Em outras palavras, não tem demasiado sentido falar da democracia em sua abstração, quando na realidade do que se trata é de examinar a forma, as condições e os limites da democratização em sociedades como a capitalista, que se fundam em princípios constitutivos que lhes são irreconciliavelmente antagônicos” (FRIGOTTO, 1995, pág: 68).


Rumando para a reprodução desse sistema, há um desequilíbrio financeiro entre as classes, adicionados à superpolução das grandes cidades, que congestionam a demanda de serviços e estabelecem o desemprego[2]. Mais uma vez os programas sociais não sanam outros males que se intensificam, como a violência, fome e miséria em países como o Brasil. Os governos de esquerda ainda almejam programas mais eficazes, mas que ainda esbarram numa contradição que é a prática assistencialista, haja vista a necessidade de projetos mais imediatos conforme a cobrança das classes mais baixas e a continuidade da burguesia[3] industrial como parte hegemônica da nossa sociedade.


Notas


[1] Sobre a mercantilização do ensino, há um notável fetichismo pela sua propriedade por parte do sistema capitalista. “(...) a questão do fetichismo da mercadoria é específica da nossa época, do capitalismo moderno. (LUKÁCS, 2003, pág: 194).


[2] “Agora a grave realidade do desumanizante desemprego assumiu caráter crônico, reconhecido até mesmo pelos defensores mais acríticos do capital como ‘desemprego estrutural’, sob a forma de autojustificação, como se ele nada tivesse que ver com a natureza perversa do seu adorado sistema.” (MÉSZÁROS, 2003, Pág: 22).


[3] “It has agglomerated population, centralized means of production, and has concentrated property in a few hands. The necessary consequence of this was political centralization” (MARX, ENGELS, 1969, pág: 13).


BIBLIOGRAFIA


FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e Crise do Capitalismo Real. São Paulo, Cortez 1995.


LUKÁCS, Georg. História e Consciência de Classe, Estudos Sobre a Dialética Marxista. São Paulo, Martins Fontes, 2003. Tradução Rodnei Nascimento.


MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. The Communist Manifesto. New York, International Publishers, 1969.


MÉSZÁROS, István. O Século XXI socialismo ou barbárie? São Paulo, Boitempo, 2003.


SADER, Emir. GENTILI, Pablo (orgs). Pós Neoliberalismo, As Políticas sociais e o Estado democrático. São Paulo, Paz e Terra, 1999.


FONTE: http://andremaranhao.blogspot.com/2006/12/o-marxismo-e-educao.html




18/07/2009

DIÁLOGOS

Dialogando com Paulo Kautscher – Marxismo e a Prática Sindical

Autor: Liu Sai Yam


Tentando lançar “pontes” entre o oportuno texto postado por Paulo sobre o panorama atual do sindicalismo, submetido a sistemático torpedeamento por parte da grande midia e setores blogueiros “modernos-realistas-moralizantes,”, na esteira também da ofensiva contra categorias profissionais inteiras (cuja justeza não é aqui objeto de discussão), cabe possivelmente uma reavaliação crítica do papel dos sindicatos como instrumento imprescindivel de organização do trabalho e disciplinação do capital, porem com vista à emergência de formas originais, inéditas, de luta política dentro de uma perspectiva de transformação concreta-real das relações de exploração articuladas pelo capitalismo.

Pedindo passagem, claro, a Sergião e vozes mais qualificadas em teoria e prática sindical, as linhas a seguir são apenas tentativas de recriar um debate pra fora e acima de programas políticos ou regimentos específicos.


A partir do momento em que o trabalho assalariado se generalizou (o proletariado afastado do controle da produção e submetido á dominação do capital) e se difundiram as grandes unidades produtivas industriais, que concentraram e uniformizaram grandes contingentes do operariado, o movimento sindical historicamente desempenhou, fora de qualquer dúvida (e ainda desempenha, em maior ou menor medida, o que depende em muito das circunstâncias), uma importante função político-pedagógica que pode ser considerada sob duplo aspecto.

1) Ensinou, mediante sucessivas experiências, formas e técnicas de organização e de luta pela defesa e promoção de interesses e reivindicações econômicas.

