31/08/2011

A Greve do Sepe-RJ e a Luta dos Trabalhadores da Educação

Reagrupamento Revolucionário - [Leandro Torres] Lutar por uma educação pública, universal, gratuita e de qualidade! Abaixo a Burocracia Sindical, pela União da Classe Trabalhadora!
A luta dos educadores do estado do Rio de Janeiro
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O mês de junho foi tido como um marco para setores da esquerda do Rio de Janeiro, que incorretamente enxergaram na insubordinação de parte do Corpo de Bombeiros Militares do estado um ascenso de “trabalhadores”. Porém, os BMs não foram os únicos a se movimentar na cidade. Os professores e funcionários da rede estadual de educação, organizados através Sepe-RJ (Sindicado Estadual dos Profissionais da Educação), protagonizaram uma importante mobilização por melhores salários e direitos, marcada por uma combativa greve que durou 66 dias. As principais organizações da esquerda do Rio de Janeiro (PSTU e PSOL), entretanto, acabaram dando mais atenção à insubordinação dos bombeiros, repleta de demandas reacionárias, do que à luta dos educadores, da mesma forma como fez a mídia burguesa. [1]
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Tais educadores (o que inclui professores, animadores culturais, merendeira,s inspetores e porteiros), além de terem realizado uma greve e erguido um acampamento de 32 dias em frente à Secretaria Estadual de Educação, também engrossaram as fileiras de outras lutas, como a manifestação ocorrida em 30 de julho “Por uma Copa do Povo”, organizada contra as ações de repressão e despejo realizadas pelo governo contra os trabalhadores pobres do estado. Isso demonstrou a disposição da categoria em transformar sua luta em uma ampla campanha contra o governo estadual de Sérgio Cabral (PMDB) e seus aliados, como o prefeito do Rio, Eduardo Paes (também PMDB).
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Entretanto, a greve foi “suspensa” no dia 12 de agosto, após uma sessão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que discutiu as demandas dos educadores e aprovou algumas delas – mesmo que parcialmente. Em tal sessão, a proposta inicial dos lacaios de Cabral e dos patrões, de um aumento salarial de 3,5% para os professores, acabou sendo levemente elevada para 5%. Além do aumento salarial para professores (e animadores culturais, que foi de 14,6%), foram aprovadas algumas outras medidas importantes, como o descongelamento do Plano de Carreira dos funcionários e o abono dos dias paralisados.
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Para alguns, a conquista de 5% de aumento aos professores e descongelamento do Plano de Carreira dos funcionários pode soar como uma vitória plena dos trabalhadores, mas quando lembramos que a pauta de greve incluía reivindicações como aumento de 26% para os educadores e eleições diretas para os diretores escolares, vemos que o desfecho não foi tão positivo quanto a direção do Sepe faz parecer, intitulando o boletim publicado no último dia 18 de “Greve Histórica Derrota Cabral e Risolia [Secretário de Educação]”. No mesmo boletim de título demasiado otimista, a própria direção do Sepe reconhece:
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“É verdade que nossos salários ainda estão baixos, que o Plano de Metas ainda está vigorando e que não conquistamos a eleição direta para diretores, entre outras coisas.” (Boletim do Sepe, disponível em seperj.org.br)
A “suspensão” da greve após um acordo que só obteve algumas das reivindicações se explica em parte pela intransigência do Governo de Sérgio “Caveirão” Cabral em negociar um aumento e também pela sua atitude repressora, que conseguiu aprovar no Legislativo o corte do ponto daqueles educadores que não voltassem ao trabalho no retorno das férias escolares (medida que foi revertida na sessão da Alerj).
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Como afirma reportagem do Portal G1, “segundo o Sepe, a categoria vai se manter em estado de mobilização para acompanhar o cumprimento [das medidas aprovadas] da parte do governo”, que ainda precisa sancioná-las (Professores da rede estadual decidem suspender greve no RJ, de 12 de agosto). Porém, tal “ameaça” por parte da direção do Sepe, composta majoritariamente pelo PSTU e por setores do PSOL (APS/MTL/Enlace), [2] parece com a de um general que acaba de retirar suas tropas do campo de batalha. Sem dúvida alguma o Sepe deveria ficar atento ao cumprimento das medidas já aprovadas na Alerj (e ainda não sancionadas pelo governo estadual), mas isso deveria ter sido feito permanecendo na greve e no acampamento até que as conquistas se concretizassem, e também para lutar por aquelas ainda não obtidas.
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Com o acampamento desfeito e os educadores de volta às escolas e salas de aula pouco após o retorno das férias, Cabral conseguiu a normalização da situação e a categoria viu parte das demandas de sua aguerrida luta de mais de 2 meses não se concretizar. Certamente, se as conquistas obtidas na Alerj fossem mais avançadas, haveria uma grande chance de Cabral não sancioná-las, o que torna a atitude dos dirigentes do Sepe extremamente irresponsável e deseducadora, por apostar mais na legalidade burguesa do que na mobilização da classe trabalhadora. Nesse momento os dirigentes do Sepe podem apenas “torcer” para que as conquistas sejam aprovadas por Cabral e sua corja.
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Mas a pressão do governo dos patrões não foi o único fator envolvido. A burocracia sindical do Sepe certamente tem culpa no cartório. Acovardada pelas consequências (inclusive as eleitorais) de um corte no ponto dos educadores e incapaz de responder a essa ameaça a altura, optou por aceitar as negociações rebaixadas e voltar para casa com uma algumas conquistas para apresentar às suas bases.
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Esse medo de perder parte da influência que possui sobre a categoria fica ainda mais claro se levarmos em conta que a radicalização do movimento fez surgir atritos entre a burocracia sindical e setores da base, como ficou claro no já citado ato do dia 30 de julho. Nessa ocasião, o “Comando do Ato” (composto pelos dirigentes do Sepe, principalmente os do PSTU), contrariando o clima radicalizado e combativo dos manifestantes, optou por não ocupar a rua em frente à Marina da Glória. Para piorar, o PSTU e sua base se retiraram durante a ocupação da mesma por cerca de metade dos manifestantes presentes, dividindo e enfraquecendo a mobilização enquanto havia companheiros na luta. Assim como em relação à greve e a muitos outros momentos, também nessa manifestação o PSTU optou pela via de menor resistência.
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Não raro, o PSTU e o PSOL ainda tem a cara de pau de jogar parte da culpa nas costas dos trabalhadores e trabalhadoras, alegando que não foi possível ir mais além em determinada campanha devido ao “isolamento”, à “falta de apoio” e etc. Usam, assim, a desmobilização de parte da classe trabalhadora para trair suas lutas, quando na verdade o papel daqueles que se dizem revolucionários é justamente o de nadar contra a corrente e fazer o possível para avançar a consciência da classe, trazendo setores cada vez mais amplos do proletariado para uma postura combativa.
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No caso da greve, como em tantos outros, ao invés de tentarem fazer avançar ainda mais a mobilização dos educadores estaduais, ampliá-la através de alianças com outros setores e lutar até o fim por suas demandas mais avançadas, o PSTU e o PSOL optaram por recuar após conseguirem algumas migalhas que os patrões resolveram ceder de seu enorme banquete, obtido através do suor dos trabalhadores.
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Como os partidos que se encontram hoje a frente da classe trabalhadora não cumprem o papel de lutar pelas melhorias através de um projeto revolucionário, que tenha como cerne preparar os trabalhadores para derrubar do poder econômico, político e militar das mãos da burguesia, então estes partidos acabam inevitavelmente circunscritos a uma lógica reformista, que mantém o capitalismo intacto. No caso da greve dos educadores, ambos PSTU e PSOL não só se limitaram a uma postura reformista como também extremamente recuada, não deixando nada a desejar se comparados aos setores majoritários da CUT, que eles tanto condenam (corretamente) enquanto grandes inimigos dos trabalhadores. Para os revolucionários, uma greve deve ser uma “escola de guerra” na qual os trabalhadores devem aprender os mecanismos para expandir as lutas e melhor se organizar contra os patrões e o Estado, assim como perceberem os interesses comuns de toda a classe e sua necessidade de romper com o capitalismo.
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Após aprovação da “suspensão” da greve pela assembleia da categoria, realizada em seguida à sessão na Alerj, convocou-se nova reunião do movimento para o dia 27 de agosto. Como já dissemos, entretanto, com os educadores de volta às escolas e com o acampamento desfeito, essa reunião provavelmente servirá apenas para que a burocracia realize seu balanço positivo da greve e pese na balança os riscos de reiniciá-la, contra as demandas (parcialmente) conquistadas, tentando assim convencer a base de que o mais “sensato” seria terminá-la de vez e esperar o próximo ano para uma nova campanha salarial (na qual, sem dúvidas, outras demandas políticas figurariam apenas de forma secundária).
