08/05/2011

DIA DAS MÃES, UMA REFLEXÃO TRABALHISTA.

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O Dia das MÃES é um dia comemorativo em todos os países do mundo e é um dia especial para todas as mães, onde se comemora sua existência e a homenageia por tudo que passou e viveu para criar seus filhos.

Dados históricos comprovam que esta é uma das comemorações mais antigas do mundo. Na Grécia Antiga, já se comemorava o DIA DAS MÃES, quando se festejava no início da primavera em honra à Rhea, a Mães dos deuses gregos. Essa data é comemorada em todos os países, porém com algumas datas diferentes como, por exemplo, em países como Albânia, Rússia, Sérvia, Montenegro, Bulgária, Romênia, Moldávia, Butão, a data é comemorada no dia 8 de março. Na África do Sul, Austrália, Bélgica, China, Dinamarca, Alemanha, Grécia, Itália, Japão, Canadá, Nova Zelândia, Áustria, Peru, Suíça, Formosa, Turquia, EUA, Venezuela, inclusive no Brasil, a data é comemorada no sempre no segundo Domingo do mês de Maio, e em outros países as datas são diversas.
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Essa data teve surgiu no século XX, quando a jovem norte-americana chamada Anna perdeu sua mãe e conseqüentemente ficou muito mal, chegando a entrar em depressão profunda. Vendo aquela situação suas amigas revolveram fazer uma festa em homenagem a memória de sua mãe, e então Anna estendeu aquele comemoração a todas as mães do mundo, estando elas vivas ou mortas.

Este é um dia também para homenagearmos todas as mulheres trabalhadoras, mães aguerridas na luta contra toda forma de opressão e exploração. Um dia para relembrar sua força e sua organização no mundo do trabalho, como já dizia Alexandra Kollontai.

História
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Em 1910, na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas a professora comunista Clara Zetkin apresentou a proposta de se fixar um dia específico para destacar as lutas e o protagonismo histórico das mulheres. No entanto, é só a partir de 1922 que o 8 março vai se constituir como data unitária mundial, referenciada na greve das operárias têxteis de Petrogrado em 1917, que tomaram as ruas exigindo pão e paz. Esta luta das operárias russas inaugura um ciclo revolucionário na Rússia czarista que culminará no maior acontecimento político do século XX, a revolução soviética. O 8 de março, Dia Internacional da Mulher assinala pois, a grandeza de nossa participação e a positividade de nossas lutas, reafirmadas por nossa coragem, ousadia e irreverência.

Presente
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A primeira divisão do trabalho teve como base a divisão sexual do trabalho, onde o homem foi direcionado à caça e a mulher à reprodução e aos cuidados da casa. No capitalismo, a divisão do trabalho adquire uma nova dimensão: a exploração da classe trabalhadora pela classe dos capitalistas, a classe burguesa. Homens, mulheres e crianças, então absolutamente livres de capital, precisam entregar-se a ele para sobreviverem. Mas esta entrega não foi, e não é, uma entrega voluntária, ao contrário, realiza-se mediante a coerção e a violência organizadas pelo estado capitalista e suas instituições, ao que respondemos com nossa luta.
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Desde o início dos anos 90 a correlação de forças na luta de classes tem sido tão favorável aos capitalistas quanto dramática para o conjunto da classe trabalhadora. Enquanto mulheres e mães testemunhamos isto diariamente, ao vermos como as exigências do capital dificultam nossa vida familiar e como desorganizam a vida escolar de nossos filhos, ao recrutá-los prematura e covardemente para o mercado de trabalho. Enquanto trabalhadoras e companheiras percebemos a regressão acelerada dos nossos direitos, sofremos com o desemprego e a constante degradação salarial. Por isto, adotar-se a reivindicação por direitos iguais entre homens e mulheres como foco central de nossa luta, como quer o feminismo liberal, não é outra coisa senão exigir que nos conformemos com a precarização da vida, que nos basta ser tão escravas quanto os nossos companheiros, enfim, que nos resignemos com a generalização da escravidão assalariada.
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Estas duas últimas décadas foram muito dolorosas, mas também muito ricas em lições. Aprendemos que no capitalismo não há direito assegurado de antemão; que mesmo com a luta, muitas vezes os resultados são insatisfatórios; que o nosso trabalho diário, que parece correr para o ralo, é de fato o que sustenta a corrupção e engorda multinacionais e banqueiros. Estas lições demonstram que para compreendermos o mundo, condição essencial para transformá-lo, precisamos enxergar as contradições que estão além das diferenças de gênero. De fato, o antagonismo essencial do capitalismo está nas diferenças de classe, nas diferenças entre os trabalhadores, que produzem as riquezas, e os capitalistas, que se apropriam delas por deterem os meios de produção. As feministas socialistas sabem a quem interessa que mulheres e homens se consumam numa luta interminável entre si. Por isso, o movimento feminista socialista afirma que é integrando as lutas de mulheres e homens que seremos capazes destruir o poder do capital, abolir as classes e de vencer os desafios colocados pela vida.


Futuro
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Vivemos a época da globalização imperialista, da integração monopolista, da supremacia de uma poderosa oligarquia financeira internacional, cujos tentáculos abarcam todo o planeta. A aplicação planetária das fórmulas neoliberais, que conhecemos bem, é o sinal mais evidente da existência de um governo dos governos, acima de povos e nações. Os princípios da soberania e da auto-determinação foram já redefinidos: tornaram-se soberania e auto-determinação do capital financeiro. Nesta nova ordem, os povos e países que a contestaram foram catalogados como pertencentes ao “Eixo do Mal”, e constam de uma lista de espera pela ira do senhor... a guerra imperialista.
A entrega da soberania pelos governos nacionais, uma vez que os torna ainda mais incapazes de responder às demandas de seus povos, implicará a utilização, com freqüência crescente, da repressão e da fraude contra as trabalhadoras e os trabalhadores, através da polícia e da mídia. No capitalismo é este o futuro que nos espera!
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Companheiras! A luta das mulheres só pode ser uma luta revolucionária, uma luta contra os monopólios, contra o imperialismo e suas guerras. Reafirmamos também as bandeiras levantadas pelas mulheres na II Internacional Socialista: pelo direito à creche, a salários iguais, pelo direito de decisão sobre o nosso corpo (aborto legal e seguro) e pelo fim da violência doméstica e sexual. A nossa luta é a luta de todas as mulheres do mundo, a nossa luta é internacional. A emancipação plena da mulher só será alcançada na sociedade socialista.
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Nossa solidariedade a todas às mães e mulheres trabalhadoras de todo o mundo!
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Esta é nossa homenagem a todas vocês.
FELIZ DIA DAS MÃES!!!
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Coletivo Ana Montenegro - Unidade Classista – RS e MA.


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Postado por Blogger no COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO
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