25/03/2011

Rodízio de alunos na escola em Belford Roxo

Sem cadeiras suficientes, Belford Roxo alterna dias de aulas e cria terceiro turno

Cerca de dois mil alunos de escolas municipais de Belford Roxo estão fazendo rodízio para assistir aula por falta de mesas e cadeiras. A situação é tão grave que algumas instituições mudaram estudantes de turno para manter as aulas.
Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), professores e pais reclamam que a Escola Municipal Tenente Valmor Lincy Valença, no bairro Shangrilá Torre, por exemplo, diminuiu a carga de quatro para duas horas para atender a todos os alunos das turmas até a 6ª série.
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“Das 13h às 17h estuda um grupo e das 17 às 19h outro grupo”, explicou a diretora do Sepe Maria José Rodrigues de Carvalho. As turmas de 7º ao 9º ano estudam em dias alternados.
Inconformada com a situação, Graciema Ribeiro, 28 anos, reclamou que a filha Ana Beatriz está sendo prejudicada. “Ela cursa a 3ª série e volta mais cedo para casa todos os dias. Assim, não terá ensino adequado”, afirmou.

A diretora da escola, Rosicléa Teresa, alega que fez pedido de mobiliário no ano passado e a previsão é de que chegue nos próximos dias.

AULAS NOTURNAS

Para enfrentar os problemas causados pela falta de mesas e cadeiras, a diretoria do Colégio Alejandro Nunes, no Centro, criou um turno à noite e distribuiu as turmas. A solução mudou a rotina de alunos e professores, especialmente das turmas de 6ª a 8ª séries.

Quem estudava à tarde está tendo que frequentar aulas de 18h às 22h. A coordenadora, Luciney Menegucci, explicou que foi a única alternativa encontrada para evitar que os estudantes perdessem conteúdo escolar. Segundo ela, assim que os móveis da unidade chegarem, ainda esta semana e, os horários serão normalizados.

Prefeitura alega que atraso foi de fornecedor

A Prefeitura de Belford Roxo informou que as carteiras e cadeiras já começaram a ser entregues às unidades, mas houve atraso dos fornecedores. Garantiu que até sexta-feira o problema estará solucionado.

O secretário municipal de Educação, Ronaldo Dias Justino, ressaltou que o número de alunos no município aumentou de 52 mil para 60 mil este ano, o que agravou a situação. Além do material danificado no ano passado, que tinha que ser reposto, houve aumento da demanda.

FONTE: O DIA 

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