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Para aqueles que estão distantes, o fim da greve pode parecer uma perspectiva “realista”, tendo em vista a truculência de Cabral e de seus aliados. Mas estes não devem se deixar enganar: diversas entidades e grupos vinham prestando ativa solidariedade à greve dos educadores, dispondo-se não só a engrossar suas fileiras, como também a contribuir materialmente para a continuação do movimento, doando parte de suas finanças para o Fundo de Greve (destinado a pagar os professores que tivessem o ponto cortado por estarem em luta). Esse Fundo, aliás, poderia ter recebido uma considerável ajuda do voluptuoso caixa do Sepe, mas a direção majoritária do sindicato não tomou a menor iniciativa para organizá-lo.
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Além disso, tem sido deflagradas em todo o Estado diversas outras greves e mobilizações ligadas ao setor da educação. Assim, na assembleia do dia 27 de agosto, todos os professores e funcionários combativos devem lutar pela continuação da greve, até que todas as suas reivindicações sejam atendidas. Passar por cima da burocracia sindical e levar a greve até o fim! Pela derrota de Cabral e de seus aliados!
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A luta pela educação cresce em todo país...
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Indo na contramão da atitude da burocracia sindical do Sepe, poucos dias após a saída de campo dos educadores do Rio de Janeiro, os servidores e professores dos Colégios Pedro II declararam greve, realizando logo após uma manifestação no centro da cidade com cerca de 1500 trabalhadores e estudantes. O mesmo fizeram aqueles ligados ao Instituto Federal e ao Instituto de Educação de Surdos. E seguem por caminho parecido os docentes de diversas universidades, que organizaram uma paralisação nacional no dia 24 de agosto. Tais mobilizações se inserem em um conjunto ainda maior, a “Jornada Nacional de Lutas”, que aglomera importantes setores do funcionalismo público, entidades como o MST, dentre outros, em torno de uma campanha por melhorias sociais e trabalhistas.
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Fora esses setores, também os educadores ligados à rede municipal do Rio de Janeiro estão mobilizados, preparando-se para um ato-paralisação junto a diversos outros trabalhadores ligados ao funcionalismo público do município, contra medidas do governo que visam atacar sua previdência. Já os educadores da rede municipal de Niterói, cidade vizinha ao Rio, estão em greve desde o início de agosto! O irônico é que ambos setores se organizam através Sepe-RJ, porém o PSTU e o PSOL nada fizeram para unificar tais mobilizações, o que as tornaria muito mais poderosas. Pelo contrário, enfraqueceram-nas ao buscarem acabar nesse momento com a greve da rede estadual.
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...mas é preciso ir além!
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Nesse contexto de lutas do setor da educação, onde pautas como aumentos e reposições salarias, melhorias e descongelamento de Planos de Carreira, além da abertura de novos concursos, são quase onipresentes, o movimento dos educadores estaduais teria muito a oferecer enquanto um importante exemplo de combatividade a ser seguido por seus mais variados companheiros. Se unificadas, essa série de mobilizações seriam capazes de uma verdadeira “vitória histórica”, ao expandir e interligar a luta dos trabalhadores, mostrando seus interesses comuns contra o Estado capitalista e os patrões. Mas, ao retirar a categoria da luta, a direção do Sepe presta um verdadeiro desserviço à integração das mobilizações por melhores condições de trabalho e por uma educação pública, universal, gratuita e de qualidade. Portanto, cabe aos educadores não só passarem por cima dos burocratas de sua direção e lutarem pela continuação da greve, mas também pela aliança com os demais setores em luta.
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É fundamental que os trabalhadores deixem as (péssimas) tradições corporativistas herdadas de anos de marasmo, que consistem em pensar apenas nos interesses específicos de sua própria categoria, e lutem pela unificação das suas campanhas. É verdade que as esferas de negociação são diferentes (Municipal, Estadual e Federal; Ensino Fundamental, Médio e Universitário; etc.), mas os trabalhadores não podem se deixar dividir por tal modelo fragmentador imposto pelo Estado dos patrões. Se queremos mudanças amplas e profundas na sociedade em que vivemos,  então temos que ter como perspectiva a unificação das diversas lutas. Uma só classe, uma só luta!
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Mas quando falamos de unificar as diversas mobilizações em andamento, não nos restringimos à perspectiva de um ato nacional unificado, como é o caso da “Jornada Nacional de Lutas” comentada – o que sem dúvida possui peso e importância, mas não é suficiente. Ainda mais quando a principal demanda da “Jornada”, no que diz respeito à educação, se limita a exigir que o governo aumente para 10% do PIB a verba do setor. Ou seja, não só não apresenta um programa próprio com medidas práticas para a educação, como não questiona a ordem vigente, buscando apenas arrancar mais verbas do governo Dilma. “Exigir” mudanças por parte de Dilma e do PT, aliás, tem sido o carro-chefe de praticamente todas as campanhas do PSTU, que prefere mobilizar não para fortalecer e educar a classe sobre os limites do capitalismo, mas para “cobrar” melhorias do governo dos patrões.
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Por um comitê unificado de trabalhadores da educação!
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Na perspectiva de unificação das lutas, seria um grande avanço se @s profissionais da educação se unificassem em um Comitê de Luta dos Trabalhadores da Educação. Tal comitê deveria incluir não só os sindicatos de professores e funcionários em greve, mas também entidades estudantis. Esse tipo de iniciativa fortaleceria enormemente a luta dos grevistas e, com a adesão dos estudantes, daria fim ao discurso demagógico da mídia burguesa de que “greve na educação prejudica a juventude”, como se os educadores não estivessem lutando justamente por melhoras na educação dada aos jovens. Isso é algo importante, porque tal discurso ajuda a isolar as campanhas dos educadores em relação ao resto da classe.
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Além desses setores, também seria fundamental buscar organizar os profissionais dos estabelecimentos privados de ensino, muitas vezes submetidos a condições mais precárias e com direitos muito mais restritos. É o caso, por exemplo, dos funcionários e funcionárias terceirizad@s que cuidam da faxina e de outros serviços, não só nas escolas privadas, como em praticamente todas as universidades, públicas ou não. Tais funcionári@s são em sua maioria mulheres negras, com salários de fome e sem nenhum direito trabalhista. Esse tipo de profissional, super-explorado pelo capitalismo, teria muito a ganhar em uma luta conjunta, que traria menos riscos de demissões e retaliações, já que contaria com o suporte de outras categorias e setores efetivos e com direitos sindicais.
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Fora que um comitê assim teria grande força para conquistar demandas históricas ligadas à educação, como o passe livre e ilimitado para estudantes de todos os níveis; alojamentos, creches e bandejões gratuitos para estudantes, professores e funcionários (principalmente @s terceirizad@s) nivelamento nas três esferas (Municipal, Estadual e Federal) dos salários de acordo com os mais altos; etc. Mais importante ainda, uma luta desse tipo seria capaz de arrastar atrás de si outras categorias, inflamadas pelo exemplo combativo. Mas essas demandas avançadas, que representam um forte ataque aos lucros dos patrões, só podem ser conquistadas com união e combatividade. Elas apontam para as enormes possibilidades de melhorias sociais que podemos alcançar caso os trabalhadores estejam no poder, utilizando de forma planejada e democrática a enorme riqueza que produzem.
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Porém, algo dessa magnitude só será possível quando, primeiro, os profissionais da educação romperem com o recuo e as capitulações de suas direções ante os ataques do Governo, como estão fazendo atualmente o PSTU e o PSOL à frente do Sepe. Segundo, superarem a lógica corporativista e atuarem enquanto uma só classe, unificada contra os patrões e contra o capitalismo. E terceiro, quando os estudantes passarem por cima da mentalidade de atuarem sozinhos e se aliarem à classe trabalhadora, como é o caso do exemplo que têm dado os estudantes chilenos, ainda que de maneira limitada. Romper com a burocracia sindical e o corporativismo, avançar rumo a uma luta unificada pela educação pública, universal, gratuita e de qualidade!