2) Contribuiu para o desenvolvimento da construção de elementos centrais que compõem a identidade coletiva da classe trabalhadora: a percepção do terreno socioeconômico e político comum que determina o ser do proletariado; as necessidades e interesses em comum que se enraízam nesse solo; a identificação e caracterização de seu oponente antagônico imediato: o capitalismo e/ou o Estado como seu elemento antitético estrutural/ocasional.

Fácil é reconhecer que o movimento sindical não costuma ser, em essência, diretamente político-revolucionário, no sentido de não se constituir de forma imediata em forma de luta negadora do capital e da sociedade burguesa.

Ao contrário, e normalmente, os primeiros desdobramentos da luta sindical, em qualquer tempo e lugar, são de caráter predominantemente econômico (engendrados pelos membros de uma unidade produtiva ou de uma categoria profissional), seja como defesa contra alguma ofensiva de degradação das condições de trabalho vigentes, seja como reivindicação propositiva de novos direitos e melhorias trabalhistas (aumento salarial, diminuição de jornada, salubridade, acréscimo de direitos...).

Embora não diretamente revolucionários, estes são os primeiros motivos a estimular um processo concreto de mobilização/aglutinação em torno de alguma forma de organização e luta de massas, princípios que carregam o potencial de se transformarem nos pilares que transferem (e sustentam) uma luta do plano econômico para o plano político.

Em outras palavras: no contexto de um movimento de organização e de luta por interesses predominantemente econômicos, pode-se trabalhar a consciência ideológica coletiva para formas de organização e luta políticas contra a sociedade burguesa/Estado.

Esse mesmo princípio se aplica aos movimentos sociais como MST, MTST e outros, sempre como possibilidade latente, que pode ou não se desenvolver dependendo de múltiplos fatores.

No caso do movimento sindical, entretanto, deve-se considerar que circunstâncias históricas mais recentes comprometeram sensivelmente o grau de sua potencialidade revolucionária. É importante mencionar 3 aspectos mais diretamente relacionados com o processo de reestruturação produtiva e do mundo do trabalho ao longo de todo o século 20:

- o desenvolvimento tecnológico da produtividade industrial, que substitui progressiva e continuamente capital variável por capital constante, acabou por determinar a diminuição da quantidade absoluta de assalariados necessários numa mesma unidade produtiva, o que acaba afetando diretamente no poder de mobilização e barganha desses contingentes.

- o encolhimento da quantidade de relativa de trabalhadores empregados em grandes unidades produtivas industriais, simultaneamente ao crescimento quantitativo proporcional de outros setores, especialmente o de serviços; o que, por muitas razões, enfraquece a eficiência da luta sindical.

Houve, na verdade, um processo de aguda complexificação e heterogeneização da classe trabalhadora (o avesso do que ocorrera nos primórdios do capitalismo industrial), que determinou ainda o crescimento expressivo de segmentos de trabalhadores informais, subempregados ou precários, assim como de desempregados, que em grande parte estão fora do alcance da atividade sindical.

- parte significativa dos empregos formais das grandes corporações é constituida por uma espécie de “elite” da classe trabalhadora, ou seja, segmentos de qualificação profissional mais elevada, renda mais alta e melhores perspectivas de carreira, o que torna mais problemática a possibilidade de comunhão com a identidade coletiva da classe trabalhadora como todo, além de tornar muito mais improvável a possibilidade de que manifestações sindicais destes segmentos ultrapassem a fronteira que separa a luta econômica imediata da luta político-ideológica contra a sociedade burguesa.

O movimento sindical já não é mais a única forma, nem a predominante, de passagem da organização e luta econômica para a organização e luta política.

Pela mesma razão, o proletariado industrial já não é mais potencialmente o único segmento revolucionário de vanguarda possível da classe trabalhadora.

Estas centralidades da aurora do capitalismo industrial já não correspondem mais aos resultados do processo de reestruturação do capital e do trabalho, complexificados e diversificados no seio do capitalismo amadurecido – e quase totalmente apodrecido.

Grandes contingentes da classe trabalhadora passam hoje ao largo da atividade sindical: os mais desqualificados, os mais pobres, os que menos tem a perder e tudo a ganhar.

