31/07/2010

Casos de bullying em escolas preocupam pais e educadores

As mudanças de comportamento de *Renata, de 13 anos, vieram sutilmente. Considerada boa aluna, a adolescente começou a apresentar queda significativa no rendimento escolar. Depois disso, vieram as constantes tentativas de não ir às aulas, sempre alegando dores de cabeça, de barriga ou febres imaginárias. 

Mas a mãe da menina só desconfiou que alguma coisa realmente ia mal na escola quando Renata teve uma crise de choro e pediu para sair do colégio. O motivo? A constante implicância de alguns colegas, que colocavam apelidos, faziam brincadeiras maldosas e até mesmo ameaçavam fisicamente a aluna, características conhecidas, hoje, como bullying. 

"No início achei que o motivo das notas baixas era o namoradinho que ela arrumou aqui no condomínio", afirma *Marise, mãe de Renata, que pediu para que a verdadeira identidade de ambas não fosse revelada. "Mas quando ela começou a não querer frequentar as aulas, percebi que o problema era na escola. Cheguei a conversar com os professores, que disseram que não havia nada de errado com ela. Somente quando minha filha teve uma crise de choro e me contou o que estava acontecendo é que resolvi tirá-la do colégio e procurei um psicólogo. Infelizmente, a escola não estava preparada para ajudar minha filha". 

Infelizmente, segundo especialistas, o que aconteceu com Renata é mais comum do que se imagina. O fenômeno conhecido como bullying, palavra inglesa utilizada para denominar ações de violência - física ou psicológica - de um indivíduo ou grupo de indivíduos e que tem como objetivo humilhar outra pessoa. De acordo com o psicólogo José Antonio Martins, a ocorrência de bullying nas escolas públicas e privadas sempre aconteceu, mas só vem ganhando notoriedade de alguns anos para cá, muito por conta de uma intensa campanha, principalmente através da mídia, alertando para os perigos de tais atitudes violentas. 

"O bullying pode se manifestar de diversas maneiras, por isso é tão difícil detectar. Apelidos maldosos que ressaltam alguma imperfeição da vítima, exclusão do grupo, xingamentos, ameaças veladas e até mesmo agressões físicas são as principais características. Mas como separar um apelido jocoso de um comportamento que evidencie o bullying? Cabe à escola e à família trabalharem em conjunto para evitarem situações extremas", ressalta Martins. 

Pesquisa realizada pela Organização Não Governamental Plan Brasil em 2010, com 5.168 alunos de todo o país revelou que quanto mais frequentes os atos repetitivos de maus tratos contra um determinado aluno, mais tempo dura essa violência. A constatação demonstra que a repetição das ações de bullying fortalece os agressores e reduz as possibilidades de defesa das vítimas. Este resultado indica ser essencial uma rápida identificação destas ações e imediata reação para conter este tipo de atitude. 

Ainda segundo a pesquisa, o bullying é mais comum nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, e a incidência maior está entre adolescentes na faixa de 11 a 15 anos de idade, que frequentam a sexta série do ensino fundamental. Os agressores geralmente cometem os maus tratos para obter popularidade entre os colegas, para serem aceitos ou simplesmente se sentirem poderosos. No caso das vítimas, estas costumam apresentar algum traço característico marcante (obesidade, baixa estatura), algum tipo de necessidade especial ou o uso de roupas consideradas diferentes pela maioria dos colegas. 

"Os jovens tímidos, com dificuldades para se expressar, são alvos em potencial. Os primeiros sinais apresentados geralmente são a queda no rendimento escolar e o medo de frequentar a escola", explica José Antonio. "O problema é que a maioria das escolas não está preparada para reconhecer essa prática, já que a linha que separa o bullying da brincadeira é muito subjetiva". 

Para auxiliar pais e educadores a reconhecerem - e evitarem - o bullying, a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia) desenvolveu um Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes, com diversos conselhos, entre eles o de estimular os estudantes a fazerem pesquisas sobre o tema, fazer com que os estudantes criem regras de disciplina que evitem a prática de bullying, além de interferir, quando necessário, em grupos de alunos que apresentem características de estarem cometendo maus tratos. 

A pedagoga Aline Feijó faz questão de ressaltar que os estudantes que praticam o bullying também precisam de cuidados especiais, já que muitas vezes esse comportamento é fruto de problemas mais profundos, como desequilíbrio emocional e desajustes familiares. A cooperação da família, nestes casos, é fundamental para que agressores e vítimas não façam mais parte deste quadro de violência. 

Fonte. Terra

30/07/2010

Secretaria de Estado de Educação - Educação-RJ: 2.300 vagas em outubro. 3º grau


Deve ser divulgado em outubro, após as eleições, o edital do concurso para 2.300 vagas de orientador, supervisor e professor de Religião da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ). Apesar da legislação não proibir a divulgação de editais no período eleitoral, o governo do estado optou por aguardar mais alguns meses para realizar a seleção.

Serão oferecidas mil vagas para orientador educacional, mil para supervisor educacional e 300 para professor I de Ensino Religioso (credo católico, evangélico e demais credos), todos com exigência de nível superior. No caso dos professores, será preciso ter licenciatura plena e comprovante de formação religiosa.


Os vencimentos iniciais para os cargos serão de R$732,69, mas haverá também benefícios, cujos valores não foram informados. Os habilitados serão contratados pelo regime estatutário, que garante estabilidade no serviço público.

A organizadora do concurso será a Fundação Ceperj, que deverá receber as inscrições em postos e via internet. Esse será o primeiro concurso para orientador e supervisor educacionais. Já para professor de Ensino Religioso, a última seleção foi realizada em 2003, com oferta de 500 vagas, sendo 342 para o credo católico, 132 para o credo evangélico e 26 para professores dos demais credos reconhecidos.