Notas
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[1] Nossas análises sobre esse processo foram recentemente publicadas no artigo O Vermelho Deles e o Nosso (13 de agosto, blog do RR).
[2] Nas últimas eleições, realizadas em maio de 2009, a Chapa 1 (Enlace e MTL) obteve 18 diretores, enquanto a Chapa 4 (PSTU, APS, PCB e Coletivo Paulo Romão, um racha do Enlace) obteve 16, de um total de 48 cargos para a Diretoria Central. As demais chapas (2 e 3 – encabeçadas pela corrente Democracia Socialista do PT e pelo PCdoB, respectivamente) obtiveram juntas 14 cargos. Cerca de dois terços da Chapa 4 foram compostos por membros do PSTU. Confira o resultado das eleições, no site do Sepe e a composição das chapas, no site do PSTU. Em abril desse ano, o Coletivo Paulo Romão deixou o PSOL junto com outro grupo, o Alternativa Socialista (centrado no Rio Grande do Sul). Os dois formaram uma nova organização, denominada Construção Socialista (CS).
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Publicado originalmente em 25 de agosto de 2011. Pequenos acréscimos e correções foram realizados posteriormente no dia 29 do mesmo mês e ano.

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Como as coisas funcionam...


Alerj deverá derrubar vetos de Cabral

A direção do Sepe teve informações na Alerj de que os vetos do governador Sergio Cabral ao PL nº 677 serão derrubados pelos deputados. Cabral vetou o abono dos dias parados na greve, o enquadramento por formação dos funcionários e a carga horária do professor distribuída em 2/3 em sala de aula e 1/3 de planejamento. O Sepe espera que o veto seja debatido a partir da semana que vem. Importante: a lei já está valendo, com a exceção dos vetos.

Cabral sanciona 5% e antecipação do Nova Escola, mas veta abono, 1/3 de planejamento e enquadramento por formação de funcionários

O governador Sergio Cabral sancionou boa parte do Projeto de Lei 677 aprovado dia 11 de agosto pelos deputados estaduais em negociação com o Sepe. O PL agora passa a ser a Lei nº 6.026. Cabral aprovou o reajuste de 5% para os professores (setembro como mês de referência); a antecipação de parcelas da gratificação “Nova Escola” (julho de 2012 para julho de 2011; julho de 2013 para julho de 2012; e julho de 2014 e 2015 para julho de 2013); o reajuste de 14,6% para o animador cultural; e o descongelamento da quase totalidade do Plano de Carreira dos funcionários (lei nº 1.348).

No entanto, ele vetou os parágrafos 1º e 2º do Artigo 1º, que trata do abono dos dias parados. Vetou também os parágrafos 1º e 2º do Artigo 3º - o primeiro parágrafo garante na carga horária do professor 2/3 em sala de aula e 1/3 de planejamento; e o segundo parágrafo garante o enquadramento por formação para o funcionário administrativo, como rege a Lei 1.348 (Plano de Carreira do funcionário da Educação).

O Sepe protesta veementemente contra os vetos do governador, tendo em vista que as emendas reprovadas foram acordadas com o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo, com o líder do governo naquela casa, deputado André Correa, e com os próprios secretários de Educação e o de Planejamento, Wilson Risolia e Sergio Ruy, respectivamente.

O Sepe continuará o trabalho de convencimento dos deputados da importância da educação pública de qualidade e para que estes vetos do governador Cabral sejam derrubados pela Alerj – a lei, agora, volta para a Alerj para que os vetos sejam debatidos pelos parlamentares. Afinal, não faz sentido, a nosso ver, que um projeto de lei tão duramente negociado entre os deputados, secretários e o sindicato sofra cortes exatamente nas emendas onde houve acordo entre estas partes.

Em relação à questão jurídica, informamos que a liminar do Sepe que impede o desconto ainda não teve seu mérito discutido pelo Tribunal, o que poderá ocorrer a qualquer momento.  Por fim, lembramos que a rede se encontra em "estado de greve", aguardando a total sanção do projeto aprovado em 11 de agosto pela Alerj;

28/08/2011

Nota de Esclarecimento dos estudantes da UFSC

imagemCrédito: Ocupação




Florianópolis
Depois de um processo de mobilizações que culminaram no Ato "Prata receba meu recibo", ocorrido dia 17/08, iniciou-se uma vigília no hall da reitoria. Essa vigília teve como objetivo fazer com que o Reitor Álvaro Prata se manifestasse publicamente a respeito dos problemas que se tornaram evidentes desde o final do semestre passado, com a falta do R.U., e da B.U., demonstrando a precarização da estrutura universitária.
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No processo de negociação estabelecido durante a vigília obtivemos algumas conquistas, como o posicionamento do reitor contra a redução de vagas na UFSC. Porém o corte de vagas também ocorre de forma indireta, através da falta de políticas de permanência, fazendo com que muitos estudantes abandonem seus cursos.