Movimentos sociais espontaneamente nascidos em populações profundamente alienadas das políticas públicas e das esferas de lutas trabalhistas organizadas ganham a cada dia o papel de destaque nesse novo contexto de multipolaridade estratégica e organizativa.


Fonte: AQUI





15/07/2009

A LENDA DO SOLDADO MORTO

Bertolt Brecht - A Lenda do Soldado Morto.


Die Legende vom toten Soldaten


(Tradução e adaptação por Antônio Cestari, Aachen, Alemanha)



Já era a quarta primavera em guerra

E a paz não apareceu

O soldado decidido espera

E como um herói morreu.


Mas como a guerra não terminou

O rei vendo morto o soldado

Ficou muito triste e pensou:

Morreu antes do fim o coitado.


O verão esquentava a sepultura

E o soldado jazia sem reclamar

Até que uma noite muito escura

Chegou ali um médico militar.


A comissão médica aguardada

Pelo cemitério adentrou

E com uma pá santa e sagrada

O soldado exumou.


O médico com precisão o soldado olhou

Ou pelo menos o que deste sobrava

O médico, o soldado por apto achou

E que este do perigo se esquivava.


Saíram e levaram consigo o soldado

Azul e linda a noite por ser

Podia-se, sem o capacete armado

Da pátria, as estrelas ver.


Sobre ele aguardente derramaram

Pois já apodrecia

Rezavam em seus braços duas freiras

E uma puta vadia.


E como o soldado a defunto cheirava

Um padre ia em frende ao andor

Pela cidade nuvens de incenso espalhava

Para encobrir o fedor.


Fazia um bumbum tralalá

A banda na frente da procissão

Para que o soldado marchasse

Como aprendera no batalhão.


Fraternalmente pelos braços, então

Dois enfermeiros o soldado erguia

Para que não caísse no chão

Pois isto, acontecer não podia.


Sobre o seu terno mortuário

De preto, branco e vermelho pintado

Assim carregando-o, não se via

Entre tantas cores; o defecado.


Um homem de fraque marchava na frente

Com sua cabeça toda empinada

E como um bom alemão decente

Seguro de seu dever pela pátria amada.


E assim marchavam com seu bumbum tralalá

Pelo escuro caminho alarde

E o soldado marchava cambaleando

Como floco de neve na tempestade.


Gritam os gatos e os cachorros por vezes

Assoviam no campo os ratos de contra:

Não queremos ser franceses

Porque isto é uma desonra.


E quando pelas cidades passavam

Todas as mulheres estavam lá

Brilhava a lua cheia, as árvores se curvavam

E todos gritavam hurra.


Com bumbum tralalá e até adeus

A mulher, o cão e o prelado

E entre eles o soldado morto

Como um macaco embebedado.


E quando as cidades percorriam

Não se via mais o morto lá

Eram tantos ao seu redor, o escondiam

Com seu bumbum e hurra.


Tantos dançavam e gritavam em rima

De forma que já não o viam

Podia-se vê-lo somente de cima

Mas em cima só estrelas haviam


Não estão lá sempre as estrelas

Pois vem certa uma aurora

Mas o soldado, como aprendera

Atira-se à morte heroica de outrora.






Educação pública: o desafio da qualidade

Educação pública: o desafio da qualidade.

José Clovis de Azevedo.

Introdução

A QUALIDADE do ensino tem sido foco de discussão intensa, especialmente na educação pública. Educadores, dirigentes políticos, mídia e, nos últimos tempos, economistas, empresários, consultores empresariais e técnicos em planejamento têm ocupado boa parte do espaço dos educadores, emitindo receitas, soluções técnicas e, não raro, sugerindo a incompetência dos educadores para produzir soluções que empolguem a qualificação do ensino. Essa invasão de profissionais não identificados ou não envolvidos com as atividades do campo educacional merece uma reflexão. Não se trata aqui de preconizar o monopólio da discussão da educação aos educadores, mas de registrar a intensa penetração ideológica das análises, dos procedimentos e das receitas tecnocráticas à educação.

