NOTA DE ESCLARECIMENTO DO SEPE SOBRE A GREVE NA EDUCAÇÃO ESTADUAL
O Sepe informa que a greve por tempo indeterminado nas 1.652 escolas da rede estadual foi decidida por uma assembléia geral realizada no Clube Municipal na tarde de ontem (dia 7 de junho) e não tem nada a ver com a mobilização dos bombeiros do Rio de Janeiro.
Embora apoiemos o movimento de reivindicação dos bombeiros e estejamos dispostos a realizar manifestações unificadas não só com os bombeiros, mas também com o conjunto dos servidores públicos estaduais em luta por melhores salários e condições de trabalho, os profissionais das escolas estaduais tem uma pauta de reivindicações específica.
E, exatamente porque o governo do estado não atendeu a nenhuma das reivindicações da categoria até o presente momento, os profissionais decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. As escolas continuarão paradas até que o governador Sérgio Cabral reabra as negociações e apresente uma contraproposta às nossas reivindicações, que são as seguintes: reajuste salarial de 26%; incorporação imediata da gratificação do Programa Nova Escola; e descongelamento do plano de cargos dos funcionários administrativos das escolas estaduais.
SEPE RJ – SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO
Por que o ato dos bombeiros cria um precedente perigoso
ResponderExcluirOs bombeiros assim como qualquer categoria têm o direito de pedir melhoria salarial, ocorre que por servirem junto com a PM, sob regime militar, lhes é vetado o direto à greve. Nos últimos dias o que tenho visto no Rio é um circo. Uma categoria que vem sendo “doutrinada” por políticos faz meses, chega ao ponto de rasgar sua lei militar, invadir um quartel, ocupar e inutilizar viaturas.
Ora, isso é inadmissível em um estado de direito. Imaginemos se médicos decidem fazer greve, invadir hospitais, furar pneu das ambulâncias e trancar as portas; E se um dia policiais em greve ocuparem os presídios e ameaçarem soltar os presos? Não obstante, teríamos ainda a possibilidade de Soldados do exército em greve, colocarem tanques para obstruir vias. Pergunto: Onde a sociedade vai parar? É esse o precedente que a sociedade deseja abrir com os bombeiros?
Para que não corramos esse risco há uma legislação militar que rege as FFA, Bombeiros e a PM. Independente de qualquer pleito salarial, ela tem de ser respeitada. No momento em que a sociedade permitir que essa lei seja ignorada, estará pondo em risco sua própria ordem.