Por isso exigimos que se faça, ao menos, um reajuste da bolsa permanência com base na inflação ocorrida entre 2008 e 2010, que eleva a
bolsa à R$470,00, democratizando assim o acesso e a permanência ao ensino superior.

O aumento proposto pelo reitor sequer atende este reajuste inflacionário. Sua proposta, de R$420,00, não somente é insuficiente, mas também é falaciosa, pois se baseia na redução do número de bolsas.
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Durante toda sua gestão o Prof. Prata não concedeu nenhum reajuste da bolsa permanência e o aumento do número dessas não acompanhou o processo de expansão de vagas ocorrido na universidade durante o mesmo período.
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Como o reitor se nega a atender este pedido os estudantes em assembléia, no dia 25/08, votaram por ocupar a reitoria. É preciso deixar claro: não estamos tomando nenhuma atitude precipitada ou autoritária como afirmou o Prof. Prata, em nota publicada à comunidade.
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O instrumento da ocupação só foi utilizado diante da constante negativa do reitor em atender a reivindicação de ajuste da bolsa permanência e as demais pautas. Esta é uma decisão interna da universidade (orçamentária) e só depende das prioridades da reitoria. Em nenhum momento nos negamos a ouvir o reitor e mesmo em ocupação reiteramos que estamos abertos ao diálogo e as negociações.
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Somente nos manifestando e a pressionando a reitoria de forma enfática é que teremos nossas reivindicações atendidas.
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A ocupação é um instrumento legítimo utilizado pelo movimento estudantil para conquistar suas pautas de luta. Esperamos que toda a sociedade compreenda que esta não é uma luta só dos estudantes mas de todos aqueles que defendem o ensino público, gratuito, de qualidade e de amplo acesso.
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Não é a ocupação da reitoria que prejudica os estudantes, como afirmou o Reitor, mas sim a falta de estrutura e sua irresponsabilidade administrativa e política que precarizam o ensino. Não estamos exigindo nem menos, nem mais, apenas o que nos é de direito.
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Convidamos todos a construir essa luta conosco!
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Assista o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=i0La7cF42jI


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Ocupação da Reitoria da UEM

Crédito: UJC PR


Moção de apoio - UJC
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Desde o inicio do ano a Universidade Estadual de Maringá enfrenta sérias necessidades devidas a cortes no orçamento na ordem de 38%, oriundas do governo neoliberal de Beto Richa, para ajudar na situação, a instituição sofreu também efeitos do corte do orçamento federal de 50 bilhões de reais anunciado no inicio do ano.

Diante de tais medidas, o diretório central dos estudantes, gestão movimente-se (composta por vários membros da União da Juventude Comunista), criou uma pauta de lutas para coibir o possível sucateamento da Universidade, a primeira dessas pautas referente às péssimas condições de trabalho no Restaurante Universitário. As filas só aumentam, enquanto a contratação de funcionários não ocorre para acompanhar o aumento da demanda. Só neste ano foram criados 14 cursos, sem que houvesse investimento em infraestrutura para comportar os estudantes ingressos nesses cursos.

Outro grave problema da Universidade, são os campus de extensão, eles são deixados de lado pela reitoria em detrimento do campus sede, separando os estudantes que poderiam ser mais unidos. Se o R.U da sede já possui condições precárias o que dizer das extensões onde nem R.U existe.

Nossa Universidade sofre também da falta de assistência estudantil para os estudantes com mais necessidade. Não contamos nem com moradia estudantil, muito menos com bolsas que permitam a permanência desses estudantes no curso. As poucas bolas que existem servem para compensar a falta de funcionários, fazendo com que ele perca horas fundamentais de seus dias em atividades que pouco educam. Fora isso há as bolsas do R.U na qual o estudante trabalha para receber alimentação (um regime que lembra muito o análogo à escravidão).

Os cortes no orçamento trabalharam para piorar ainda mais as condições dos estudantes da UEM, faltam professores, funcionários, estrutura, livros, materiais, para ajudar as poucas ações da reitoria visando debelar os efeitos dos cortes orçamentários contribuem para aumentar os embates entre professores de graduação e pós graduação.

Diante de tantas pautas de reinvindicações, nós estudantes organizamos em março um “pula catraca” em apoio aos funcionários do restaurante. A reitoria tomou medidas diversas daquelas exigidas por nós com o ato, não instituiu uma opção vegetariana ao cardápio, tampouco os funcionários que precisava para diminuir as imensas filas que se formam todos os dias. A última da reitoria foi um ataque direto à forma de financiamento do movimento estudantil, tentando acabar com a renda de centros acadêmicos e do DCE.

Diante disso, organizamos um ato no dia 11 de agosto, na frente da reitoria, no qual entregamos uma carta ao reitor, dando um prazo de 15 dias para atender nossos pedidos. Com o fim do prazo, os estudantes do campus sede mais as extensões organizaram um ato que contou com mais de 600 estudantes, e seguimos para frente da reitoria, uma vez lá o reitor entregou respostas que pouco solucionava nossas necessidades (colocou a opção vegetariana para apenas dois dias por semana). Após isso, realizamos uma assembleia geral dos estudantes na qual decidimos por ocupar a reitoria.

Procuramos com estar carta expor nossas necessidades assim como apoio político de vocês para continuarmos na nossa luta, e na nossa ocupação, já que paira sobre nós a possibilidade de uma reintegração de posse pela reitoria, na qual muito provavelmente será usada força excessiva da tropa de elite da polícia militar.