Segundo o superintendente de Gestão de Pessoas da secretaria, Marcus Medina, a seleção terá provas objetiva e discursiva, e uma avaliação de títulos. Serão cobradas as disciplinas de Língua Portuguesa, Conhecimentos Pedagógicos e Conhecimentos Específicos, este último de acordo com a área pretendida.

Professores - A Seeduc tem feito convocações de professores aprovados em seleções anteriores. Os candidatos devem ficar atentos às listagens, que são publicadas no Diário Oficial e no site da secretaria, na internet. A meta é admitir 6 mil professores durante todo este ano


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29/07/2010

Escolas municipais seguem fechadas e ano letivo comprometido em Niterói

Duas unidades, uma em Riodades, e outra, no Morro do Bumba, foram interditadas depois das fortes chuvas de abril na cidade e até agora pouco foi feito para resolver o problema

Em Niterói, duas escolas municipais, com 732 alunos no total, continuam sem aulas desde as chuvas de abril. Apesar do município ter providenciado imóveis para realocar as turmas escolares, os novos endereços ainda não estão preparados para receber os estudantes.

À volta às aulas na rede municipal aconteceu no dia 26, mas os estudantes das escolas Djalma Coutinho de Oliveira, em Riodades, e Sebastiana Gonçalves Pinho, no Morro do Bumba, estão quase completando o quarto mês longe dos bancos escolares. O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) acionará, na segunda-feira, dia 2/8, a 2ª Vara da Infância e Juventude de Niterói para garantir o direito dos alunos à educação. De acordo com a secretária de Educação, Maria Inês de Oliveira, as aulas só voltam no dia 16.
Alunos da Escola Municipal Djalma Coutinho, em Riodades, deverão ser realocados para outro endereço no Fonseca. Foto: Alcyr Ramos

“Já finalizamos as duas representações que serão apresentadas sobre essas escolas. São dois casos gritantes de descaso que acaba inviabilizando o direito à educação. Também falaremos da culpabilidade do Poder Público municipal, já que não foi uma tragédia imprevista. Nesses casos, nem mesmo medidas emergenciais, como a matrícula dos alunos em outras escolas, públicas ou privadas, foram tomadas”.

O imóvel da Rua Leite Ribeiro, no Fonseca, que abrigaria os estudantes da E. M. Sebastiana Gonçalves Pinho, foi comprado por R$ 623 mil. Na entrega do imóvel, realizada, no último dia 9, o diretor de administração e manutenção de obras da Fundação Municipal de Educação, Dimas Costa, garantiu que em duas semanas a unidade estaria pronta para receber os estudantes.

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27/07/2010

Professor de Inglês: resultado final


Resultado final do concurso para 400 vagas professor I de Inglês da Prefeitura do Rio de Janeiro. A seleção contou com 4.846 inscritoS, que realizaram prova objetiva, oral e avaliação de títulos. A remuneração do atividade é de R$1.435,87, incluindo as gratificações.

Na parte objetiva, foram cobradas 35 questões específicas da disciplina, 15 de Língua Portuguesa e dez de Fundamentos Teórico- Metodológicos e Político-Filosóficos da Educação. Cada pergunta valiadois pontos, sendo aprovado aquele que alcançou, no mínimo, 20% de pontos por conteúdo e 60% de pontos do total da prova.

A validade do concurso será de dois anos, prorrogável por igual período.


 CONSULTE A LISTA DE APROVADOS AQUI


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Nova Iguaçu prepara concurso para vários cargos


A Prefeitura de Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, está preparando um grande concurso para a área de Educação. A atual secretária da pasta, Dilcéia Quintela, anunciou que, até o fim deste ano, a nova seleção terá início. Segundo ela, serão oferecidas vagas para diversos cargos, como orientador educacional, orientador pedagógico, merendeira e vigia, além de professor.

"A orientação é de abrir um novo concurso até dezembro deste ano, e esse é o objetivo da secretaria. Já estamos preparando o concurso, até porque não temos muito tempo. A organizadora será escolhida por meio de licitação. Como o concurso de 2007 foi prorrogado até março de 2011, estamos verificando com o jurídico se poderemos chamar os aprovados da nova seleção em fevereiro ou se teremos que aguardar o término da validade", explicou.

De acordo com a secretária, o levantamento do quantitativo deverá estar pronto em setembro. "A verdade é que a necessidade por escola os diretores já têm na ponta da língua, porque estão ali no dia a dia. A equipe pedagógica já está fazendo esse levantamento. E sempre temos que fazer uma previsão um pouco maior", complementa.

A secretária informou que, atualmente, a rede de profissionais da Educação de Nova Iguaçu está composta por 4.400 funcionários. Do concurso de 2007, ela ressaltou que, apesar da oferta inicial ter sido de 374 vagas, já foram feitas 1.594 convocações. Recentemente, foram chamados mais 344 professores, mas, de acordo com a secretária, ainda há aprovados no cadastro.


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Magistério de Caxias: secretária anuncia concurso


A secretária de Educação de Duque de Caxias, Roseli Ramos Duarte Fernandes, confirmou concurso para o magistério ainda este ano. Estão previstas 600 vagas para professor I (ensino superior) e II (ensino médio, antigo curso normal), cujos vencimentos iniciais são de R$1.405,35 e R$1.000,30, respectivamente, para jornadas de trabalho que variam de 15h a 22h30 semanais.


Os docentes que lecionarão em escolas de difícil acesso receberão mais 20% sobre o salário; para escolas de dificílimo acesso, 30%; para professores regentes, 10%; e os de creche, classes especiais e noturnos,
20%. Todos serão beneficiados pelo Fundeb, com R$514,24, e auxílio-transporte de R$95.


