A trajetória intelectual e política de Florestan Fernandes é objeto desta nova página de marxismo21.
Dela constam textos do cientista social, artigos de pesquisadores
sobre aspectos de sua vasta obra, entrevistas, vídeos e outros
documentos. Publicamos abaixo um breve texto de Paulo Martinez,
especialmente elaborado para o blog; nele, o historiador reflete sobre
questões e desafios teóricos para se compreender a originalidade e a
especificidade do pensamento político de Florestan Fernandes. Por sua
vez, Caio N. de Toledo, um dos editores de marxismo21
examina um dos maiores desafios do trabalho intelectual de Florestan:
articular a obra teórica e a militância político-ideológica na direção
do socialismo revolucionário. Talvez a significativa foto acima – na
intimidade de sua oficina de trabalho - contribua para questionar os
intérpretes da obra de Florestan Fernandes que buscam dissociar a
produção teórica de seu compromisso político; para estes hermeneutas, a obra seria rigorosa e científica, enquanto o engajamento estaria comprometido pela idealização utópica ou cativo das armadilhas da ideologia. Os Editores.
Democracia e socialismo
Florestan Fernandes
A controvérsia suscitada pela
Revolução Russa ainda não chegou ao fim, e ate hoje existem os que temem
a supressão da democracia em troca da igualdade social. Ora, igualdade
sem liberdade não corresponde ao ideário e à utopia do socialismo, tão
bem encamados por Rosa Luxemburgo e Antonio Gramsci. Ao contrario de
pensadores social-democratas ou marxistas, ambos compreenderam, como
mais tarde o fariam Bobbio, Colletti e Gorz, que as condições de atraso
econômico, cultural e político da Rússia pré-revolucionaria acarretavam
consequências que impediam a conversão da ditadura do proletariado em
uma forma mais avançada e completa de democracia. Tumultuosa e
contraditória, ela teria de nascer da emergência do auto governo
coletivo da maioria.
Desvendada resumidamente por Marx nos
escritos de 1840, essa forma de democracia foi examinada com extrema
objetividade e crueza na Crítica ao Programa de Gotha. Havia,
no entanto, confiança no futuro e a certeza de que a revolução se
desencadearia na Europa, irradiando-se em seguida para sua periferia e
países coloniais, o que acabou se mostrando inviável.
Tanto Rosa quanta Gramsci julgavam que a
estatização e a socialização dos meios de produção conduziriam aos
ideais democráticos e igualitários do socialismo e do comunismo. Sua
crítica é positiva: acreditavam nos sovietes – ou conselhos – e
promoviam a exaltação de sua autonomia contra os desvios burocráticos,
registrados por Lenin e, posteriormente, denunciados com veemência por
Trotsky.
É interessante voltar a Rosa
Luxemburgo, dolorosamente lúcida no ataque ao “revisionismo” e no
diagnóstico da social-democracia. Sem o sarcasmo e a virulência de
Lenin, ela se limita a desvendar as misérias do partido, no momento em
que a liderança política e a burocracia aliavam-se contra a revolução,
atraiçoando o socialismo, fortalecendo as classes dominantes e
conferindo legitimidade ao Estado capitalista. O Partido Social
Democrático (SDP) mantinha a reverência por seus símbolos, bandeiras e
valores marxistas. Simples fachada… Como letras mortas ou um poema sem
encantos, o marxismo, o lassalleanismo e, mesmo, o bernsteinismo ficaram
para trás. Esse processo de degradação aburguesada do socialismo e dos
seus fundamentos teóricos e políticos não era localizado. Grassava por
toda a Europa e repudiava sua corrente revolucionaria como pura
verborragia. As dificuldades e a adulteração do marxismo, por causa do
isolamento e das conseqüências imprevistas da Revolução Russa, conferiam
uma aparência de verdade as versões da “democracia acima de tudo”
emanadas do farisaísmo pequeno-burguês e intelectualista. Se, de fato, a
democracia estivesse em jogo, ela jamais poderia ser dissociada do
socialismo. Em relações compassivas e comprometedoras com a ordem
existente, ser cruzado da democracia equivalia a abandonar o socialismo e
atribuir ao capitalismo a faculdade de assegurar liberdade, igualdade e
solidariedade juntamente com a perpetuação da propriedade privada, a
expropriação do trabalhador dos meios de produção e a intangibilidade da
sociedade civil. Tratava-se do avesso do que fora a social-democracia
anteriormente, em especial ate o Kautsky revolucionário (do final do
século XIX ate cerca de 1910).
