05/08/2010

Faltam professores nas escolas da rede estadual de ensino em Niterói

Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), quadro está incompleto em várias instituições. Novos docentes precisam ser contratados com urgência
 
 
O segundo semestre letivo começou na segunda-feira, mas haveria  um deficit “preocupante” de professores nas escolas da rede estadual em Niterói, de acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). Segundo o diretor do sindicato, Rodrigo Teixeira, o Estado precisa contratar profissionais com urgência. Alunos e responsáveis se dizem preocupados com a situação.

“Não tenho informação de nenhuma escola estadual em Niterói em que o quadro de professores esteja completo”, afirma Rodrigo Teixeira, informando ainda que o sindicato está fazendo um levantamento de todas as escolas onde faltam profissionais. 

Ainda de acordo com o Sepe, o problema da falta de profissionais só não é maior porque os próprios profissionais se disponibilizam a repor o conteúdo para turmas que não têm aulas.

“Os professores fazem horas extras e assumem mais turmas. É a saída que eles encontraram para que não haja tantos alunos prejudicados. Mas a situação é grave”, afirma Teixeira.


Último colocado de Niterói no ranking de escolas que participaram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Colégio Estadual Embaixador Raul Fernandes, localizado no Fonseca, seria uma das unidades em que faltam profissionais. De acordo com os alunos, todas as séries apresentam deficit de professores. Na 7ª série do Ensino Fundamental, por exemplo, as turmas não teriam aulas de matemática. Já as turmas de 2ª e 3ª séries do Ensino Médio estariam sem professores de Física e Biologia, respectivamente.

“Faltam muitos professores. Acho que nenhuma turma tem todas as aulas”, conta uma aluna que prefere não ser identificada. 

No Colégio Estadual Conselheiro Josino, na localidade de Teixeira de Freitas, alunos relataram que faltam professores de disciplinas como física e filosofia. A dona de casa Marli da Silva, de 55 anos, conta que a falta de aulas já se tornou uma constante na vida do filho, aluno do 1º ano do Ensino Médio. 

“Tem dias na semana em que meu filho nem vem à escola, porque não tem professores”, relata.

A Secretaria Estadual de Educação informou que trabalha atualmente com carências pontuais de professores, ocasionadas por afastamentos temporários (oriundos de licenças médicas) ou afastamento definitivo (exonerações ou aposentadorias). Os casos são cobertos com prioridade. Com referência às carências mencionadas, a Secretaria está averiguando os casos citados para tomar as providências necessárias.

O Fluminense 
 
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