Para professor I, haverá oferta para as disciplinas de Matemática, Ciências, Educação Artística, Inglês e Espanhol. A previsão é que esses aprovados comecem a lecionar no primeiro semestre de 2011.


A secretária afirmou que pretende manter Duque de Caxias como um dos municípios do país que mais valorizam a classe do magistério. Apesar disso, a também professora concursada, está insatisfeita com os últimos resultados obtidos pela Educação na cidade. "Estamos preocupados com a nossa última classificação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), pois o nosso município ficou entre os que não tiveram um bom resultado. O objetivo da minha gestão será superar esse índice, inclusive, a partir do dia 2 de agosto, iniciaremos o reforço escolar para o ensino fundamental, na disciplina de Português", garante.


Atualmente, 6.253 professores formam o quadro da Educação caxiense, sendo, para ela, um quantitativo insuficiente, devido às aposentadorias, licenças e dobras de jornadas. "Ampliamos para 107 o número de escolas que oferecem o Programa Mais Escola, do governo federal, que prevê a extensão do tempo do aluno e do professor na escola", assegura.


Para Roseli, que assumiu a secretaria no fim de junho, os candidatos já devem iniciar os estudos. "Estudem e se preparem, pois a seleção certamente será concorrida. No último concurso, recebemos muitos candidatos de outros municípios."


A última seleção ocorreu em 2005 e expirou no dia 28 de janeiro deste ano, tendo validade de dois anos, com prorrogação por igual período. Na ocasião, foram cobrados Conhecimentos Específicos, Português Geral e Conhecimentos Pedagógicos, para professor I; e Lingua Portuguesa, Conhecimentos Pedagógicos, Matemática, História, Geografia e Ciências, para professor II.

FONTE: F.DIRIGIDA

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O Coletivo Estadual de Funcionários do SEPE/RJ

Companheiras/os,

O Coletivo Estadual de Funcionários do SEPE/RJ convida todos/as os/as companheiros/as das Secretarias de Funcionários dos núcleos e regionais para uma reunião.

Data: 31/07 (sábado)

Horário: 10h da manhã

Local: auditório do SEPE/RJ

A presença de todos/as é fundamental!

Sds sindicais,

Secretaria de Funcionários do SEPE/RJ


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Escola precária em Jacarepaguá

Rio - A escola municipal Virgílio Várzea, no Pechincha, Jacarepaguá, está funcionando precariamente desde abril. “A Educação Infantil está sem aula por conta da falta de uma obra de contenção da encosta. As outras turmas estudam em três turnos e só por três horas”, denuncia Bianca Torraca.



Foto da leitora Bianca Torraca


FONTE: O DIA
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25/07/2010

Concurso permanente de literatura infanto-juvenil


A consagrada escritora Eliane Ganem promove todos os anos um concurso nacional de literatura infanto-juvenil.

Leia o edital:

Regulamento

 

Este Concurso tem por objetivo incentivar a literatura infanto-juvenil, criando a possibilidade de lançar no mercado textos de boa qualidade de novos escritores, e também daqueles que já escrevem há algum tempo, mas que por falta de oportunidade não encontram espaço para publicação de seus textos. Não se pretende auferir lucros de qualquer espécie com este Concurso, sendo que o intuito único é o de revelar novos e bons autores.

1. Dos requisitos de participação:

1.1 Cada um dos concorrentes participará com apenas 1 (um) texto escrito em Língua Portuguesa, inédito, não podendo ter sido publicado sob nenhuma forma impressa ou digital;

1.2 Serão desclassificados os trabalhos já publicados ou divulgados (integral ou parcialmente) por qualquer meio no Brasil ou no exterior.

2. Das Inscrições:

2.1 As inscrições serão gratuitas e realizar-se-ão no período de 05 de janeiro a 05 de outubro de cada ano, exclusivamente por envio postal, sendo considerada a data postal de até 05 de outubro para efeito de inscrição.

2.2 As inscrições devem ser feitas por Sedex ou carta registrada, ambas com Aviso de Recebimento, como garantia de inscrição. Devem constar apenas o Pseudônimo do autor tanto no Sedex quanto na carta registrada, para efeito de sigilo.

2.3 É de responsabilidade exclusiva do concorrente a observância e regularização de toda e qualquer questão relativa a direitos autorais, respondendo o mesmo pela Lei do Direito Autoral no. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

3. Da documentação:

3.1 Os trabalhos deverão ser entregues em um envelope ofício, contendo:

03 (três) vias do texto digitado em word, impresso em apenas uma das faces do papel, em Arial, corpo 12, entrelinha 1,5cm, em folhas de tamanho A4 (21,0 x 29,7cm) com margens de 2.0 cm, com um montante máximo de até 30 (trinta) laudas para os livros de literatura infantil e até 100 (cem) laudas para os de literatura juvenil. Em todas as obras devem constar na folha de rosto o título da obra e o pseudônimo do (a) autor (a). Junto com o texto impresso deve ser fornecida também uma cópia em disquete ou cd.

3.2 Deve acompanhar o lote dos originais, um envelope lacrado com o título da obra e o pseudônimo do autor do lado de fora, e no interior contendo:

Título da Obra
 
Pseudônimo do Autor
 
Nome do Autor
 
Endereço, telefone, e-mail, dados pessoais – endereço, número do CPF e RG - e um breve curriculum vitae de até 15 linhas.

4. Da premiação:

4.1 Serão escolhidos três textos, atribuídos os prêmios de primeiro, segundo e terceiro colocados.

4.2 Os textos premiados serão publicados digitalmente em pdf, sob forma de livro digital, e distribuídos pelos principais sites da internet, inclusive no site promotor da premiação.

4.3 Caso os ganhadores optem, está aberta a possibilidade de impressão em papel, desde que os custos de edição e produção sejam financiados pelos autores. Poderão ser publicados até 1000 exemplares de cada título, e a distribuição nas livrarias das principais cidades poderá ser efetuada pelo site promotor do concurso.