Dois movimentos históricos simultâneos
reforçaram, ampliaram e aprofundaram a tendência apontada. De um lado, a
União Soviética necessitava de um “respiro histórico” para sobreviver
através da coexistência pacifica, alternada com eclosões ocasionais de
hostilidade programada com as nações capitalistas. As “frentes
populares” puseram em primeiro plano a democracia como valor final.
Deixaram a parte, porem, o questionamento fundamental: que tipo de
democracia? A capitalista, que institucionaliza a classe como meio
social de dominação e fonte de poder, ou a socialista, que deve tomar
como alvo a eliminação das classes e o desenvolvimento da autogestão
coletiva, passando por um período de dominação da maioria, tão curto
quanta possível? De outro lado, a expansão do capitalismo – com um
prolongado espaço de tempo de prosperidade, dissuasão policial-militar
das divergências dos que poderiam ser representados como “inimigos”
internos e externos, coalescência de um sistema mundial de poder e
alternância de promessa e repressão – forjava novas condições de
aburguesamento dos assalariados qualificados, dos intelectuais e da
“solução negociada” dos conflitos por emprego, níveis de salários,
padrões de vida ou oportunidades educacionais.
Pela própria impulsão das
transformações democráticas da civilização, a “reforma capitalista do
capitalismo” brotava como alternativa ao socialismo e como “via de
transição gradual” ate ele. Willy Brandt personifica essa objetivação da
liquidação da social-democracia como partido socialista stricto sensu. A
presença norte-americana e aliada na Alemanha justificaria a evolução.
Contudo, poderia, por si só, servir como ingrediente revolucionário, se o
socialismo proletário marxista se tivesse mantido vivo no SDP. E o
resto da Europa? Ali o processo ocorreu generalizadamente, o que
implicava uma opção contra o socialismo revolucionário, em favor do
aburguesamento. Essas considerações nascem de uma convicção: enfrentamos
o perigo de ver abater-se sobre nós o restabelecimento da confusão
entre democracia e socialismo. ler mais
*****
Florestan Fernandes: a vitalidade de um pensamento político
Paulo Henrique Martinez*
O pensamento político do sociólogo
Florestan Fernandes guarda muitas possibilidades de reflexão e de
desdobramentos investigativos. Conhecemos, hoje, inúmeros livros que
estudam o conjunto de sua obra, esmiuçando aspectos e temáticas ali
abordados – educação, metodologia, o negro, entre outros. Há também
vários escritos sobre a sua trajetória biográfica e intelectual. São
demonstrações da vitalidade desta reflexão sobre a sociedade brasileira
construída na segunda metade do século XX.
Os olhos analíticos de Florestan
Fernandes miram a realidade social passada e presente em duplo movimento
de perspectivas. Uma habilidade camaleônica de observação, capaz de
deter-se fixamente em um foco determinado, e de mobilidade do olhar que
apreende múltiplas determinações na realidade interrogada. Florestan
Fernandes denominou com precisão este procedimento analítico:
histórico-sociológico.
Esta duplicidade na captação de
sentidos sociais opera outra, a de perspectivas. Uma é cultural, imersa
no ambiente dinâmico e criativo dos tempos de nacionalismo e das agruras
do desenvolvimento econômico em nosso país. A outra é política e
desponta das contradições sociais e dos antagonismos de classes que
povoaram e deram densidade histórica à vida nacional até o triunfo
ideológico do neoliberalismo entre nós, na década de 1990. Estas
duplicidades operacionais de percepção comparecem em ações
institucionais e políticas, pelo exercício da análise crítica e
rigorosa, na universidade, e, a partir da ditadura militar, na avaliação
do momento político veiculada na imprensa e alardeada em debates com
diversificados movimentos sociais.
A bibliografia disponível sobre
Florestan Fernandes elucida vários destes aspectos com maior ou menor
riqueza de informações, registros e comparações. Ela nos alimenta com
juízos críticos e aprofundados e permite a compreensão diacrônica e
sincrônica de sua reflexão sociológica e histórica. Os esforços têm
sido, predominantemente, compreensivos e explicativos dos contextos e
das formulações intelectuais em dada obra ou conjunto delas, pesquisas
ou momentos biográficos e de ação institucional.
