10/04/2013

Professores e funcionários reivindicam melhorias para os profissionais de educação

Profissionais de educação de São Gonçalo querem uma revisão salarial. Além disso, os professores e funcionários exigem eleições para diretor de cada unidade


Os professores da rede pública de ensino do município de São Gonçalo realizaram uma manifestação em frente à Secretaria municipal de Educação, no Centro, na manhã da última segunda-feira. Os educadores reivindicaram aumento de salário para professor e também para funcionário administrativo. Além disso, os professores e funcionários exigem eleições para diretor de cada unidade. De acordo com a diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação de São Gonçalo (Sepe-SG), Beatriz Lugão, os profissionais de educação fizeram redução de horário para meio turno e paralisaram as atividades.

“Nós estamos cobrando o cumprimento do que foi acordado, queremos uma revisão salarial e foi estabelecida uma database para que isso fosse cumprido, para o dia 1° de maio. O salário dos professores de São Gonçalo é o menor do estado do Rio de Janeiro” disse.

Durante a manifestação, outros professores também reclamaram das condições de determinadas unidades, uma delas, a creche Formando Vidas, localizada no bairro Mutuaguaçu, que, de acordo com os profissionais, não possui material de higiene para cuidar das crianças e dos bebês.

“Recebemos um salário mínimo e tiramos o dinheiro do próprio bolso para comprar produtos higiênicos para os bebês”, contou a professora de educação infantil, Luana Cardoso, de 31 anos.

Ainda segundo a educadora, a creche possui apenas um funcionário para limpeza. “No início do ano, recebemos uma vassoura e um pano para auxiliar na limpeza”, completou.

Uma audiência marcada para a tarde de ontem entre os professores e o prefeito, Neilton Mulim, na sede da Prefeitura. Porém, acabou não ocorrendo. Segundo a assessoria do município, o prefeito não pôde comparecer por questões de agenda. Beatriz Lugão informou que uma nova audiência foi marcada para o dia 17. Hoje, a categoria realizará assembleia, às 18h, na Escola Municipal Castelo Branco.

“Sabemos que ele (o Prefeito) estava na Prefeitura e não quis nos receber. Durante a campanha ele prometeu reajuste de 68% de imediato. Temos uma gravação dele dizendo que o município tinha recursos”, reclamou a diretora do Sepe-SG.

Paralisação – O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) anunciou que a rede pública estadual de ensino irá paralisar as atividades no dia 16 de abril por 72 horas. Trata-se de uma greve de advertência, na qual professores e funcionários administrativos reivindicam por aumento salarial, de acordo com o coordenador geral do Sepe-RJ, Alex Trentino.

“Nessa greve, queremos que o governo estadual abra um canal de comunicação para negociarmos as reinvindicações”, explicou.

De acordo com o coordenador, a categoria reivindica por aumento salarial do piso.

“A categoria reivindica a abertura das negociações pelo governo do estado e um piso salarial para os professores de cinco salários mínimos (total de R$ 3.816,00, tendo como base o salário mínimo regional no estado do Rio, que é de R$ 763,14) e de 3,5 salários mínimos para funcionários administrativos das escolas”, disse.]
 
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