4.4 Caberá aos autores premiados 50 exemplares dos livros impressos – caso os autores optem por esta modalidade - e também 10% do preço de capa, tanto para os livros que vierem a ser comercializados em pdf, quanto para os livros comercializados em livrarias. Caso o livro impresso ou digital venha a ser ilustrado, o pagamento pela ilustração correrá por conta do Autor, que poderá dividir com o ilustrador a sua porcentagem.

5. Da comissão julgadora:

5.1 Será constituída uma Comissão Julgadora composta por três profissionais, notoriamente reconhecidos, que estabelecerão os critérios de avaliação e escolherão os ganhadores. O prazo de seleção será dos dias 06 de outubro a 06 de dezembro de cada ano.

5.2 As decisões da Comissão Julgadora são soberanas e irrecorríveis.

6. Do resultado e da entrega da premiação:

6.1 O resultado do Concurso sairá no dia 07 de dezembro de cada ano, sendo divulgado amplamente no site promotor do evento. Caso haja necessidade de um prazo maior, a comissão julgadora poderá, a seu critério exclusivo, adiar para aquela data que lhe for mais conveniente.

6.2 A entrega da premiação acontecerá em data, hora e local a serem divulgados no site promotor do evento.

7. Das disposições gerais:

7.1 Caberá à Comissão Julgadora conferir a documentação; organizar todo o processo de distribuição das cópias dos trabalhos; manter em sigilo os envelopes lacrados; divulgar o resultado do Prêmio Literário, resolver quaisquer controvérsias ou pendências advindas do seu desenvolvimento, bem como os casos omissos neste Regulamento.

7.2 Informações complementares ou esclarecimentos poderão ser obtidos no período de inscrições, através do e-mail disponibilizado no site.

7.3 Os originais não premiados não serão devolvidos, sendo incinerados após 30 dias da divulgação dos resultados. Caso seja do interesse do autor, os originais poderão ser retirados em local indicado pelo site promotor do concurso no prazo máximo de até 30 dias. Para isso deverá ser encaminhado e-mail para o site promotor com a solicitação por escrito.

7.4 Os vencedores deverão concordar em permitir a divulgação de seu nome e imagem para a divulgação do Concurso, sem qualquer ônus para os promotores.

7.5 Os trabalhos que não atenderem aos termos deste Regulamento serão desclassificados.

7.6 O ato de inscrição implica na plena aceitação, por parte do participante, do disposto neste Regulamento, não cabendo qualquer recurso.

7.7 Fica eleito o Foro da Comarca do Rio de Janeiro, para dirimir quaisquer dúvidas ou controvérsias oriundas deste regulamento.

Eliane Ganem


24/07/2010

Abaixo-Assinado-CAMPANHA NACIONAL PELO LIMITE DA PROPRIEDADE DA TERRA:

Destinatário: Congresso Nacional 


Eu apoio emenda constitucional para inserir inciso V ao artigo 186 da Constituição Federal, estabelecendo que para cumprir a Função Social a Propriedade rural terá limite máximo de 35 módulos fiscais, como forma de garantir a democratização do acesso à terra e a soberania territorial e alimentar.

JUSTIFICAÇÃO

Para garantir efetivamente a função social da propriedade rural como determina a Constituição Federal em seus artigos V, XXIII e 186, é necessário que se estabeleça um limite de extensão para os imóveis rurais.

A realidade é que o Brasil apresenta um dos maiores índices de concentração fundiária do mundo: 1,5% dos 5 milhões de imóveis rurais cadastrados concentra 52% de toda a área , no outro extremo tem-se que 98,50% do total de imóveis cadastrados, detém somente 48%.Diante deste quadro de grave desigualdade, não se pode admitir que imensas propriedades rurais possam pertencer a um único dono, impedindo o acesso democrático à terra que é um bem natural, coletivo, porém limitado.

Como os recursos naturais devem estar disponíveis para todos, sob pena de não se respeitar sua função social, não é compatível com a Constituição que uma insignificante minoria tenha em seu poder a grande maioria das melhores terras do país em prejuízo de tantos brasileiros que são forçados a abandonar seu habitat natural.

A limitação do tamanho da propriedade rural também se justifica como um estímulo ao aumento da produção de alimentos, da preservação dos recursos naturais, do emprego rural e da fixação do homem no campo, além de impedir ainda maiores ofensas à soberania territorial brasileira.

A proposta não ofende nenhum princípio constitucional, pelo contrário, se adeqüa perfeitamente ao que estabelece a Constituição ( art. 3º) quando inclui entre os objetivos da República Brasileira a construção de uma sociedade justa e solidária e a redução das desigualdades sociais.

Esta não deve ser uma preocupação apenas dos que vivem do campo, porém uma luta de toda a população em favor da efetividade dos princípios constitucionais e do aprimoramento da democracia em nosso País.

Por isso eu apoio a Campanha Nacional pelo limite da propriedade da terra, em 35 módulos fiscais, manifestando a minha vontade como cidadão de que o Congresso Nacional venha a aprovar, sem demora, emenda constitucional que estabeleça esta limitação como avanço imprescindível da sociedade brasileira.



FONTE: AQUI


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23/07/2010

Mais uma nada sútil iniciativa de privatização da educação municipal do RJ

O Rio de Janeiro será a primeira escala para a chegada ao Brasil de uma rede internacional de formação de líderes na área de educação: a Teach for All (Ensino para Todos). A partir de agosto, começará a ser realizada a seleção de 40 universitários e profissionais recém-formados em qualquer área de conhecimento, que participarão de um programa de trainee em colégios da rede municipal de ensino. No ano que vem, eles iniciarão um período de dois anos auxiliando com aulas de reforço de aprendizagem para estudantes de unidades localizadas em áreas de risco, as Escolas do Amanhã.