O conhecimento histórico da organização
da sociedade brasileira sugere a leitura da obra de Florestan Fernandes
seguindo a via de seus estudos que assumiu vigor interpretativo e
marcos teóricos precisamente demarcados sobre os dilemas da dominação de
classes no Brasil. Esta organização de estudos conta com duas
sugestivas iniciativas editoriais. A primeira é a reunião de quatro
textos no volume publicado nos Estados Unidos, em 1981, sob os cuidados
do historiador norte-americano Warren Dean, intitulado Reflections on the brazilian counter-revolution:
essays (New York: M. E. Sharpe). A segunda é de 2008, com a publicação,
em espanhol, da coletânea de textos organizada pela professora Heloísa
Rodrigues Fernandes, Dominación y desigualdad: el dilema latinoamericano (Buenos Aires: Prometeo/CLACSO).
Os dois volumes em edição estrangeira
foram compostos com textos publicados no Brasil, são conhecidos e não há
ineditismo. A originalidade e o significado residem na reunião de
escritos voltados para questões específicas e que respondem pela unidade
temática destes dois livros: a contra-revolução, a dominação e a
desigualdade social. Não temos, ainda, estas e semelhantes coletâneas
com segmentação analítica específica, editadas aqui, particularmente
sobre o pensamento político de Florestan Fernandes e suas análises sobre
dos referidos dilemas da dominação social no Brasil.
As duas coletâneas são instigantes e
instrutivas para o estudo deste pensamento político. Ambas revelam em
Florestan um arguto analista dos processos de dominação e de
contra-revolução. Este analista, e também aprendemos isso lendo os
textos selecionados por Warren Dean e Heloisa Fernandes, é maior e
prevalece sobre qualquer indício de um estrategista da ação política.
Este componente não deriva da escolha dos textos. É, antes, consciente e
deliberado no próprio autor dos escritos ali reunidos. O fato pode
parecer contraditório a alguém que, como Florestan Fernandes, não
escondia sua admiração intelectual e política por Marx, Engels e,
sobretudo, Lênin.
Esta renúncia a qualquer ambição de
direção teórica e política, por um lado, causou frustração a inúmeros
militantes que, no PT ou fora dele, engajaram-se nas duas campanhas
eleitorais para deputado federal que o sociólogo paulista disputou – e
foi eleito em ambas – em 1986 e 1990. A reivindicação de um papel
intelectual consistentemente definido em ação e reflexão, por outro
lado, foi sustentada mesmo em momentos politicamente adversos, como a
“Nova República”, a queda do muro de Berlim, o governo Collor e a
segunda derrota eleitoral de Lula, em 1994. O lema adotado em sua
campanha para a Assembleia Constituinte expressou com nitidez este
papel: “contra as idéias da força, a força das idéias”. Alguns
títulos dos livros que publicou durante estes anos reafirmavam este
sentido e o compromisso da ação política do intelectual engajado nas
disputas sob a orientação socialista, como sugerem Pensamento e ação: o PT e os rumos do socialismo (1989) e A contestação necessária (1995).
Pode-se argumentar que Florestan
Fernandes jamais migrou da universidade para a política, da reflexão
para a ação política. Ou ainda dizer que houve uma rotação de
perspectivas, de uma em direção à outra. Este raciocínio implica
desconsiderar o papel político do intelectual que ele elaborou e assumiu
para si, a partir da ditadura militar e depois dela. A reflexão
contestadora foi alçada ao rol de tarefas políticas que incluíam a
criação e a ampliação de espaços políticos para as classes
trabalhadoras, a massa dos excluídos, dos marginalizados e a busca do
caminho do poder.
A imersão de Florestan Fernandes na
reflexão política resultava, de uma parte, da repressão do governo
militar e, por outra, do próprio alcance das atividades dos intelectuais
na política de índole reformista ou revolucionária. Para além dela, a
reflexão, as demais tarefas políticas demandavam a dinâmica social e da
luta de classes no Brasil, e colocava como inatingíveis ou inócuas
opções teóricas fixas e obsessivas, diante do imponderável daquelas
mesmas disputas e conflitos. Em segundo lugar, as oportunidades
históricas para a transformação social podem ser perdidas e
desperdiçadas nos confrontos políticos, tanto quanto podem ser
construídas coletivamente nesta sociedade em contínuo processo de
revolução democrática.