imagemCrédito: UJC PR


OCUPAÇÃO DA REITORIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
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A UJC de Maringá-PR é integrante da chapa MOVIMENTE-SE UEM que ganhou em 2010 o DCE. A chapa é composta por 7 militantes da UJC; por um grupo da ANEL; pelo COLETIVO DESCENTRALIZE; por militantes do PSOL (BARRICADAS) e independentes. Retirou do DCE o grupo BONDE DO AMOR, ditos apolíticos, mas dirigido pela UJS/PCdoB que durante duas gestões desestimulou o movimento estudantil na Universidade e aceitou passivamente as políticas privatizantes da reitoria e do Governo do Estado do Paraná.
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Em menos de uma gestão a UJC/Maringá articulou por meio do DCE importantes avanços para o Movimento Estudantil: estimularam a discussão sobre o SENUP e principalmente foi liderança na ocupação da Reitoria neste dia 25 de agosto. A imprensa burguesa maringaense reduziu os motivos da ocupação a uma pauta vinculada a questão do restaurante Universitário (RU) todavia, a UJC-Maringá esclarece e mostra que a luta é contra a administração neoliberal que o Governo do Estado do Paraná faz. Isso inclui o Ensino Superior. Um chamado à luta contra o corte de verbas para a educação!
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A UJC-Maringá denuncia que o governo Dilma iniciou seu mandato cortando 3,1 bilhão da educação. No estado do Paraná não foi diferente, Pessuti, então governador no final do ano passado anunciou um corte de 38% das verbas para as universidades públicas. Beto Richa assumiu e além de manter o corte realizado pelo seu antecessor, ainda cortou 15% de todas as secretarias (inclusive das Secretarias de Educação e Ciência e Tecnologia).
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A UJC-Maringá mostra que esses cortes repercutem no cotidiano dos estudantes por diversos âmbitos: “Nossos problemas vão desde o livro que não temos em nossa biblioteca até falta de professores e funcionários. Os alunos dos novos cursos criados sofrem com a falta de professores e dos materiais necessários para sua aprendizagem.” Afirma Celso Monteiro, militante da UJC e dirigente do DCE-UEM.
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Segundo o militante: “O RU não recebe nenhuma aquisição desde 2005. Mesmo com os 14 novos cursos criados, nenhuma melhoria foi concretizada. No primeiro semestre de 2011, os funcionários do RU tiveram parte de suas horas extras cortadas. Por isso, os trabalhadores do RU receberam o solidário apoio dos Estudantes e do DCE.” Sobretudo porque a reitoria cortou mais as horas extras, sob o risco dos técnicos perderem os 5 dias de abonos anuais e os 15 dias de férias remuneradas que possuem.  Conquistas tais, obtidas com muita luta da categoria. A justificativa da reitoria foi que o corte se fez necessário, pois haveria uma auditoria na UEM relacionada, entre outras coisas, à questão do excesso de horas extras. O militante da UJC Leandro Modolo, também integrante do DCE argumenta que há excesso de horas extras, obviamente, pelo fato de haver falta de funcionários para o desenvolvimento dos trabalhos na universidade. Segundo Leandro, se há ainda alguma qualidade, ela existe pelo empenho sobre-humano dos trabalhadores. O militante da UJC-Maringá informa a reitoria atinge também os docentes na tentativa de aumentar a carga horária para 44h semanais, ao invés de contratar novos e a proposta já está no CAD.
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João Vicente, também militante da UJC e integrante do DCE, expõe outro item na pauta de reivindicações. Conforme o militante no dia 11 desse mês, o DCE, juntos com os centros acadêmicos, realizaram um ato em frente à reitoria exigindo reivindicações básicas a respeito do RU ao Reitor.  Com uma postura intransigente, Julio Santiago não se mostrou muito disposto a atender as reivindicações. Dessa forma, um prazo de 15 dias foi dado para que a reitoria providenciasse as melhorias. O prazo vence dia 25 e um novo ato foi realizado para ouvir o reitor e tirar novos encaminhamentos do movimento. O militante da UJC João Vicente afirma que o problema do RU é o mesmo da falta de professores, da sobrecarga de trabalho e das ameaças às conquistas e direitos de funcionários e professores: FALTA DE VERBA.
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A UJC-Maringá explica a imprensa burguesa maringaense simplificou a ocupação e tentou ridiculariza-la ao noticiar que seria apenas um problema de cardápio, portanto os militantes veem a público pautar suas reivindicações. Eles lutam por:
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1 Contra o corte de verbas para a educação;
2 Por melhorias no Restaurante Universitário, com cardápio vegetariano;
3 Pela imediata contratação de 4 funcionários ao RU e pela realização de concurso público para funcionários e professores;
4 Contra o corte de horas extras;
5 Contra o corte dos 15 dias de férias dos funcionários e contra o corte dos abonos.

26/08/2011

Manifesto: Rumo ao 1° Seminário Nacional de Universidade Popular (SENUP)!

1° Seminário Nacional de Universidade Popular (SENUP)

A iniciativa de construção do 1° Seminário Nacional de Universidade Popular (SENUP), que ocorrerá nos dias, 2, 3 e 4 de Setembro na cidade de Porto Alegre – RS, é um passo importante na luta por uma Universidade que sirva ao povo brasileiro.
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Compreendemos ser fundamental debater os rumos da universidade brasileira hoje. O avanço da mercantilização da educação expõe um projeto dominante no país: a ânsia pelo lucro ganha força em detrimento dos direitos fundamentais do povo brasileiro, conquistados com a luta de tantas gerações. A necessidade de privatização, decorrente da precarização destes serviços essenciais, não se dá por acaso, ou por simples “incapacidade” do Estado Brasileiro em gerenciá-los, mas por um direcionamento político muito claro, vindo de fora para dentro. O eixo estruturante da transformação da educação em mais uma mercadoria, apta a ser comprada e vendida, tem como cerne a necessidade de maximizar os lucros, decorrente da ampla crise societária que em vivemos, que ora se manifesta na economia mundial.

Esse direcionamento tem manifestações muito claras: reestruturação político-pedagógica dos currículos dos cursos de graduação, subordinando as iniciativas da universidade às necessidades do mercado, em detrimento das demandas sociais, além da fragmentação do conhecimento; entrega da estrutura física e de recursos humanos públicos para a produção de ciência e tecnologia de acordo com as necessidades da iniciativa privada, o que compromete a autonomia didático-científica das universidades; uso do dinheiro público para salvar empreendimentos universitário privados; diminuição dos recursos públicos relativos a quantidade de vagas abertas nas universidades públicas, que aumenta a precarização e intensificação do trabalho, diminui a qualidade de ensino, inviabiliza a manutenção do tripé ensino-pesquisa-extensão voltado aos interesses populares e incentiva as instituições a buscar outras fontes de financiamento paralelas ao Estado; parcos mecanismos democráticos que permitam à comunidade universitária interferir nos rumos tomados pelas instituições; etc.

A formalização deste conjunto de medidas tem aparecido em decretos, medidas provisórias, leis, todos aprovados paulatinamente, de modo a ofuscar o projeto estruturante.

Mas sendo o projeto hegemônico atual – o qual não concordamos – um projetoglobal, compreendemos a necessidade de contrapor a seu avanço um projeto igualmente global, mas identificado com as necessidades das amplas maiorias. Temos claro que a universidade brasileira está em disputa, e essa disputa passa pela elaboração de uma estratégia. Não podemos mais ficar somente na defensiva. Embora toda resistência seja fundamental, ela permanece sempre presa àquilo que é negado. É fundamental reestabelecer uma ofensiva no movimento universitário e popular. Identificamos debilidades na ausência de formulação estratégica por parte de nosso campo de forças, o que faz com que muitas vezes sejamos absorvidos por disputas pequenas e que nem sempre acumulam para um horizonte de transformação. Consideramos fundamental a construção deste Seminário, para que aponte princípios gerais de outro projeto de Universidade, a partir do qual possamos empreender lutas reais dentro dos diversos campos específicos que são abertos por entre as contradições da ordem existente. Em outras palavras, para reorganizar um movimento de luta, de massas, de caráter nacional, como outrora, necessitamos a elaboração de um programa mínimo e de elementos de programa máximo, que nos permita disputar a hegemonia da universidade brasileira.

Para a reorganização de baixo para cima do movimento universitário, desde a base, é preciso fazer com que toda e qualquer luta legítima (contra a privatização, a precarização, pela democratização, pela autonomia das instituições educacionais e das entidades sindicais e estudantis, manutenção e ampliação dos direitos estudantis, etc) acumule para a estratégia global de Universidade. Mesmo sendo um primeiro passo, o 1° SENUP traz elementos de que isso é possível, já que é a isso que ele se propõe. Rumo ao 1° Seminário Nacional de Universidade Popular!
 
