23/02/2011
Universidades sofrerão corte de 10% no orçamento para custeio
Redução para a UnB pode chegar a R$ 12 milhões. MEC também pediu diminuição nos gastos com passagens e diárias.
O corte no orçamento do governo federal vai reduzir em  10% as verbas para custeio das universidades federais. A informação foi  dada pelo secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Luiz  Cláudio Costa, aos reitores das universidades federais.
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O  orçamento da UnB para 2011 prevê R$ 127 milhões para despesas de  custeio – gastos com material de consumo, água, luz e programas de  assistência. Ou seja, o corte deve ser da ordem de R$ 12 milhões. "É um  valor alto, ainda mais se considerarmos que os recursos do governo já  não são suficientes para manter as nossas atividades", afirma o reitor  em exercício João Batista de Sousa. "Nós vamos ter que conversar com as  unidades acadêmicas para ver o que pode ser cortado ou adiado para  2012". 
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Na reunião com os reitores, o secretário de  Ensino Superior pediu compreensão, uma vez que o Ministério da Educação  foi um dos que menos sofreu com o corte de R$ 50 bilhões no orçamento da  União. O orçamento federal será reduzido em 2,5%. No MEC, essa  diminuição chega a 1,7%. 
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Ainda assim, a UnB pode  ter prejuízo. "A situação é difícil, e tudo indica que este será um ano  muito duro", diz o decano de Administração e Finanças, Pedro Murrieta.  Os recursos do governo correspondem a 68% dos gastos da UnB. O restante é  coberto com a captação própria da universidade, como, por exemplo, os  concursos e seleções realizados pelo Cespe. 
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O  problema é que o governo federal também anunciou uma redução no ritmo de  concursos públicos, que renderiam à UnB cerca de R$ 35 milhões em 2011.  Por outro lado, o reitor em exercício João Batista lembra que a empresa  pública que vai gerir os hospitais universitários deve absorver grande  parte dos gastos do HUB. "Haverá mais dinheiro vindo para a gestão do  HUB, o que pode ajudar".  
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O Ministério da Educação  também pediu que as universidades reduzam seus gastos com diárias e  passagens em 50%. João Batista disse que vai tentar reverter esse  pedido, uma vez que ele afeta diretamente as atividades-fim da  universidade – ensino, pesquisa e extensão. "Os reitores vão atuar  politicamente para que esse corte não ocorra", afirmou. 
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