Durante a década de 1990, agudizou-se a disputa ideológica dos centros de decisões mundiais em favor da implantação das reformas neoliberais. Os avanços dessas reformas tornaram-se mais visíveis com os "ajustes" no funcionamento da economia determinados pela necessidade de implantação das políticas macroeconômicas subordinadas ao império do mercado. Essas políticas foram ganhando terreno político e verticalizando-se aos demais setores das atividades públicas. Gradativamente as resistências foram quebrando-se, seus críticos foram perdendo espaço ou adaptaram-se às novas circunstâncias. No caso brasileiro, a cooptação de amplos setores, até então identificados com perceptivas de esquerda, contribuiu para dar legitimidade às políticas neoliberais, consolidando a sua hegemonia e naturalizando as suas práticas. As justificativas para a migração de campo político têm sido sustentadas com a idéia de ausência de alternativas, sugerindo as imposições mercadológicas como uma fatalidade, o caminho único possível.

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ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE A ESCOLARIZAÇÃO DE FILHOS DE PROFESSORES DE ESCOLA PÚBLICA

Rosimeire Reis Silva (FEUSP)


[...]

No questionário perguntamos o nome do professor, idade, estado civil, tempo de exercício na escola pública, área de formação e disciplina com a qual trabalha. Perguntamos, também, se trabalham em escola particular, em qual escola, se possuem filhos com idade entre sete e quatorze anos, se estes filhos estudam em escola pública ou particular e quais os critérios utilizados para a escolha da escola para os filhos. Perguntamos, ainda, se estes professores trabalham onde os filhos estudam e se transferiram seus filhos da escola pública para particular ou da particular para pública e por quê. No final do questionário, pedimos para que os professores interessados em participar da segunda fase da pesquisa, indicassem essa intenção.

[...]

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AUMENTO DA CARGA HORÁRIA.

Conselho Nacional de Educação aprova fim de disciplinas no ensino médio em 2010

Brasília - O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, na terça-feira (30), em Brasília, proposta do MEC (Ministério da Educação) de apoiar currículos inovadores para o ensino médio. A partir de 2010, cerca de cem escolas deverão receber financiamento da pasta para implantar mudanças curriculares com o objetivo de tornar a etapa de estudos mais atraente.

Pelo projeto, aprovado por unanimidade, será possível lecionar os conteúdos de maneira interdisciplinar, sem que sejam divididos nas tradicionais disciplinas como história, matemática ou química. A atual estrutura curricular deverá ser substituída pela organização dos conteúdos em quatro eixos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura, para que os conteúdos ensinados ganhem maior relação com o cotidiano e façam mais sentido para os alunos. O aluno também poderá escolher até 20% da própria grade de estudos.

"Esperamos que essa proposta seja acompanhada e avaliada e possa se tornar uma política universal", disse a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda.

De acordo com Maria Pilar, o programa será estendido e que todas as escolas que oferecem ensino médio possam adotar as mudanças curriculares. "Nossa intenção não é ter escolas modelos, mas que todas possam oferecer ensino de mais qualidade", disse o coordenador-geral do ensino médio da Secretaria de Educação Básica, Carlos Artexes Simões.

O texto ainda prevê um aumento da carga horária mínima do ensino médio, que passará da 2,4 mil horas anuais para 3 mil. Segundo Artexes, a partir das recomendações do CNE à proposta, o ministério terá condições de organizar o programa e apresentá-lo aos estados e ao Distrito Federal: "Nos próximos 40 dias, o ministério definirá o volume de recursos disponível para o programa e a forma de financiamento, se diretamente à escola ou se por meio de convênio com as secretarias estaduais".

Com informações da Assessoria Imprensa do MEC

FONTE: O DIA

13/07/2009

PARA REFLEXÃO

1- Não conheça seu adversário e nem a você mesmo e você encontrará derrota em todas as batalhas.


2- Conheça você mesmo mas não conheça seu adversário e você vencerá uma batalha e perderá outra.


3- Conheça a você mesmo e a seu adversário e você só encontrará a vitória.


* Desconheço o autor.

12/07/2009

EDUCAR PARA LIBERTAR

Aprender a Conhecer: É preciso aprender a conhecer para não, apenas, reproduzir o que já existe e sim para repensar a realidade e reinventar o futuro.

