Servidores realizaram manifestação no centro de Niterói para reivindicar melhorias urgentes para a categoria, como reajuste salarial de 30% e adoção de plano de carreira
Professores da rede municipal, que estavam em greve, protestaram na manhã de ontem em frente à Prefeitura, no Centro. Com faixas e carro de som, cerca de 50 pessoas pediram alterações no sistema educacional de Niterói.
Eles reivindicam, entre outros itens, um reajuste salarial de 30%, redução da carga horária, melhoria das condições de trabalho e a reabertura de escolas interditadas pelas chuvas – cinco unidades, segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe).
Representantes da categoria foram recebidos ontem à tarde pelo secretário de Governo, Michel Saad, para dar início às negociações. De acordo com o Sepe, cerca de 60% das escolas municipais não tiveram aula. Hoje, as aulas serão retomadas normalmente, mas na próxima quinta-feira deverá ser realizada uma nova paralisação.
Durante o protesto, os educadores reclamaram das condições de trabalho nas escolas. Elma Souza, 40 anos, professora da Escola Municipal Maralegre, destacou que a situação das merendeiras deve ser analisada com mais atenção pela Prefeitura.
“Aqui em Niterói elas não só servem comida, como cozinham e limpam. Muitas escolas estão com desfalque no quadro de funcionários e as cozinheiras acabam trabalhando mais do que deveriam. E isso tudo para receber um salário de menos de R$ 500”, reclama Elma.
Na reunião com Michel Saad, os manifestantes entregaram um documento com as reivindicações.
“E o secretário garantiu que vai tentar mandar um representante para a nossa audiência com a Fundação Municipal de Educação, no dia 17. Vamos aproveitar a data em que os professores da rede estadual também vão fazer uma paralisação para continuar nosso movimento. Esperamos que haja diálogo e não seja preciso começar uma greve definitiva”, torce Rodrigo Teixeira, diretor do Sepe de Niterói.
O Fluminense
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