04/10/2012

CORONELISMO, TERCEIRIZAÇÃO E VOTO.


As velhas práticas do coronelismo político em nossa cidade (São Gonçalo.RJ) demonstram a fragilidade do processo eleitoral burguês no interesse da classe trabalhadora. 

A candidatura de funcionários do alto escalão da prefeitura é legitima sob o ponto de vista da atual legislação eleitoral, porém o uso da máquina pública para alavancar tais candidaturas é proibida e se torna abominável quando assumi práticas coercitivas sobre funcionários e trabalhadores terceirizados. Particularmente na Secretaria Municipal de Educação são comuns relatos de trabalhadores submetidos a esse constrangimento, obrigados a fazer campanha para esse ou aquele candidato sob pena de perder cargos ou vínculos empregatícios, no caso dos terceirizados, em especial esses últimos, carentes de políticas públicas geradoras de emprego, a dramaticidade da situação nos remonta a época da república dos coronéis onde uma população essencialmente rural era presa fácil em uma sociedade comandada por latifundiários Hoje assistimos a um coronelismo de asfalto. Antes mesmo do cínico clamor por provas concretas que comprovem tal situação, acreditamos que o perfil da postura política adotada por setores da atual administração deva ser objeto de ampla investigação pelos órgãos competentes. Porém temos clareza que para o fim de tais práticas se efetivarem, devemos todos nós, trabalhadores, nos engajarmos na Construção do Poder Popular, onde todos possamos, de fato, traçarmos os rumos de nossas vidas.

03/10/2012

Professor é agredido em sala de aula

Polícia investiga denúncia de que, após retirar aluno da classe por indisciplina, acabou espancado pela mãe, irmão e amigo do jovem

Depois de repreender seu aluno por ato de indisciplina, um professor de Matemática foi agredido dentro da sala de aula supostamente por parentes do adolescente.

Ramon Ricardo Ribeiro, 43 anos, teria sido ameaçado de morte após o caso, que aconteceu no dia 29 de setembro. Ele pediu a transferência do Ciep Estadual Raul Seixas, em Costa Barros e o caso está sendo investigado pela polícia e pela Secretaria de Educação.

Segundo Ramon, a confusão começou após ele retirar de sala um aluno de 17 anos, de turma noturna do Ensino Médio. O adolescente procurou a secretaria da escola, para dizer ter sido chamado de ‘burro’, e foi para casa.

Conforme relato do professor, o estudante voltou à escola 15 minutos depois, acompanhado da mãe, irmão e amigo. A mãe teria dado tapa no rosto dele, que reagiu dando outro no rosto dela.

Nesse momento, segundo o professor, o aluno e os outros dois começaram a agredi-lo com socos e chutes. A confusão só terminou com a interferência de outros alunos.

“Registrei o caso para que tomassem providências em relação à segurança dos profissionais da escola. Não quero mais trabalhar lá. Estou tentando a transferência, mas isso não é o bastante. Precisam tomar providências para por segurança. As pessoas não podem entrar na escola e agredir um professor com facilidade”, reclamou.

Ele trabalha na escola estadual há dez anos e conta que o processo de transferência está em andamento. Ele contou ainda que ele e outro professor que o ajudou teria sido vítima de ameaças.

Secretaria apura o caso

A confusão está sendo apurada pela Secretaria Estadual de Educação, e os envolvidos, sendo chamados para prestar esclarecimentos. A direção da unidade informou que o Ciep possui câmeras e que se trata de um caso isolado. A 39ª DP (Pavuna) investiga como lesão corporal e ameaça.

O professor fez exame de corpo de delito e diz que sua revolta não é contra a família, mas com a falta de estrutura na escola.

Fonte : O DIA