Nos escritos reunidos nas referidas
coletâneas ressaltam as amarguras diante das evidências de que vivemos,
no Brasil, um conflito político caracterizado como uma “contrarrevolução
permanente”. Esta peculiaridade social poderia ser examinada em outras
escalas, como a dos demais países da periferia do capitalismo, partindo
dos textos em que Florestan Fernandes tratou da América Latina, por
exemplo. O estudo da experiência histórico-social da revolução cubana é
uma pista para desdobrar a sua reflexão política. Ele é indicativo
também do vínculo político e ideológico que os intelectuais poderiam
assumir na revolução contra a ordem e na construção do socialismo em
nações de capitalismo periférico. A “contrarrevolução permanente”, por
sua vez, estaria sujeita às variações históricas e sociais,
contraditórias e inerentes ao próprio desenvolvimento capitalista,
lançando-a, sistematicamente, no desafio de promover a própria
reciclagem e atualização. Em seu embate para conter a revolução
democrática, a contrarrevolução desafia, sistematicamente, a imaginação
política e a criatividade intelectual sob os prismas do materialismo
histórico no Brasil.
O pensamento político de Florestan
Fernandes revela vitalidade teórica e prática bastante rica e
insuficientemente examinada e difundida. Os estudiosos do marxismo no
século XXI estão diante de volumosa carga de trabalho interpretativo e
investigativo nas ciências sociais e na história do pensamento político.
Esta situação poderia ser enfrentada, inicialmente, com uma seleção de
seus textos que tratem da revolução democrática no Brasil, o que podem
nos dizer sobre o país de hoje e de perspectivas de futuras
transformações. Em outra direção estaria o exame das experiências
históricas em que a dominação de classe recorreu abertamente à
contrarevolução preventiva, como a ditadura de Franco (1939-1975), na
Espanha, e o regime do apartheid (1948-1994), na África do Sul.
Os resultados imediatos viriam nas possibilidades de análises
comparativas e na avaliação dos marcos teóricos e interpretativos.
* Professor do Departamento de História da Faculdade de Ciências e Letras de Assis, UNESP.
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Sociologia & socialismo na obra de Florestan Fernandes *
Caio N. de Toledo
O compromisso intelectual
Na obra de Florestan Fernandes a
questão do socialismo não se constituía um assunto entre outros. Não era
também um objeto de discussão abordado de forma teórica ou abstrata
como imporia a pesquisa de outras problemáticas de natureza sociológica
ou histórica; particularmente nas duas últimas décadas de sua produção
intelectual, o socialismo era uma questão vital e prioritária. Mais do
que isso, para ele, o socialismo era uma questão existencial na qual ele se engajou de corpo e alma.
Não obstante este forte compromisso
ideológico com o socialismo, Florestan Fernandes – ao avaliar o conjunto
de sua obra e trajetória pessoal – reconhecia que foi ele, sempre e
acima de tudo, um intelectual. Ou seja, como intelectual crítico nunca
abdicou dos recursos próprios do trabalho científico: da teoria, da
pesquisa e da fundamentação empíricas, dos recursos metodológicos e
analíticos da lógica dialética.
Em sua produção intelectual, o combate
pelo socialismo não se fazia apenas do ponto de vista ético-humanista na
medida em que sua defesa estava fundada em uma rigorosa análise da
sociedade de classes, das irreconciliáveis contradições da ordem
capitalista e do Estado burguês no Brasil. Nos escritos do sociólogo, do
publicista e do tribuno militante, a luta incondicional pelo socialismo
esteve sempre, pois, apoiada na pesquisa empírica e na sólida
argumentação teórica, jamais se confundindo com a propaganda ou com a retórica que, por vezes, estão presentes em panfletarismos de orientação esquerdista (na acepção crítica formulada em clássico texto de Lênin).
Por outro lado, Florestan nunca deixou de ironizar os chamados socialistas de cátedra ou os marxistas de gabinete que
“não sabiam o que fazer” com seus conhecimentos sobre Marx e Engels.
Seu juízo sobre estes colegas, no exterior e no Brasil, nunca foi
complacente nem ameno: muitos intelectuais eram basicamente universitários
e sua erudição se limitaria à carreira acadêmica, não à atividade
revolucionária. Nesse sentido, assinalava que esses intelectuais
frequentemente contribuíam para aburguesar o marxismo.