O programa Teach For All está atualmente em 13 países e já formou mais de 17 mil profissionais. No Brasil, sua versão foi chamada de Ensina!. O projeto do Rio de Janeiro, seguindo o padrão internacional, será uma parceria público-privada. Dois terços do investimento sairão de empresas e um terço será bancado pela Secretaria municipal de Educação. Os trainees receberão salários em torno de R$ 2.500, equivalente ao de um professor de 40 horas do ensino regular. Os selecionados passarão por um curso de cinco semanas, de manejo de sala de aula, antes de começarem o trabalho nas escolas. - 

No médio e no longo prazo, o projeto tem a importância de criar uma rede de pessoas que poderá influenciar não só no desenvolvimento da educação, como em reformas que influam no desenvolvimento do país. Pessoalmente, os trainees vão levar a experiência do contato com a realidade social das escolas. E são técnicas de ensino que podem ser expandidas - afirma a diretora-executiva do Ensina!, Maíra Pimentel. 


A direção do Ensina! já começou a entrar em contato com as principais universidades do Rio. Após as inscrições, os candidatos passarão por um processo rigoroso de seleção, com provas dinâmicas e entrevistas. O programa terá parceria com grandes empresas que atestarão a qualidade do trabalho, para auxiliar na inserção dos profissionais no mercado de trabalho após o período como trainee. 





FONTE: O GLOBO

21/07/2010

A ESCOLA QUE QUEREMOS

Defendemos de modo intransigente a educação pública, gratuita e de qualidade. Para tanto faz-se necessário a valorização profissional de professores e funcionários através de políticas destinadas a qualificação profissional,criando oportunidades para a participação dos profissionais de educação em cursos de aperfeiçoamento em suas respectivas áreas de conhecimento.

Outro aspecto importante da valorização profissional,além da qualificação, diz respeito a remuneração dos professores e funcionários. O achatamento salarial dos profissionais de educação ao longo dos últimos anos tem representado um verdadeiro ataque a sua dignidade profissional, neste sentido é urgente tratar esta questão com a atenção que merece.

Além disso, defendemos concurso público para professores a fim de suprir a demanda existente e também concurso imediato para suprir a carência de funcionários administrativos tais como inspetores de alunos, merendeiras, vigias, auxiliares de serviços gerais, porteiros, assistentes sociais, psicólogos e tantos outros que se fizerem necessários.

Defendemos a escola pública e o serviço público. Somos contra as terceirizações e privatizações na escola pública. Educação de qualidade se faz com profissionais de educação concursados e valorizados.
Defendemos a escola de tempo integral, entretanto, acima de tudo defendemos o ensino integrado que visa proporcionar ao educando a sua formação integral. De nada adianta falar em escola de tempo integral sem um projeto que a sustente. Defendemos que o ensino integrado deve promover o desenvolvimento do aluno para além das áreas de conhecimento. Deve despertar as suas potencialidades para a arte e a cultura. Além disso o conteúdo programático na área de línguas estrangeiras deve proporcionar aos alunos o domínio de,pelo menos,um idioma ferramenta esta indispensável na sua formação. Outra área de grande importância é a da atividade física onde os alunos devem, de acordo com sua preferência, se dedicar aos esportes devendo dominar, no mínimo, uma modalidade esportiva.

Condições de trabalho apropriadas, valorização profissional, concursos públicos para preencher a carência na área de educação, educação integral,universalização do acesso à escola pública, eleições diretas para diretores de escola, etc é o início de conversa para o compromisso que assumimos com à educação pública do Estado do Rio de Janeiro.



PCB EDUCAÇÃO


Pior escola da rede estadual no Enem teve aula no banheiro

A escola da rede estadual com a nota mais baixa no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Colégio Estadual Equador, em Vila Isabel, guarda um histórico de dificuldades para garantir o aprendizado. Como o EXTRA mostrou em março de 2007, alunos da turma de 1 ano do ensino fundamental chegaram a estudar no banheiro por falta de salas. Não é só a Equador que causa preocupação. Na lista das 50 escolas do município com notas baixas no Enem, 49 são estaduais e uma é particular. 


Além das dificuldades que o aluno do ensino noturno enfrenta, a escola tem um histórico de problemas graves: falta de salas; ausência de diálogo entre direção e professores; e pouca clareza sobre os gastos. Há seis anos, recebemos estudantes surdos sem que os professores tivessem nenhuma preparação específica — afirmou um professor que não se identificou. 


No topo do ranking, estão oito escolas particulares e apenas duas públicas: o Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CAP-Uerj) e a Escola Estadual Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, ligada à Fiocruz. A liderança é de colégios particulares, como o São Bento. 

Contrastes na rede

Entre as escolas estaduais também podem ser vistos contrastes. Na lista das dez melhores unidades da rede no estado do Rio, destacam-se aquelas que desenvolvem parcerias, como o Colégio Estadual Professor Horácio Macedo, ligado ao Cefet. 

A boa colocação é dividida ainda por unidades tradicionais, como os institutos de educação de Nova Friburgo e do Estado do Rio, na Tijuca. A lista conta com mais dois colégios estaduais de Friburgo e três unidades da Faetec, ligada à Secretaria estadual de Ciência e Tecnologia. Segundo a vice-presidente educacional da Faetec, Maria Cristina Lacerda, o diferencial é que o currículo dos alunos é enriquecido pela formação técnica.
- Temos um corpo docente qualificado e comprometido, apresentamos um projeto pedagógico em que o aluno não tem apenas a física do ensino regular, mas conta ainda com a disciplina aplicada a sua área - explicou.