Aprender a fazer: Hoje não basta apenas conhecer é necessário saber fazer e esse fazer de forma coletiva colaborando sempre com a construção do outro.

Aprender a viver juntos: Precisamos descobrir, viver e compreender o outro.

Aprender a ser: É necessário desenvolvermos seres responsáveis, sensíveis, inteligentes, éticos com pensamentos autônomos e críticos não deixando de lado suas potencialidades individuais.

Considerações Finais:

"Ninguém começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro a tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática." (Freire, 1991, p. 58)

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O marxismo clássico e a prática sindical

Desde as últimas décadas do século XX, é comum escutarmos que o sindicalismo brasileiro vive uma crise que teria sido ocasionada por vários aspectos, como os efeitos das recentes transformações produtivas e do fim do chamado socialismo real sobre o mundo do trabalho e o movimento sindical. A grande maioria daqueles que analisam esse processo não incluem como um dos fatores que impulsionam essa crise os limites inerentes à própria ação sindical e a dificuldade que esta tem – e sempre teve – em associar as lutas econômicas (sindicais) às lutas políticas mais gerais. Nesse caso, um retorno às análises do marxismo clássico pode ser muito útil.

Este artigo tem por objetivo realizar esta ida ao passado e está dividido em duas partes, ambas com o intuito de destacar considerações de Marx, Engels, Lênin e Trotsky sobre a importância do movimento sindical e os limites do sindicalismo.

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11/07/2009

Funcionários e professores da rede estadual!

ATENÇÃO

Funcionários e professores da rede estadual!

Concursados de 93, e que tem a matricula "5 milhões".

Dê entrada ao processo pra receber os atrasados do triênio 97 a 99 que o governo não pagou até hoje. Os documentos necessários são:

Requerimento padrão ( pode ser pego na escola ou na coordenadoria);

Contracheque de outubro e novembro de 1999;

Cópia do ultimo contracheque;

Cópia do ato de investidura;

Cópia da identidade e do CPF.

Você pode dar entrada ao processo na escola ou na coordenadoria.

Endereço da metropolitana II: Rua José Ramos de Oliveira s/n – Paiva – São Gonçalo.
Telefone: 21 3703-2293

06/07/2009

O EDUCADOR POPULAR

Educação popular.


A Educação Popular é uma educação comprometida e participativa orientada pela perspectiva de realização de todos os direitos do povo. Não é uma educação fria e imposta, pois baseia-se no saber da comunidade e incentiva o diálogo. Não é “Educação Informal” porque visa a formação de sujeitos com conhecimento e consciência cidadã e a organização do trabalho político para afirmação do sujeito. É uma estratégia de construção da participação popular para o redirecionamento da vida social. A principal característica da Educação Popular é utilizar o saber da comunidade como matéria prima para o ensino. É aprender a partir do conhecimento do sujeito e ensinar a partir de palavras e temas geradores do cotidiano dele. A Educação é vista como ato de conhecimento e transformação social, tendo um certo cunho político. O resultado da desse tipo de educação é observado quando o sujeito pode situar-se bem no contexto de interesse. A educação popular pode ser aplicada em qualquer contexto, mas as aplicações mais comuns ocorrem em assentamentos rurais, em instituições sócio-educativas, em aldeias indígenas e no ensino de jovens e adultos.

Conceito


Antes de falarmos sobre Educação Popular, precisamos definir o termo “popular”. A concepção mais comum que se observa, inclusive nos dicionários, é de “popular” como sendo algo do povo, para o povo, que atende às necessidades do povo. Usaremos a concepção de Paulo Freire, entendendo “popular” como sinônimo de oprimido, aquele que vive sem as condições elementares para o exercício de sua cidadania e que está fora da posse e uso dos bens materiais produzidos socialmente[...].

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Belford Roxo: concurso para 1.819 vagas

Cargos dos níveis Fundamental ao Superior serão preenchidos na Secretaria de Educação

Belford Roxo - A Prefeitura de Belford Roxo prepara um grande concurso para a Secretaria Municipal de Educação, com oferta de 1.819 vagas. Segundo o secretário Willian Campos, o edital — que está sendo elaborado pela Fundação Ceperj (antiga Fesp) — deverá sair em julho.

