Brasília - O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, na terça-feira (30), em Brasília, proposta do MEC (Ministério da Educação) de apoiar currículos inovadores para o ensino médio. A partir de 2010, cerca de cem escolas deverão receber financiamento da pasta para implantar mudanças curriculares com o objetivo de tornar a etapa de estudos mais atraente.
Pelo projeto, aprovado por unanimidade, será possível lecionar os conteúdos de maneira interdisciplinar, sem que sejam divididos nas tradicionais disciplinas como história, matemática ou química. A atual estrutura curricular deverá ser substituída pela organização dos conteúdos em quatro eixos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura, para que os conteúdos ensinados ganhem maior relação com o cotidiano e façam mais sentido para os alunos. O aluno também poderá escolher até 20% da própria grade de estudos.
"Esperamos que essa proposta seja acompanhada e avaliada e possa se tornar uma política universal", disse a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda.
De acordo com Maria Pilar, o programa será estendido e que todas as escolas que oferecem ensino médio possam adotar as mudanças curriculares. "Nossa intenção não é ter escolas modelos, mas que todas possam oferecer ensino de mais qualidade", disse o coordenador-geral do ensino médio da Secretaria de Educação Básica, Carlos Artexes Simões.
O texto ainda prevê um aumento da carga horária mínima do ensino médio, que passará da 2,4 mil horas anuais para 3 mil. Segundo Artexes, a partir das recomendações do CNE à proposta, o ministério terá condições de organizar o programa e apresentá-lo aos estados e ao Distrito Federal: "Nos próximos 40 dias, o ministério definirá o volume de recursos disponível para o programa e a forma de financiamento, se diretamente à escola ou se por meio de convênio com as secretarias estaduais".
Com informações da Assessoria Imprensa do MEC
FONTE: O DIA
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