Em nota, a Secretaria estadual de Educação disse que o resultado foi positivo, já que dois terços das escolas ficaram com nota acima da média nacional: 500 pontos. A secretaria anunciou premiação para as escolas que se destacaram e anunciou aulas preparatórios para o exame, em agosto.

FONTE: JORNAL EXTRA
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Áreas violentas perto das escolas: quando o perigo ‘mora’ ao lado

egundo a Fundação Municipal de Ensino, pelo menos 20 colégios em Niterói estão localizados em áreas consideradas de risco. Instituições no Fonseca e Caramujo preocupam sindicato

Morto na última sexta-feira após ser atingido por uma bala perdida dentro da sala de aula, no Rio, a história do menino Wesley de Andrade poderia ser “protagonizada” por várias outras crianças. Segundo a Fundação Municipal de Educação de Niterói, pelo menos 20 unidades estão localizadas em áreas consideradas de risco.

Para o sindicato dos professores, os bairros do Fonseca e do Caramujo são os mais violentos. Para profissionais da área e para a Polícia Militar, os esforços devem ser concentrados em torno de uma palavra: parceria.

“Das 103 unidades, 35 são comunitárias e 20 em comunidades de risco. Quando o cerco é fechado pela Polícia o problema se intensifica. Se existe algum movimento estranho, acionamos a PM”, declarou a secretária de Educação de Niterói, Maria Inês Azevedo.

O Fluminense

19/07/2010

Rede municipal exige respeito de Eduardo Paes


Veja nota enviada pelo Sepe para a rádio CBN, em resposta à declaração do prefeito em matéria veiculada no programa CBN Rio, em que Eduardo Paes chamou a direção do Sepe e profissionais de educação da rede municipal de "urubus de plantão"

Em vez de garantir o mínimo de segurança para a comunidade escolar, o prefeito Eduardo Paes resolveu se esconder mais uma vez por trás da arrogância e, numa entrevista à Rádio CBN na manhã desta segunda-feira, chamou a direção do Sepe e os profissionais de educação da rede municipal de “urubus de plantão”, somente por que o sindicato afirmou que entrará na Justiça pedindo garantias de segurança para as escolas públicas localizadas em áreas de risco e exigindo regras e providências da SME para o funcioamento das unidades em casos de conflito.

O Sepe ao longo dos seus 34 anos de luta sempre se pautou pela luta em defesa da educação pública no Rio de Janeiro. Para a categoria, a segurança no ambiente de trabalho, investimentos para a melhoria das condições de funcionamento das escolas e o diálogo com as autoridades para que possamos participar de todo o processo é um direito da população e um dever do governo municipal.

Desde 2006, o Sepe vem denunciando a questão da falta de segurança nas escolas. Data desta época, a preparação de um dossiê sobre a violência, elencando quase 200 escolas localizadas em áreas que oferecem risco para a vida de profissionais de educação e alunos. O documento foi entregue para as autoridades (prefeitura, Secretarias Estadual e Municipal de Educação, Secretaria de Estado de Segurança Pública, Conselho Tutelar e Ministério Público Estadual). Também foram solicitadas audiências com o Executivo Municipal e com as secretarias responsáveis pelo setor educacional e de segurança. Mas, até hoje, nada foi feito para solucionar o problema. Basta ver o aumento do número de casos de violência dentro do espaço das escolas publicas estaduais e municipais, vitimando profissionais e alunos nos últimos anos e que vem sendo fartamente noticiados nos meios de comunicação.

Portanto, ao invés de querer esconder o problema com afirmações que não condizem com a dignidade do seu cargo, o prefeito Eduardo Paes deveria ter um pouco mais de humildade e reconhecer a sua parcela de culpa pelo problema. Por exemplo, no último sábado (dia 17 de julho), quando o aluno Wesley Gilbert Rodrigues de Andrade foi enterrado, após ter sido morto por bala perdida dentro do Ciep Rubens Gomes, nenhuma autoridade estadual ou municipal se fez presente ao enterro para dar apoio aos familiares e membros da comunidade escolar, ainda abalados com a violência que se abateu contra a escola e resultou na morte do aluno, que tinha somente 11 anos.

Ao invés de se esconderem por trás de twitters ou orkuts, o prefeito Eduardo Paes, o governador Sérgio Cabral e a secretária municipal de Educação Cláudia Costin deveriam sair às ruas para explicar para a população do Rio de Janeiro porque os governos municipal e estadual não fazem nada para resolver o problema da falta de segurança nas escolas estaduais e municipais. Na sexta-feira (dia 16/7), enquanto a secretária e o prefeito se escondiam atrás do twitter para comentar a morte do nosso aluno, profissionais de educação – estes sim, verdadeiramente compromissados com a educação e verdadeiros heróis anônimos – enfrentavam o tiroteio e se mobilizavam para socorrer o aluno ferido e garantir a segurança dos demais estudantes em meio ao fogo cruzado. Os profissionais cumpriram o seu papel. Não podemos dizer o mesmo do prefeito e da secretária de Educação que, cientes dos problemas, nada fizeram para evitá-los. Se tem algum “urubu” nesta história, não somos nós, profissionais da educação das escolas municipais.






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Somos todos do CIEP Rubens Gomes

Leia e repasse para o maior número possível de pessoas e para as autoridades estaduais e municipais .

“Um sistema de desvínculos: para que os calados não se façam perguntões, para que os opinados não se transformem em opinadores. Para que não se juntem os solitários, nem a alma junte seus pedaços...
 
O sistema esvazia nossa memória, ou enche de lixo, e assim nos ensina a repetir a história em vez de fazê-la. As tragédias se repetem como farsas, anunciava a célebre profecia. Mas entre nós, é pior: as tragédias se repetem como tragédias”.
                                                                          (Eduardo Galeano)

 
Na última sexta-feira, nosso aluno Wesley faleceu dentro da sala de aula, vítima do descaso dos governos e de uma bala “achada” durante uma “ação” policial. 