OBS: para assinar o Manifesto envie um email para  senup2011@gmail.com
  Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
FEAB - Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil
ENESSO – Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social
ABEF – Associação Brasileira dos Estudantes de Filosofia
ExNEL – Executiva Nacional dos Estudantes de Letras
GTUP – Grupo de Trabalho Universidade Popular
MUP – Movimento por uma Universidade Popular
Levante Popular da Juventude
Juventude LibRe – Liberdade e Revolução
JCA – Juventude Comunista Avançando
UJC – União da Juventude Comunista
CCLCP – Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes
MAS - Movimento Avançando Sindical
Núcleo de Direito à Cidade – USP PCB - Partido Comunista Brasileiro
UC - Unidade Classista
CAASO - Centro Acadêmico Autônomo de Sociologia da PUCPR

Fonte: senup2011.blogspot.com

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25/08/2011

Manifestação exige redução da jornada, recursos para educação e Reforma Agrária



Da Página do MST

Após mobilizações da Via Campesina, a Esplanada dos Ministérios foi mais uma vez ocupada na manhã desta quarta-feira (24/8). Dezenas de organizações urbanas da classe trabalhadora se juntou aos movimentos do campo e levaram cerca de 20.000 pessoas à Brasília para entregar ao governo federal uma pauta.
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O governo federal, por meio do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, recebeu uma comitiva da jornada e afirmou que se esforçará para incluir as organizações nos fóruns que já estão debatendo esses temas.
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Os 4.000 camponeses da Via Campesina, acampados desde segunda-feira no estacionamento do ginásio Nilson Nelson, participaram da marcha, que percorreu toda a Esplanada dos Ministérios.
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Os principais pontos da plataforma política são a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no orçamento federal para educação pública e gratuita e a mudança de modelo agrícola, com a proibição da utilização de agrotóxicos e a realização da Reforma Agrária.
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“Essa unidade é uma importante demonstração de força do conjunto da classe trabalhadora brasileira vem às ruas contra esse modelo econômico que privilegia os bancos e o agronegócio”, disse João Paulo Rodrigues, integrante da coordenação nacional do MST e da Via Campesina.
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Conheça as bandeiras unitárias da classe trabalhadora
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O presidente da Câmara dos Deputados Marco Maia recebeu representantes dos movimentos sociais, que apresentaram a pauta de reivindicações.
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José Batista, do MST, enfatizou que "os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros necessitam do apoio da presidência da Câmara para que os projetos em prol da classe trabalhadora sejam votados o mais rápido possível".
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Batista pediu o apoio do presidente para as questões da Reforma Agrária que encontra em uma "situação crítica", sem orçamento para as desapropriações e investimentos em infraestrutura para os assentados.
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Marco Maia se comprometeu em dar atenção especial às questões de Reforma Agrária e da Educação do Campo, com mudanças no Plano Nacional de Educação.
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Nos últimos oito anos foram fechadas mais de 24 mil escolas no meio rural, segundo dados do Censo Escolar do INEP/MEC (2002 a 2009), e da Pesquisa de Avaliação da Qualidade dos Assentamentos da Reforma Agrária INCRA (2010).

“Isso nos remete a olhar com profundidade o que está em jogo, relacionado às disputas de projetos de campo. Os governos têm demonstrado cada vez mais a clara opção pela agricultura de negócio – o agronegócio – que tem em sua lógica de funcionamento pensar num campo sem gente e, por conseguinte, um campo sem cultura e sem escola”, afirma Erivan Hilário, do Setor de Educação do MST.
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http://www.mst.org.br/node/12357


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24/08/2011

MAURO IASI É CANDIDATO A PRESIDENTE NA CHAPA ÚNICA NA ELEIÇÃO PARA A ADUFRJ

Foi registrada na semana passada uma chapa única para a eleição da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ADUFRJ), a realizar-se no mês de setembro. A chapa intitula-se “ADUFRJ EM MOVIMENTO”.
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Houve uma tentativa de registro de uma segunda chapa, de forças políticas governistas ligadas a uma entidade paralela ao ANDES chamada PRO-IFES, que não se viabilizou por falta de apoio nas bases e de candidatos à altura.
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Mauro Iasi é o candidato a Presidente numa chapa expressiva da unidade de correntes e professores independentes em oposição ao modelo de Universidade Pública em vigor, que conta ainda com os professores Luis Acosta, Maria de Fátima Siliansky de Andreazzi, Salatiel Menezes dos Santos, Luciana Boiteux de Figuiredo Rodrigues, José Henrique Sanglard e Maria Coelho Araripe da Paula Gomes. A seguir, veja o programa da chapa:
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Programa da chapa
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ADUFRJ EM MOVIMENTO