Ao contrário da maioria dos autores do chamado marxismo ocidental, Florestan Fernandes buscou sua inspiração no marxismo clássico:
Marx, Engels, Lênin, Rosa Luxemburgo, Trostky – pensadores cujas obras
refletiram as lutas sociais de seus tempos e buscaram oferecer, junto
aos movimentos sociais, respostas radicais para a superação da ordem
burguesa. Nas suas palavras, o socialismo científico ou o comunismo,
formulados por tais autores, não brotaram apenas da crítica da
filosofia, da economia e da história burguesas; a teoria
socialista nasceu do confronto da crítica com o concreto, foi ela
possível em virtude da existência das lutas efetivas do proletariado
contra o capital, a sociedade de classes e o Estado burguês.
Levando em conta estes pressupostos e
afirmações, a questão que se impõe ao analista é a seguinte: em que
medida o cientista social – na esteira do marxismo clássico – conseguiu
articular, de forma consistente e harmônica, o pensamento e a ação, a teoria e a política?
Teria Florestan conseguido escapar às críticas tradicionais dirigidas
ao intelectual acadêmico que privilegia a Ciência em detrimento do
engajamento social e político ou, em outras palavras, que privilegia o
trabalho teórico em detrimento da luta pela transformação radical da
sociedade de classes? De forma mais precisa, como ele compatibilizaria a
pesquisa sociológica rigorosa com a defesa da revolução socialista?
* Texto originalmente publicado em Crítica e Sociedade. Revista de Cultura política,
vol. 1, no. 1, 2011. Universidade Federal de Uberlândia. Este artigo é
dedicado a Heloisa Fernandes cuja figura humana, convicções políticas e
compromisso intelectual fazem nos lembrar os caminhos trilhados por seu
saudoso e afetuoso pai, Florestan Fernandes.
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Textos de Florestan Fernandes e de pesquisadores sobre aspectos de sua obra
Sobre o trabalho teórico, entrevista de Florestan Fernandes
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Ciências sociais na ótica do intelectual militante, F. Fernandes
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Em busca do socialismo, F. Fernandes
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PT em movimento, F. Fernandes
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Sobre Caio Prado Júnior, F. Fernandes
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A percepção da Assembleia Nacional Constituinte, F. Fernandes
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Capitalismo dependente e revolução social em FF, M. Limoeiro-Cardoso
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A Sociologia de Florestan Fernandes, Octavio Ianni
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Florestan Fernandes e o radicalismo plebeu em Sociologia, Gabriel Cohn
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Ensaios sobre o pensamento educacional de FF, Marcos Oliveira
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F. Fernandes e os dilemas intelectuais contemporâneos, Eliane Veras Soares
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Marxismo e “imagem do Brasil em FF”, Carlos Nelson Coutinho
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Intelectuais, vida acadêmica, marxismo e política no Brasil, Milton Lahuerta
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Indivíduo e sociedade: Florestan Fernandes e Nobert Elias, Marcelo Rosa
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Florestan Fernandes, o sociólogo militante, Vladimir Sachetta
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A sociologia de Florestan Fernandes, Maria Arminda Arruda
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A questão democrática em Florestan Fernandes, Silvana Tótora
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|
FF e a crítica da economia política desenvolvimentista, Rodrigo Castelo
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|
Pensar o capitalismo contemporâneo a partir da obra de FF, Thiago Mandarino
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|
F. Fernandes, História e Histórias, entrevista a G. Cohn e outros
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|
As três casas de Florestan Fernandes, Heloisa Fernandes Silveira
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Dissertações e teses acadêmicas *
A critica do capitalismo dependente, Plinio Sampaio Jr.
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Capitalismo dependente e (contra) revolução burguesa no Brasil, C. Paiva
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|
Florestan Fernandes e Guerreiro Ramos : para além de um debate, T. Martins
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|
Sociologia de F. Fernandes e a questão educacional, Debora Mazza
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|
F. Fernandes : pedagogia nova e a centralidade da categoria Revolução, Gilcilene Barão
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|
F. Fernandes e a questão da intelectualidade, Tatiana Martins
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* O acesso às dissertações e teses defendidas na Unicamp é possível
após um rápido e simples cadastramento na página da biblioteca digital
da Universidade. Feito isso, todos demais acessos serão automáticos.
Vídeos
Entrevista de Florestan Fernandes ao programa TV Cultura, SP (1994)
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O mestre, TV Câmara Federal
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|
Em defesa do marxismo, 1991, Faculdade de Direito USP
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|
Miriam Limoeiro-Cardoso, capitalismo dependente e classes sociais
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acesso
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Depoimento de Antonio Candido em homenagem a Florestan Fernandes
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