Cada um de nós que já saiu com os alunos rastejando pelo chão da escola, em busca de um local menos vulnerável ao tiroteio sabe bem o que aconteceu. Cada um que já ficou cantando para acalmar os alunos e minimizar seu próprio pavor também sabe.
 
Talvez quem não saiba é quem deveria nos proteger: a polícia, os governantes.
 
Mas para eles tanto faz. Não importa se Wesley tinha uma vida inteira pela frente, como ficarão os pais, como ficarão os outros alunos, como ficarão os profissionais da escola. O importante são as metas, o desempenho. Crianças são só estatísticas, diretores de escola tem que ser gestores de empresa, profissionais de educação são fabricadores de índices.
 
Se os funcionários adoecem por conta das péssimas condições de trabalho, a solução é contratar a COMLURB. Afinal se eles adoecem é problema do INSS. Se a escola não funcionou, não é culpa da SME, afinal as UE’s tem autonomia. Se os alunos não aprendem a culpa é do professor que não planeja. Afinal existem alguns Centros de Estudos, que somados no final do ano letivo dão uma média de 6 minutos por dia. Alunos das escolas do amanhã tem aula com voluntários, oficineiros. Afinal quem mora em comunidade não merece um ensino de qualidade. Que triste concepção de educação.
 
Para nós a luta por uma educação pública de qualidade e a construção de uma sociedade mais justa é o mais importante. 

Não precisamos de cursos para nos ensinar como agir em situações de risco. Não precisamos do desvio de verbas para OS’s, Institutos e Fundações privadas. Precisamos de respeito. Exigimos ser ouvidos. 

Estamos cansados. Não admitiremos mais que nossos alunos morram por causa da negligência dos governantes.
 
Há anos o SEPE denuncia e cobra dos governos medidas para a solução dos problemas da violência nas escolas e creches, seja externa ou interna. Uma infinidade de documentos foi entregue à Prefeitura, ao Ministério Público e ao parlamento. Inúmeras vezes alertamos sobre os riscos que poderíamos sofrer. 

Neste dossiê apresentamos diversas proposta para minimizar estes problemas. Infelizmente nenhuma medida foi tomada.
 
Diante de tamanha calamidade o SEPE e toda a sociedade devem cobrar dos governos a responsabilidade por este falecimento.
 
Após a triste morte não basta que a secretaria lamente o ocorrido. A prefeitura não tem o direito de vir a público apenas lamentar fatos que são de sua responsabilidade. Sem anunciar nenhuma medida para minimizar o problema. 

Se a Prefeitura realmente se importa com a educação, que marque uma audiência pública com o Sindicato e a categoria, para garantir nossa pauta de reivindicação e ouvir nossas propostas.


 




Exigimos emergencialmente:
 
- Fim das operações policiais no horário escolar;
- Uma resolução para o não funcionamento das escolas em momentos de maior tensão neste locais de riscos, sem pressão da direção, CRE ou SME;
- Aluguel de prédios nas proximidades das escolas, com garantia de transporte, para  que possam funcionar nos momentos mais críticos de violência;
- Chamada imediata dos concursados para agente educador;
- Concurso público para equipe multidisciplinar (psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, orientadores educacionais) e agente de portaria;
 


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18/07/2010

Educação, escola, polícia e violência

Lúcio Alves de Barros.

São inadmissíveis “operações especiais” próximas às instituições escolares. Não é possível que ainda existam pessoas que pensam que escolas não são lugares onde se encontram pessoas (crianças, jovens e adultos) para estudar e, se possível, agregar conhecimento. É bem verdade que ela anda falhando nesta maravilhosa e doce função. Também já não agrega a boniteza da vida como dizia Paulo Freire, tampouco está cumprindo a função de controle social. Contudo, quando as escolas começam a receber tiros e seus membros começam a cair é sinal que a coisa está mais feia do que se pensa.
 
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O último episódio que recebeu um grande amparo da mídia foi o do belo garoto Wesley Guilber de Andrade, de apenas 11 anos de idade. Ele morreu atingido por um tiro dentro da sala de aula no Ciep Rubens Gomes na manhã de sexta-feira. O tiro saiu de um fuzil 762 utilizado pelo exército e hodiernamente pela polícia militar, notadamente aquela que hoje diz estar assentada na filosofia das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), mas que – na verdade – há muito se encontra em tempos de guerra. Para evitar muitas linhas vou direto ao assunto.
 
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Em primeiro, é forçoso salientar o absurdo do “acontecimento” que deve receber mais tintas da mídia conivente e sensacionalista. Talvez, neste caso, vale até à pena acompanhar os desdobramentos. O discurso que não cansamos de ouvir é que o lugar de criança é na escola. Qual escola? Esta na qual as crianças podem ser baleadas em plena manhã? Convenhamos, a situação é crítica e preocupante. Em entrevista ao Jornal O DIA, o ex-comandante do 9º BPM (Rocha Miranda), coronel Fernando Príncipe, afirmou que “O Ciep é irrelevante. Se não houver Ciep, haverá uma casa, uma fábrica. Mas o pior é não realizar operações”. Talvez ele tenha lá suas razões em comparar instituições tão diferentes em conteúdo, cor e função, afinal o coronel é treinado para isso e seguia ordens do governo. Todavia, suas palavras são fortes porque uma escola não é uma casa qualquer, tampouco uma fábrica que, por sinal, deveria estar lotada de trabalhadores. O espaço escolar - por pior que ele seja - ainda é divino, belo, local, libertador e, teimo a afirmar que é um “lugar” mais importante do que as igrejas, batalhões, hospitais, manicômios e bordeis. A despeito do discurso enviesado do estruturalismo francês, as escolas estão muito distantes das fábricas e iguala-las a outros lugares já é equivocado por princípio e definição. Até porque a bala “perdida”, por estar nesta condição pode atingir qualquer coisa e o problema parece mais do que óbvio: (a) não deveria estar perdida e (b) por precaução não deveria ser encontrada ou muito menos chamada.
 