(Biênio 2011-2013)
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A Chapa Adufrj em Movimento (biênio 2011-2013) reivindica os valores, princípios e práticas construídos pelo movimento docente na UFRJ, desde a fundação da então Associação de Docentes da UFRJ em 1979: a defesa da universidade pública e gratuita, autônoma, crítica e comprometida com os problemas dos povos e com processos formativos que assegurem a todos a alta cultura nos diversos campos do saber; a dignidade do trabalho docente, por meio de uma carreira que valorize o fazer docente no ensino, na pesquisa e na extensão; a paridade entre os ativos e os aposentados; a isonomia entre as carreiras da educação superior e da educação básica e a autonomia do sindicato frente ao Estado, ao governo, aos partidos e às administrações, condição essencial para a democracia no movimento docente.
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Compreendemos que tais valores são cruciais diante dos desafios imediatos que os professores terão de enfrentar no próximo biênio, a saber:
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a) da expansão das vagas possa ocorrer em termos propriamente universitários, em instituições com adequada infraestrutura e pessoal docente e técnicos e administrativos, o que é cada vez mais importante, em virtude do REUNI, sem hiperintensificação do trabalho e sem aligeiramento da formação dos estudantes;
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b) da carreira única do Andes-SN que, após longo debate, contempla os melhores anseios dos professores e, se aprovada, impedirá que a nova carreira elaborada pelo governo e por sua assessoria sindical seja um estratagema para quebrar a paridade entre os ativos e os aposentados e, para intensificar, ainda mais, o já insuportável ritmo de trabalho dos docentes;
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c) do congelamento dos salários, tal como previsto nos projetos orçamentários para 2012;
d) dos direitos previdenciários e a paridade entre ativos e aposentados. Organizar o conjunto da categoria e, especialmente, ampliar o debate sobre a previdência com os novos docentes, os principais atingidos pela derrota advinda da homologação da Emenda Constitucional nº 41 /03 que acabou com o direito à integralidade das aposentadorias para os servidores que ingressassem no serviço público a partir do primeiro de janeiro de 2004. Em 2011 e 2012 o governo tentará aprovar o Projeto de Lei nº1.992/07, com o objetivo de estabelecer um teto para o regime público e acima dela instituir a previdência privada para os servidores públicos federais, por meio da FUNPRESP (Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais).
e) do Projeto de Lei 1749/2011, que autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. que, concretamente ferirá a autonomia universitária, converterá os hospitais universitários em empresas por ações com fins de lucro, privatizando-os e deturpando a sua função de espaço de formação dos profissionais de saúde;
f) da defesa do Sistema Único de Saúde público e estatal, e da realização de concurso público para repor as prementes necessidades de pessoal no setor da saúde e especialmente nas universidades;
g) da crescente regulação governamental do trabalho de pesquisa e da pós-graduação, por meio do uso de critérios de avaliação incompatíveis com a natureza dos trabalhos acadêmicos e universitários, centrados em indicadores de produtividade que esvaziam o rigor da formação dos mestrandos e doutorandos.
h) da desvalorização dos colégios de aplicação como lócus de formação de professores traduzida na proposta de regulamentação destes colégios que desconsidera o trabalho com a licenciatura como um dos pilares da escola, impondo metas e percentuais na relação professor-aluno (RAP) não condizentes com a função social dos CAp.
i) do Plano Nacional de Educação que possibilite ampliar os investimentos em educação para 10% do PIB e constituir um sistema nacional de educação de elevada qualidade para todos.
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Plano de lutas
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(i) Defesa da educação pública e dos espaços públicos de produção do conhecimento
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Defender a educação pública, gratuita, democrática, laica, de qualidade social e sua universalização, em todos os níveis e modalidades, como dever do Estado e direito de todos, combatendo todas as formas de privatização e mercantilização da educação.
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Lutar em defesa da universidade pública brasileira e sua autonomia, nos termos do art. 207 da Constituição Federal, bem como dos princípios da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, do acesso universal com gratuidade plena, do padrão unitário de qualidade, tendo a ampliação do financiamento público estatal como pilar da expansão e do desenvolvimento das IES públicas, nos marcos referenciais políticos, conceituais e metodológicos da “Proposta do ANDES-SN para a Universidade Brasileira” (Cadernos ANDES, nº 2, 2003), nas diretrizes e metas do “PNE: Proposta da Sociedade Brasileira”, na Agenda do Andes-SN para a Educação Superior e nas propostas de projetos de lei elaborados pelo Sindicato Nacional que operacionalizam as proposições da Agenda do Andes-SN.
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Lutar pelo estímulo a pesquisas não vinculadas às demandas privadas-mercantis, pela ampliação das verbas orçamentárias para os órgãos de fomento à ciência e à tecnologia, pelo seu pleno controle social, pela participação ativa da comunidade acadêmica na gestão democrática dos órgãos de fomento públicos, na definição das políticas, prioridades e planejamentos do setor e pela alocação de recursos não condicionada a programas governamentais e empresariais.
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Lutar contra todas as formas de privatização da pesquisa desenvolvidas com recursos públicos, contra o corte de verbas públicas, contra as políticas de favorecimento dos projetos direcionados às demandas de mercado e/ou interesses privados, contra os cursos pagos em instituições oficiais e o favorecimento das fundações de direito privado, denominadas “de apoio” às instituições de ensino superior públicas e pela revogação da legislação que dá suporte jurídico à existência dessas fundações.
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Universalização
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A democratização radical do acesso à universidade pública pode ser inviabilizada pela decisão dos governos de promover um processo de massificação que somente pode oferecer uma formação diferenciadora, desigual, utilitarista ao capitalismo dependente, restrita, por conseguinte, às habilidades instrumentais e a modalidades de certificação enganosas e degradadas.
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O livre acesso, a meta que toda democracia real deve perseguir, requer medidas que garantam a presença dos povos, etnias, culturas e povo trabalhador nas universidades, o que envolve políticas de acesso democráticas e plena assistência estudantil. Políticas que assegurem essas condições, referenciadas na educação básica pública, são estratégicas para alcançar esses objetivos. Igualmente, o combate aos sistemas de avaliação tecnicistas, segregacionistas e promotores de rankings é parte importante da luta pela retomada da avaliação pelos docentes, estudantes e instituições.
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Financiamento
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Lutar pelo cumprimento do art. 212 da Constituição Federal, que estabelece vinculação de 18% da receita da União para educação, incluindo não apenas os impostos mas também as contribuições. Lutar para que o Plano Nacional de Educação (2011-2021) assegure o equivalente a 10% do PIB, com vista ao pleno atendimento das propostas contidas no PNE: Proposta da Sociedade Brasileira.
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Lutar pelo aumento das dotações orçamentárias assegurando efetivo controle da comunidade universitária sobre o ingresso e na aplicação dos recursos e pela efetiva autonomia das IFES.
Lutar, em conjunto com as entidades do movimento estudantil, por uma política de assistência e incentivo ao estudante (alimentação, moradia, transporte, material didático, monitoria, iniciação científica, entre outras), com orçamento definido, revogando as normas que impeçam a alocação de verbas para tal fim.
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Função social
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As políticas neoliberais ampliaram a diversidade de instituições de ensino superior e mesmo de tipos de universidades (dos exóticos centros universitários às universidades especializadas). Assim, concretamente, as universidades possuem hoje funções sociais marcadamente distintas. Os setores dominantes, como salientado, sustentam que a universidade deve ser uma instituição profissionalizante e voltada para o mercado, o que significa, no caso brasileiro, uma instituição que ofereça cursos aligeirados e que se exime de problematizar os problemas sócio-ambientais advindos do atual modelo econômico baseado no uso intensivo de energia e recursos naturais (exportação de commodities).
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Alternativamente, a universidade deve possuir um caráter emancipatório e capaz de prever cenários para o futuro, antecipando o que poderiam ser alternativas a favor da qualidade de vida humana. Entretanto, os cenários e as alternativas devem resultar de diálogos verdadeiros com os movimentos sociais engajados na construção de outros padrões civilizatórios. É crucial recuperar as práticas emancipatórias que a universidade pública pôde desenvolver, aperfeiçoando-as. Entre as funções da universidade urge priorizar a formação de docentes com sentido público e de profissionais com ética social.
