08/06/2011

Nota do Sepe enviada para a TV Record esclarecendo os motivos da greve na educação estadual

O Jornal  Record Rio (TV Record) na manhã desta quarta-feira (dia 8/6) veiculou uma matéria com um equívoco na informação, já que a reportagem dizia que a os profissionais da educação estadual deflagraram uma greve "de apoio à mobilização dos bombeiros do Rio de Janeiro". Na matéria, a reportagem chegou a criticar a "motivação" do nosso movimento. Na nota, o Sepe esclarece que a greve na educação não foi deflagrada para apoiar os bombeiros e, sim por termos nossas próprias reivindicações que, até o momento, não foram atendidas pelo governo do estado, embora a pauta de revindicações da categoria tenha sido entregue ao governo no início do ano de 2011. Também deixamos claro que a categoria apóia o movimento legítimo dos bombeiros por melhores salários e condições de trabalho e que estamos dispostos a unificar a luta do funcionalismo contra a violência do governo Cabral. Veja a nota abaixo:


NOTA DE ESCLARECIMENTO DO SEPE SOBRE A GREVE NA EDUCAÇÃO ESTADUAL


O Sepe informa que a greve por tempo indeterminado nas 1.652 escolas da rede estadual foi decidida por uma assembléia geral realizada no Clube Municipal na tarde de ontem (dia 7 de junho) e não tem nada a ver com a mobilização dos bombeiros do Rio de Janeiro.

Embora apoiemos o movimento de reivindicação dos bombeiros e estejamos dispostos a realizar manifestações unificadas não só com os bombeiros, mas também com o conjunto dos servidores públicos estaduais em luta por melhores salários e condições de trabalho, os profissionais das escolas estaduais tem uma pauta de reivindicações específica.

E, exatamente porque o governo do estado não atendeu a nenhuma das reivindicações da categoria até o presente momento, os profissionais decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. As escolas continuarão paradas até que o governador Sérgio Cabral reabra as negociações e apresente uma contraproposta às nossas reivindicações, que são as seguintes: reajuste salarial de 26%; incorporação imediata da gratificação do Programa Nova Escola; e descongelamento do plano de cargos dos funcionários administrativos das escolas estaduais.


SEPE RJ – SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

Um comentário:

  1. Por que o ato dos bombeiros cria um precedente perigoso

    Os bombeiros assim como qualquer categoria têm o direito de pedir melhoria salarial, ocorre que por servirem junto com a PM, sob regime militar, lhes é vetado o direto à greve. Nos últimos dias o que tenho visto no Rio é um circo. Uma categoria que vem sendo “doutrinada” por políticos faz meses, chega ao ponto de rasgar sua lei militar, invadir um quartel, ocupar e inutilizar viaturas.
    Ora, isso é inadmissível em um estado de direito. Imaginemos se médicos decidem fazer greve, invadir hospitais, furar pneu das ambulâncias e trancar as portas; E se um dia policiais em greve ocuparem os presídios e ameaçarem soltar os presos? Não obstante, teríamos ainda a possibilidade de Soldados do exército em greve, colocarem tanques para obstruir vias. Pergunto: Onde a sociedade vai parar? É esse o precedente que a sociedade deseja abrir com os bombeiros?
    Para que não corramos esse risco há uma legislação militar que rege as FFA, Bombeiros e a PM. Independente de qualquer pleito salarial, ela tem de ser respeitada. No momento em que a sociedade permitir que essa lei seja ignorada, estará pondo em risco sua própria ordem.

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