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Em segundo, apesar de todo discurso da polícia comunitária, paz nos morros, cultura da paz, programas sociais, é notório que o governo assumiu de vez a perigosa metáfora da guerra. Explico melhor: a pedagogia policial é matar o “inimigo”, ir atrás dos alienígenas e dos suspeitos que devem estar cheios de drogas e armas. As informações veiculadas pela mídia não deixam dúvida: “A Delegacia de Homicídios recolheu 35 fuzis de PMs dos batalhões de Rocha Miranda, Barra da Tijuca, Bangu e Santa Cruz, que participaram da ação. As armas serão confrontadas com o projétil calibre 762 encontrado no corpo do menino, compatível com o tipo de fuzil usado por PMs. Policiais civis fizeram perícia ontem no Ciep para calcular de que ponto partiu o tiro”. Armados e treinados para o combate, os policiais soltos nos morros e vielas – na esteira da cultura da guerra – são incontroláveis e, por tarefa e treinamento, avançam no território em busca do alvo. Nas palavras do ex-comandante que não me deixa mentir: “Tínhamos como alvos a comunidade de Final Feliz e os morros da Pedreira, Lagartixa e Quitanda. O bandido é inconsequente, faz disparos em qualquer direção. Tivemos que trocar tiros. Não há outro jeito de se fazer operação. Ou é assim ou, então, não faz. A Inteligência diz que o bandido ele está lá dentro (da favela). Temos que ir lá. O que a polícia deve fazer? Não fazer nada é prevaricação”. Em outra passagem: “Um batalhão de guerra não pode ter dois blindados baixados (fora de condições de uso), 40 fuzis inservíveis. Começamos a entrar em território em que a PM não ia. Claro que, nesses locais iríamos encontrar delinquentes bem armados. Mas era preciso fazer. Na semana passada, delinquentes da região atacaram uma cabine da PM e mataram um taxista.”

 
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Como se vê, não é difícil verificar nas palavras da autoridade policial o discurso próprio da guerra: o “alvo”, a “troca de tiros”, os “blindados”, os “territórios” e os inimigos “bem armados”. Um leitor desatento pensaria que perto dessa escola poderia estar o Afeganistão ou mesmo o estado hobbesiano do Iraque. Como “guerra é guerra” (na guerra procura-se a aniquilação do inimigo), o uso da prevaricação como justificativa não é uma boa, até porque se o tiro não tivesse encontrado Wesley, certamente, o policial não estaria se referindo a tal procedimento. O fato é que a metáfora da guerra entrou no linguajar e no fazer policiamento. Nesta direção, perde a polícia, a escola e os alicerces da possibilidade de paz em regiões nas quais a droga anda solta e o Estado se faz presente ou na precária educação ou na polícia pronta para atirar.
 
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Um terceiro ponto não deixa de ser curioso e merecedor de maiores atenções. Uma das justificativas do ex-comandante ao anunciar a ação é que "a operação foi necessária. Empresários da Fazenda Botafogo já haviam falado comigo que não aguentavam mais. A ação começou às 8h20, havia 100 homens comandados por um major.” Não é preciso ser criança para não entender que a polícia estava, de uma forma ou de outra, atendendo também aos pedidos dos “Empresários da Fazenda Botafogo”. Apelos matutinos que resultaram na morte de Wesley Guilber de Andrade. Valeu à pena? O próprio ex-comandante afirma que não foi a primeira vez que os tiros acertaram o CIEP e que havia solicitado ao governo a blindagem da escola. De duas uma: (1) ou a polícia é ingênua e desconhece as condições das escolas e os reais interesses governamentais ou (2) não faz a mínima diferença se as operações são feitas próximas às escolas, fábricas ou casas.
 
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Por último, parecem louváveis as desculpas do governador Sérgio Cabral (PMDB) que teceu fortes críticas a ação policial. No entanto não é primeira vez que o governador pediu desculpas pela ação desastrosa da polícia. Pedir desculpas alivia, mas não resolve o problema. Se existe um responsável maior pela morte do belo garoto, este é o Estado feioso e leviano que trata melhor o fuzil do que as crianças. O governo atira com a polícia repressiva e, ao mesmo tempo, posa de instituição educativa com a polícia comunitária e de proximidade. Um paradoxo em tempos de democracia. Com a palavra, o próprio ex-comandante: "Nunca houve orientação do comandante-geral para que eu não fizesse este tipo de operação. Ao me exonerar, me disse que sua política privilegiava as UPPs. Eu então afirmei que ele havia me induzido ao erro, não havia sido firme em sua orientação. Ao contrário: ao me empossar no 9º BPM, ele fez um discurso na linha do combate. Afinal, trata-se de uma área onde há 100 favelas. O comandante-geral não foi injusto comigo pessoa física, foi com os comandantes de batalhão.” Como se vê, o tiro “perdido” atingiu outros alvos (humanos e simbólicos). Cabeças começaram a rolar e outras, certamente, vão se fortalecer. O discurso, longe da prática, deve continuar a fazer parte das letras das elites, dos empresários, das autoridades e daqueles que acham bom o combate em tiros próximos das escolas. Afinal, naquelas escolas não estão os filhos deles. Infelizmente, estamos longe, longe mesmo de uma polícia pedagógica e de uma escola respeitada em toda sua boniteza (para lembrar novamente o ensinamento de Paulo Freire), como instituição não somente de controle social, mas - por definição - mais importante e potente que um batalhão, uma fábrica ou uma casa.

FONTE: AQUI


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