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A universidade deve cumprir também o importante papel de instituição que discuta projetos de nação em que caibam todos os povos. É indispensável, por conseguinte, recusar a idéia de que a universidade forma para o mercado, direcionando os seus currículos e avaliação para o que se supõe ser a demanda do mercado. As reformas curriculares e a implementação de outras práticas de avaliação devem ter esse caráter antimercantil.
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(ii) Carreira docente
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A Adufrj-SSind tem historicamente acompanhado o Andes-SN em sua luta política pela carreira docente. A chapa ADUFRJ em Movimento compreende a luta pela carreira uma questão central e emergencial para atuação do sindicato. Há dois aspectos fundamentais a serem considerados: a luta na conjuntura atual de investida do governo sobre a nossa carreira e a concepção histórica de que a carreira é um pilar do projeto de universidade pública, gratuita e de qualidade que nós queremos e defendemos.
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O Andes-SN tem uma concepção de carreira que se relaciona com um projeto de universidade e de educação pública, gratuita e de qualidade. Por isso, considera que uma carreira equilibrada, com uma referência remuneratória única por nível de titularidade e desenvolvimento na carreira seja a forma de construir um corpo docente estável, engajado e motivado para o desenvolvimento e ampliação do sistema de ensino superior público, reconhecendo toda a sua responsabilidade de articulação com o ensino básico público, gratuito e de qualidade no país. Mantém a favor da construção de uma carreira única para todo docente do ensino superior, em âmbito nacional, inclusive aqueles envolvidos em atividades de formação de professores no âmbito do ensino básico, técnico e tecnológico, nos Colégios de Aplicação (CAp).
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Este princípios se expressam atualmente na proposta concreta de a carreira do Andes-SN com 13 níveis remuneratórios únicos, para cada regime de trabalho (40 horas semanais em dedicação exclusiva, 40 horas, e 20 horas), cuja tabelas remuneratórias detalhadas podem ser vistas no site www.andes.org.br , no documento da Campanha salarial 2011 e nos jornais da ADUFRJ-SSind, com destaque para o especial sobre carreira de fevereiro de 2011.
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(iii) Salário e condições de trabalho
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Exigir do governo o cumprimento do dispositivo constitucional que assegura a revisão anual dos vencimentos básicos dos servidores públicos. A revisão deve compensar, no mínimo, as perdas referentes à inflação do ano anterior, de acordo com os índices do DIEESE.
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Defender a extinção das gratificações ainda vigentes, com sua incorporação, paridade entre docentes ativos e aposentados e isonomia entre os docentes das carreiras da educação básica e da educação superior em seus valores mais altos.
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As atuais condições de trabalho também têm repercutido na saúde dos professores, demandando portanto, que o sindicado desenvolva uma política de defesa da saúde do trabalhador e de mudanças nas condições precárias de trabalho e dos serviços de atendimento à saúde dos professores.
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Problemas imediatos:
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Até dia 31 de agosto está sendo negociada, entre o Andes-SN e o Ministérios do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG), a proposta de reajuste salarial para o próximo ano.
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A proposta do governo
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Desde julho de 2010 não temos nenhum aumento e a proposta apresentada pelo secretário de Recursos Humanos do MPOG, na última reunião do dia 9 de agosto com o ANDES-SN congela o valor da remuneração na tabela salarial, traz um impacto financeiro nulo para grande parte da categoria e aumenta as distorções entre as carreiras dos professores de terceiro grau e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). A proposta, que inclui um movimento na direção de uma reivindicação histórica do movimento por “uma só linha no contracheque” ao eliminar justamente uma gratificação de caráter produtivista, não terá impactos financeiros em quase toda a categoria. Apesar incorporação da Gratificação por Exercício do Magistério Superior (Gemas) gerar a alteração no valor do Vencimento Básico (VB), a remuneração global segue a mesma, independente do regime de trabalho ou titulação. Isso porque a incorporação da Gemas ao VB, nos mesmos valores que já vinham sendo pagos, mantém o total inalterado e repercute somente em parcelas variáveis, calculadas sobre o VB, como anuênio (extinto de 1999 sendo pago apenas aos servidores que gozavam do benefício até aquela data, e nos mesmos percentuais da época), insalubridade e periculosidade. Finalmente, não foi proposta a incorporação da Gratificação de Atividade Docente de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Gedbt), o que afastaria ainda mais a carreira dos docentes do terceiro grau da carreira dos docentes da EBTT.
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A Contraproposta do ANDES-SN
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A contraproposta emergencial prevê a incorporação das duas gratificações (Gemas e Retribuição por Titulação - RT) e a organização da tabela remuneratória a partir da valorização do piso e com degraus constantes. O valor do piso da carreira, referente ao docente graduado com jornada de 20 horas, é R$ 2194,76, cuja base de referência é valor do salário mínimo necessário de janeiro de 2011, calculado pelo Dieese.
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Considerando que não foi possível negociar neste momento a alteração da estrutura atual da carreira de 17 níveis, o interstício entre os níveis foi ajustado em degraus de 3%. A remuneração por titulação e por regime de trabalho também seguem percentuais constantes na proposta do movimento docente.
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(iv) Previdência social
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Lutaremos para restabelecer imediatamente a aposentadoria integral para todos os servidores públicos e estende-la ao conjunto dos trabalhadores brasileiros. Arquivar imediatamente todos os projetos de instituição de previdência complementar. Fim da contribuição previdenciária dos servidores aposentados. Previdência pública, social, por solidariedade, para todos os trabalhadores brasileiros!
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(v) A organização do trabalho em defesa da universidade pública
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A agenda política da Adufrj-SSind é uma agenda do movimento docente nacional, mas é também uma agenda particularizada no cotidiano dos docentes da UFRJ. Nessa direção, é nosso compromisso implementar o maior número de ações que visem a união e a mobilização dos professores em torno do levantamento e da resolução dos problemas existentes em cada centro e unidade da UFRJ. O acompanhamento crítico da expansão das matrículas na UFRJ e sua correspondente intensificação de trabalho merecerá especial atenção da Adufrj-SSind, inclusive nos novos campi da instituição: Duque de Caxias e Macaé. É imperioso assegurar o caráter unitário da UFRJ, impedindo a sua fragmentação em campi de distintas qualidades. Também a luta em prol de um Plano Diretor que assegure condições dignas para o fazer acadêmico de todas as unidades, conforme os seus planos institucionais, é um objetivo estratégico para a seção sindical. Continuaremos a luta contra a privatização e mercantilização dos espaços públicos nos campus da universidade, como no caso de Praia Vermelha e dos estacionamentos do Fundão. Lutaremos por um sistema de transporte público e gratuito para a comunidade acadêmica que atenda a demanda de mobilidade e acessibilidade entre os campi da universidade. Trabalharemos pela construção de um projeto cultural público e democrático na universidade voltado específicamente para a realização de atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão, em interface com a sociedade, especialmente com a população trabalhadora. As prioridades do trabalho político da Adufrj-SSind, tal como tem sido a prática do movimento docente, sempre serão discutidas nos espaços institucionais da entidade, bem como em debates nas unidades.
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(vi) Ampliação da luta em defesa da educação pública em todos os níveis
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A diretoria envidará todos os esforços para que esse debate possibilite discussões com movimentos nacionais do campo acadêmico, como as entidades de representação científicas, como SBPC e as voltadas para as diversas áreas do saber; as entidades sindicais, como a CSP-CONLUTAS, a INTERSINDICAL e, em especial, FASUBRA; os movimentos sociais, como o MST e o Fórum Nacional (e estadual) em Defesa da Escola Pública; as diversas forças do movimento estudantil autônomo, e demais iniciativas comprometidas com a causa da educação pública.
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É compreensão do Sindicato Nacional que uma reforma radical da universidade somente será possível com amplo protagonismo social e por isso todo o empenho para que lutas conjuntas sejam efetivadas no período. Essas lutas são cruciais porque seguramente o país somente terá universidades públicas universais com o rompimento com as políticas neoliberais que aprofundam o seu caráter capitalista dependente. Assim, seguiremos na luta em defesa de uma sociedade em que a mercantilização de todas as esferas da vida seja suplantada em favor de uma sociedade emancipada da barbárie do capital.

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