Secretária municipal de Educação anuncia pacote de medidas para escolas da rede
POR ISABEL BOECHAT
A secretária municipal de Educação, Claudia Costin, anunciou nesta terça-feira um pacote de medidas a ser implantado em toda a rede e em especial na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, local de um ataque que deixou 12 crianças mortas e outras 12 feridas.
De acordo com Costin, o pacote será implantado em 1.064 escolas da rede.inspetor por andar Ainda no primeiro semestre serão contratados 1.844 inspetores e as unidades terão agora um . Qualquer pessoa estranha à comunidade escolar terá que usar crachá e deixar a identidade na secretaria, sendo acompanhado sempre por um inspetor enquanto estiver na escola. As escolas terão câmeras de segurança. Pelo menos 1.500 porteiros serão contratados.
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O pai do menino Rafael, morto no ataque de 7 de abril, identificado apenas como Carlos, foi levar a filha Beatriz, de 12 anos, que estuda na escola. O pai queria que ela participasse das atividades e afirmou que o fato ocorrido foi isolado e que não se pode culpar a escola. Quer que a filha continue na unidade, pois tem um futuro pela frente. Ele acredita que a levando a filha ele consiga incentivar outros pais manterem seus filhos na escola.
Alunos se abraçam na chegada à escola
A volta à Tasso da Silveira foi muito emocionante. Alunos se abraçaram na porta e a todo momento diziam que sentiram muita saudade uns dos outros. A maioria estava feliz por ter regressado e afirmaram ser melhor do que esperavam. O clima era de alegria e não houve comoção.
A direção da escola não permitiu que os alunos entrassem nas salas onde estudantes foram baleados por Wellington Menezes de Oliveira. O período de aulas nesta terça-feira foi resumido a atividades lúdicas realizadas no pátio. Alguns estudantes fizeram mosaico na parede, outros pintaram e desenharam. Homenagens às vítimas também foram feitas pelas crianças.
Dois alunos feridos no ataque retornaram nesta terça-feira. Ian levou um tiro no braço e estava internado até a segunda-feira da última semana. Jonata foi ferido de raspão no braço e ainda mantinha um curativo e uma tipóia.
Ian estava na primeira sala do massacre. Contou que durante o tempo que ficou no hospital trabalhou muito a mente para esquecer a tragédia, e conseguiu. "As coisas passam. Fiquei feliz em rever meus amigos. Fico triste por causa dos meus colegas que morreram, mas o terror passou. Não pude pintar por causa do braço".
Jonata, que foi um dos primeiros a chamar a polícia, contou que muitos o abraçaram quando ele entrou na escola. Deu vontade de chorar, mas ele não chorou. Ficou feliz de estar na escola, de rever os amigos. Não vai abandonar a unidade.
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