Com um concurso que irá selecionar 1.819 funcionários, a Prefeitura de Belford Roxo, que fica a 35km do Rio, está na corrida contra o tempo para acelerar o processo. O subsecretário de Administração, Miguel Ramiro, que está à frente da seleção, informou que nesta quinta, dia 2, irá se reunir com a organizadora, Fundação Ceperj, para definir cronograma e conteúdo programático. O subsecretário acredita que o edital seja publicado ainda na primeira quinzena de julho e, logo em seguida, serão abertas as inscrições. Uma das novidades é que os candidatos poderão optar por realizar as inscrições em oito postos. São eles: Escola Municipal Professor Paris, Escola Municipal Belford Roxo, Ciep Lazer Segall, Ciep Monsenhor Solano Dantas de Menezes, Ciep Joracy Camargo, Colégio Estadual Santa Amélia, Colégio Estadual Presidente Kennedy e Fabel (faculdade). Outra alternativa será a inscrição pelo site da organizadora. As taxas serão de R$20 para cargos de nível fundamental e R$40 para os demais. O concurso vai oferecer chances em diversos níveis de escolaridade. Para o nível fundamental são 518 vagas, que oferecem salários que chegam a R$545,40. Já para o nível médio são 613 oportunidades, cujos salários podem chegar a R$1.069,07, dependendo do cargo. No nível superior, as 688 vagas estão distribuídas pelos cargos de professor e orientador educacional, entre outros, com vencimentos de até R$1.210,40. A previsão é de que as provas sejam aplicadas em agosto e, inicialmente, todos passarão por provas objetivas, com 50 questões. Aqueles que estiverem na disputa pelos cargos de auxiliar de serviços gerais, merendeiras e intérprete de libras terão também avaliações práticas. Já para o nível superior serão exames objetivos e prova de títulos. O concurso terá validade de dois anos, prorrogável por igual período.


FONTES: O DIA E FOLHA DIRIGIDA.


VEJA A TABELA DE CARGOS CLICANDO AQUI






05/07/2009

FADO TROPICAL- CHICO BUARQUE

"Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar,trucidar.
Meu coração fecha aos olhos e sinceramente chora...

Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto

Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intencão e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto

Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadura à proa
Mas o meu peito se desabotoa

E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa''

Ruy Guerra.




Visite e participe da comunidade "SEPE, NA LUTA PELA EDUCAÇÃO".

Conheça clicando AQUI.

Pedagogia do Oprimido

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04/07/2009

Resultado da eleição no Sepe Central 2009

Eleições foram realizadas entre os dias 16 e 19 de junho.


Abaixo o resultado das eleições do Sepe Central:



Chapa 1: 6.502 votos (37,22%) - elegeu 18 diretores;

Chapa 2: 2.886 votos (16,52%) - 8 diretores;

Chapa 3: 2.178 votos (12,47%) - 6 diretores;

Chapa 4: 5.904 votos (33,80%) - 16 diretores.


Total de votos: 18.551;


Votos válidos: 17.470;


Brancos
: 360 (1,94%);

Nulos: 721 (3,81%).

http://www.seperj.org.br/site/

03/07/2009

TESES AO XIV CONGRESSO DO PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO (PCB).

TESES AO XIV CONGRESSO DO PARTIDO COMUNISTA
BRASILEIRO (PCB).



TESE 1- O Capitalismo Hoje-AQUI

TESE 2- A Estratégia e a Tática da Revolução Socialista no Brasil-AQUI

TESE 3- Socialismo: Balanço e Perspectivas- AQUI

TESE 4- ORGANIZAR, ESTUDAR E LUTAR (Os desafios do PCB, no limiar do século XXI)- AQUI

UNIDADE CLASSISTA

UNIDADE CLASSISTA: Organização

CARTA DE PRINCÍPIOS


A Unidade Classista é uma organização sindical dos comunistas. Congrega militantes do PCB, simpatizantes, amigos, trabalhadores e sindicalistas que concordam com o programa da Unidade Classista. A UC é ligada, politicamente, ao PCB.

