“Instrui-vos, porque precisamos de vossa inteligência. Agitai-vos, porque precisamos de vosso entusiasmo. Organizai-vos, porque carecemos de toda vossa força.”
Revista L'Órdine Nuovo - 1º de maio de 1919
Violência contra profissionais das escolas reflexo do descaso do governo com a educação
O caso da EM Oscar Tenório, na Gávea, divulgado ontem na mídia traz à tona o tema da responsabilidade pela violência que atinge nossas escolas. No episódio, um aluno teria levado gás de pimenta para a escola, ocasionando a lesão de oito colegas que foram parar no hospital, além da notícia de que uma professora teria se machucado na correria. Confusão de alunos, agressão moral e física aos profissionais, brigas, este é o quadro das escolas municipais. As escolas têm apresentado graves problemas de violência. Seja entre os próprios alunos ou contra os profissionais das escolas, o clima é de muita tensão, um verdadeiro barril de pólvora. Vamos mostrar qual é o quadro que o governo impõe às nossas escolas e quem são os verdadeiros responsáveis pelos problemas: * Professores em suas salas de aula, com 45, 50 alunos ou mais, muitas vezes são praticamente carcereiros, pois não podem deixar que o aluno saia da sala já que não existe inspetor. Alguns professores têm que se posicionar na porta da sala de aula para não permitir que o aluno saia sem que ele perceba. * Em muitas escolas as direções adotaram o sistema de crachás para o aluno ir ao banheiro. Como não existe o profissional para olhar os corredores, para o aluno ir ao banheiro o professor precisa controlar a partir de um crachá apenas, quem vai e quem volta. Além de não contribuir para a educação de nossos jovens, também é outra forma de carimbar o aluno para mediante qualquer problema, responsabilizar o seu professor. * Direções que fazem de tudo, inclusive tentar fazer o papel de inspetores, porteiros e muitas vezes merendeiras. Além de ter que preparar todos os documentos, prestações de contas, pedido de merenda, trabalhar para empresas de ônibus fazendo o riocard para os alunos, bolsa família e muitos etecéteras. Isso sem falar na ínfima verba que recebem para resolver problemas estruturais de obras e ainda dar conta de comprar material didático, de limpeza etc. * Dependências das escolas sem agente educador, e alunos alucinados pelos corredores, pátios, banheiros, quadras… * Portão da escola abandonado sem porteiro. * Salas superlotadas O resultado deste quadro não podia ser outro: violência para todo lado. Alunos se agredindo, alunos que xingam professores ou mesmo os agridem fisicamente. Alunos drogados dentro da escola e da sala de aula, outros que ameaçam de morte aos profissionais e mesmo alunos armados no interior de nossas unidades escolares. Preocupados em evitar escândalos, a SME e as direções das CREs orientam que as escolas abafem os casos e proíbem a divulgação para fora dos muros da escola. Muitas direções, preocupadas em manter o seu cargo preferem se omitir e esconder o problema a ter que defender profissionais que por vezes são agredidos ou ameaçados por alunos. Tudo isso, traz a perda total do controle e o agravamento dos problemas em nossas unidades. Numa rede onde a violência do governo pela destruição da escola pública é a maior de todas, não se pode esperar uma resposta positiva de nossas alunos. Infelizmente são os profissionais de educação que estão neste campo de batalha. O prefeito, pessoal da SME e das CREs encontram-se confortavelmente em suas salas com ar condicionado e cafezinho e a única resposta que sabem dar à imprensa quando os problemas vem a público é que vão “abrir sindicância para apurar responsabilidades”.
1-Configurem qualquer tipo de crime de acordo com as leis do país; 2-Contenham insultos, agressões, ofensas e baixarias; 3-Contenham conteúdos racistas ou homofóbicos.
Aqui serão disponibilizadas diversas leis de interesse comum DA EDUCAÇÃO. Você tem a possibilidade de visualizá-las ou baixar o arquivo para posterior consulta. LEI Nº 008/2003.CLIQUE AQUI PARA VISUALIZAR
Dispõe sobre o PLANO DE CARREIRA do magistério público municipal e FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO.
ISENTA DA ASSINATURA DO PONTO OS SERVIDORES MUNICIPAIS, NAS DATAS CORRESPONDENTES AOS SEUS ANIVERSÁRIOS NATALÍCIOS. LEI Nº 122/2009AQUI
LEI QUE VEDA O USO DO GIZ E QUADRO NEGRO EM TODAS AS ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO. OUTRAS LEIS: AQUI
QUEM SOMOS
Somos profissionais da educação ativos e aposentados/as das redes estadual e municipal de São Gonçalo. Constituímos o grupo“NA LUTA PELA EDUCAÇÃO ” unificando os setores combativos do SEPE que acreditam na reorganização do movimento sindical com vistas à construção de uma nova central autônoma, independente de partidos políticos, de governos e patrões e que defendem a democracia nas instâncias partidárias, o internacionalismo, princípios necessários para combater o capitalismo e construir as condições necessárias ao socialismo.
“Ao separar a luta econômica, e meramente sindical, da luta política mais geral, a maioria dos sindicatos, ao longo do século XX no Brasil e no mundo, deixaram de cumprir um papel, que apesar de limitado, era e é imprescindível para a luta socialista. A partir da leitura do marxismo clássico, é tarefa dos sindicalistas revolucionários atuais fazer esse balanço e encaminhar ações que procurem pôr em xeque o sistema capitalista como um todo, sem se limitar a lutar meramente contra os seus efeitos, mesmo que estes sejam bastante nefastos.”
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