11/04/2012

PORQUE O GOVERNO DILMA ESTÁ INTERESSADO NA HARVARD UNIVERSITY?

 Nos jornais de hoje leio que o MIT, Massachusetts Institute of Technology, desmentiu o ministro Mercadante de que vai abrir uma filial no Brasil .... maus .... muito maus ...

Mas independentemente da gafe (entre tantas) do ministro, a realidade é que esses institutos, por problemas econômicos, de um lado, e por projeto ideológico de outro, estão de olhos gordos nos países em desenvolvimento, do tipo do Brasil, India, China e Rússia, a final esses países já tem uma classe média que pode pagar as milionárias cifras de anuidades cobradas por essas fundações privadas de ensino. Para que tenhamos uma ideia, nas universidades consideradas de ponta, não se paga menos do que salgadinhos US$ 60.000 por ano, ( aproximadamente R$ 9.700,00 ao mês) fora as taxas e as despesas de moradia, livros, alimentação,  vestuário, etc.

Em Harvard  vivencia-se o debate sobre reforma curricular e, entre as propostas discutidas, está a noção da "internacionalização" dessa universidade e a "formação do estudante para atuar em um mundo globalizado." Uma das ênfases  curriculares são os cursos de Ciências Humanas e Econômicas para entender as raízes da pobreza ...

 Ora, sabemos que a estrutura curricular de Harvard é conservadora e às vezes reacionária, como na ciência Política, onde lecionou até 2007, o professor Samuel Huntington, teórico do "choque de civilizações" e ex-assessor de Lyndon Johnson e teórico dos bombardeamentos das populações camponesas do Vietnã, que visavam desmontar a infraestrutura alimentar dos vietcongs.   

Também passou por Harvard o "grande" teórico do neoracismo ( e prêmio Nobel!!) Richard Herrnstein, que juntamente com Charles Murray escreveu o livro The Bell Curve , ou  "A Curva do Sino" (no Brasi,l A Curva de Bell  ) , elegia ao racismo moderno.

Dilma babando ovo em Harvard
Mas lá encontram-se também, os novos teóricos do socialiberalismo, como Jeffrey Sachs, estudioso de fórmulas econômicas para manter a miséria sob controle "aceitável"e dentre seus interesses de pesquisa estão, e não por acaso,a investigação da conexão entre a saúde e o desenvolvimento, a geografia econômica, a globalização, a transição para economias de mercado, os mercados financeiros internacionais, a coordenação da política macroeconômica internacional, os mercados emergentes, crescimento e desenvolvimento econômico, a competitividade global e as políticas macroeconômicas em países desenvolvidos e em desenvolvimento.

A pérola máxima do atual reitor (chamado "presidente) de Harvard, o economista Lawrence Summers -  cuja maior obra acadêmica foi ter participado do governo Clinton, como secretário do tesouro e elogiar os militares estadunidenses na "luta contra o terror" -  é que em harvard não se pode contaratar professores com mais de 50 anos. 

Harvard, assim como a maioria esmagadora das fundações de direito privado mantenedoras das universidades estadunidenses está vinculada aos objetivos governamentais dos EUA e de suas grandes corporações privadas, que doam recursos às fundações mantenedoras, em troca de pesquisas localizadas nos interesses de produção e de mercado. Alí, a mercadologia e o marketing funcionam a mil por hora.

Nessas instituições formam-se a elite dirigente da sociabilidade capitalista estadunidense, agora em crise e que necessita de novos ares para ampliar seus conhecimentos de como continuar gestionando o capitalismo moribundo. Como se costuma dizer, dessa "grande" universidade saíram muitos presidentes, como George W. Bush e Obama. Bush não é conhecido por suas capacidades intelectuais, e Obama, quando perguntado qual o livro mais importante de sua vida respondeu que era a obra de literatura infanto-juvenil, de Herman Melville,  Moby Dik. Se esses são os espelhos de Hravard, então continuo com as grandes Universidades públicas brasileira, como a USP, Unicamp, Unesp, UFRJ e outras ....

No fundamental, o interesse sobre Hravard, por parte do governo Dilma, são as identidades, das políticas reformistas e de compensações socias.

O preocupante é a identidade com o modelo de ensino superior a ser implantado gradativamente no ensino superior brasileiro , desonerar o Estado e transferir recursos públicos, com o aliás vem acontecendo, para o setor das empresas da educação ....
"Belo futuro" espera as Universidades e o ensino superior brasileiro!    

 FONTE : Facebook de Antonio Carlos Mazzeo

 

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