A Unidade Classista tem por princípio a emancipação dos trabalhadores com a superação do modo de produção capitalista e a construção de uma sociedade sem explorados, nem exploradores. Para a UC, o objetivo de classe dos trabalhadores é o socialismo. Para a consecução de seus objetivos, a organização dos trabalhadores deve ser balizada pela independência de classe. Apenas preservando a independência de classe, os trabalhadores podem ter intervenção efetiva na conjuntura e na vida social.

A Unidade Classista luta pela preservação da memória dos trabalhadores do Brasil e do mundo. Conhecer a experiência de luta e de organização dos trabalhadores em seus erros e acertos, vitórias e derrotas, é fundamental para atuação da classe trabalhadora no presente.

A Unidade Classista é internacionalista e desenvolve solidariedade ativa à luta dos trabalhadores em todos os países. Promove intercâmbios, divulga as ações, participa de eventos internacionais e apóia ações unitárias como greves de solidariedade etc. Participa de organizações internacionais de trabalhadores, especialmente, da Federação Sindical Mundial.

A Unidade Classista entende que as lutas econômicas são a escola de luta do proletariado. Apóia todas as lutas dos trabalhadores por emprego, salário e melhores condições de trabalho. Entende também que as lutas econômicas isoladas dos objetivos estratégicos são insuficientes para a construção da independência de classe.

A Unidade Classista trabalha pela unidade dos trabalhadores do campo e da cidade, do setor público e do setor privado. Para a UC, a luta dos trabalhadores empregados é a luta dos trabalhadores desempregados, precários e terceirizados. A unidade de classe é a arma contra a divisão imposta pelo capital.

A Unidade Classista luta pela mais ampla liberdade de organização dos trabalhadores, por local de trabalho, em sindicatos e em centrais sindicais nacionais. Defende a unidade dos trabalhadores, sendo contrária ao pluralismo sindical e à fragmentação sindical em categorias diferenciadas. A forma mais avançada de organização sindical, que garante a unidade de ação dos trabalhadores, é o sindicato por ramo de atividade.

A Unidade Classista defende os trabalhadores em sua luta. Enfrenta a repressão nas empresas e nas ruas. A solidariedade de classe se dá na luta contra a criminalização do movimento operário, popular e no apoio político e material aos perseguidos pelo capital.

A Unidade Classista pugna por um sindicalismo classista, combativo, unitário e democrático. O movimento sindical representa a classe em seus interesses imediatos e gerais. Representa o conjunto dos trabalhadores, independente de crença, raça, gênero, opção sexual e filiação política.

A Unidade Classista entende que é tarefa da classe trabalhadora a luta contra o racismo, contra a discriminação de gênero e opção sexual. A preservação do meio ambiente e da saúde dos que trabalham é parte integrante do repertório de lutas da classe.

ORGANIZAÇÃO

A Unidade Classista se organiza por ramo de atividade, por região, por estado e em todo o país. O Encontro Nacional da UC elabora a Carta de Princípios, as formas de organização e o plano de ação da UC. O Encontro é constituído por delegados eleitos nos Encontros Regionais e de Base, na proporção de 1 delegado por cada 10 participantes nos Encontros de Base.

Os Encontros Nacional, Estaduais e de Base elegem Coordenações Nacional, Estadual e de Base. As Coordenações terão um responsável por finanças, um responsável pelo boletim da UC e um responsável pela formação política e sindical. As Coordenações mantêm a Sede da UC no Estado e na região.

O plano de ação da UC contempla as lutas mais importantes, como datas-base, campanhas salariais, jornadas contra o desemprego etc, eleições sindicais, congressos e as atividades internas da UC, como seminários, cursos etc.

Os trabalhadores participantes da UC contribuem, semestralmente, com uma quota de R$ 20,00, dividida, proporcionalmente, pelas Coordenações de Base, Estadual e Regional. A primeira quotização será, integralmente, revertida para a Coordenação Nacional da UC.

A Coordenação Nacional da UC publicará um Boletim mensal e manterá uma página da Internet. A Sede da Coordenação da UC será em SP.


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