02/05/2010

Tereza Porto:Sofismas e Falácias

Iniciando seu terceiro ano como secretária estadual de Educação, Tereza Porto comemora um grande feito de sua gestão: a sobra de vagas na rede estadual de ensino. O grande desafio enfrentado atualmente pela secretaria é reduzir a evasão escolar no ensino médio, que atualmente chega a 50%. Para tornar as escolas mais atrativas aos jovens, diversos projetos têm sido desenvolvidos pelo governo estadual. Além deles, Tereza em sua gestão o esforço na melhora da formação dos professores. 

Quais são os principais desafios enfrentados pela Secretaria estadual de Educação nesta gestão? 
O grande desafio é diminuir o abandono e a evasão no ensino médio. Hoje, cerca de 50% dos alunos que ingressam no primeiro ano do ensino médio não o concluem. Precisamos oferecer uma escola que interesse ao nosso jovem. Fizemos um investimento muito forte em infraestrutura, para oferecer a esses alunos uma escola digna, confortável. Hoje, todas as nossas escolas têm laboratório de informática com acesso a banda larga e sistema de som em todas as salas de aula. Estamos instalando ar-condicionado gradativamente em todas as nossas unidades, e reformamos um enorme número de prédios. O importante é fazer com que haja evolução no processo de aprendizagem. 

Como a Secretaria incentiva e acompanha a evolução dos projetos implementados para qualificar o conteúdo do ensino? 
Criamos um sistema de avaliação, o Paerj. Temos uma prova no meio do ano e uma no final. Hoje, esse sistema nos permite apoiar cada unidade escolar com um programa específico. Cada escola tem o seu programa de ação, com metas e indicadores próprios, de acordo com a sua realidade e seus desafios. Criamos um grupo com orientadores de gestão que acompanham até 10 escolas, para que essa evolução aconteça sempre. 

O currículo escolar sofreu alterações?
Fazemos uma discussão muito ampla para modernizar o currículo escolar do ensino médio e colocamos esse currículo à disposição na internet. Também introduzimos dois programas importantes que o MEC está propondo, de reforma do ensino médio: o Ensino Médio Inovador e o Ensino Médio Integrado. 

Em que eles consistem?
  No Ensino Médio Integrado, temos duas experiências em funcionamento, e uma que a gente começa a implantar agora, em parceria com a iniciativa privada. Ela tem sido muito bem sucedida. Propõe a formação técnica profissional aliada ao ensino médio. O aluno passa o dia inteiro na escola, e as disciplinas técnicas e as curriculares tradicionais são integradas. Temos o Nave, na Tijuca, que é uma escola de ensino técnico profissionalizante na área de desenvolvimento de software e multimídia. E temos o Nata, que é o Núcleo Avançado de Tecnologia de Alimentos, em São Gonçalo. Na proposta de ensino médio inovador, temos uma grade que é padrão de todas as escolas, mas temos cadeiras que são seletivas, divididas em quatro eixos: cidadania, saúde, ambiente e cultura. O nosso esforço é para ofertar um volume maior de horas nas escolas. 

Na rede municipal, temos visto casos de violência, como os da última semana. Na rede estadual existe o mesmo problema?
Não, nós não temos o mesmo histórico da rede municipal. Muito esporadicamente, é relatado caso de briga entre alunos. Agora, não existe registro de agressão contra professores. De qualquer forma, existe o trabalho permanente de prevenção à violência. Todas as nossas escolas e professores trabalham o conceito de cidadania, de respeito ao patrimônio e de respeito às pessoas. Mas isso é uma rotina, Acho que é uma das funções da educação. 

O governador Sérgio Cabral, durante a campanha, prometeu construir novas escolas. Isso vem ocorrendo?
  Nós fizemos um grande investimento. Compramos 17 novas escolas, estamos com duas escolas em construção e mais duas em processo de licitação para construção. Temos, também, o projeto de começar a construção de mais seis escolas ainda neste ano. Temos ampliado a nossa oferta de ensino médio nas unidades em que havia espaço físico para isso. O que a gente busca, e tem conseguido, é ter vagas garantidas a todos os alunos que nos procuram. Neste ano, inclusive, houve excesso de vagas. 

Quais são os investimentos do governo estadual nos professores da rede?
Existe um investimento muito grande em conteúdo digital. Criamos um portal para o nosso professor que se chama Conexão Professor. Selecionamos e cadastramos objetos de aprendizagem para auxiliar em diversas matérias. E a gente estimula também a troca de projetos, de informação e integração entre os professores. Além disso, todos os nossos professores regentes de turma ganharam um notebook com acesso à internet em banda larga. E isso facilita um outro trabalho nosso extremamente importante para a rede, que é a formação continuada do professor. Permanentemente, temos oferecido cursos de apoio, e a internet facilita esse trabalho. Para o professor que ingressa na rede, estamos criando a Casa do Educador, onde fazemos a formação inicial. Quando o docente é incorporado, antes de ir para a sala de aula, passa um período na casa do educador, sendo qualificado, para que ele entenda melhor a realidade da escola pública do Rio de Janeiro e os seus desafios. Também recebe todo o modelo, o currículo e a metodologia da nossa rede. E ele vai ser acompanhado pela equipe da casa do educador durante o seu estágio probatório, que é de três anos.

Uma reivindicação muito comum entre sindicatos de educadores é o reajuste salarial. O que tem sido feito para atender aos profissionais do estado?
Os profissionais de educação vinham, há muito tempo, sem receber reajuste. Desde que o governador Sérgio Cabral assumiu, tem dado aos professores, anualmente, um aumento. No primeiro ano de sua gestão (2007), ele deu 4%. Em 2008, deu 8%. Em 2009 houve a maior evolução de todas, com a incorporação do programa Nova Escola. Dependendo do nível do profissional, ele representa um aumento muito significativo, além da incorporação de uma gratificação que antes nenhum aposentado recebia. 



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