06/03/2010

Sem as mulheres a luta fica pela metade-8 de março - Dia Internacional das Mulheres


8 de março - Dia Internacional das Mulheres

As mulheres da Intersindical nessa semana realizaram manifestações como parte da campanha Nenhum Direito a menos, avançar nas conquistas.

Assembléias em fabricas metalúrgicas na região de Campinas/SP tiveram a participação de trabalhadoras e trabalhadores nas fabricas Fox Conn e Samsung.

As manifestações do 8 de Março estão acontecendo com o caráter de luta e classe que essa data significa. Relembrando as companheiras que lutaram e deram suas vidas pela redução da jornada, por direitos e por uma outra sociedade onde ser diferente não significa ser desigual.

Outra discussão importante que estamos fazendo nas mobilizações é sobre o serviço doméstico que nessa sociedade é imposto como uma tarefa das mulheres, serviço esse não remunerado e de extrema importância para o capital.

Nas mobilizações o avanço da luta em defesa da redução da jornada sem redução de salários, a garantia como direito e não uma concessão dos patrões da ampliação da licença maternidade, a reivindicação das creches nos locais de trabalho entre outras foram parte das reivindicações que mobilizaram já nessa semana milhares de trabalhadoras.

Nas assembléias que realizamos com atraso na produção, também colocamos a importância de nossa luta além das fronteiras.

A solidariedade as trabalhadoras e trabalhadores haitianos que para além da tragédia que se abateu após o terremoto, sofrem com a ocupação militar do País e os ataques do Capital que se aproveita da tragédia para obter lucros e explorar ainda mais os trabalhadores.

O ano começa com intensas lutas na Grécia os trabalhadores já preparam a 2ª greve geral, na França e Bélgica trabalhadores fazem greve em defesa dos direitos e contra as demissões e aqui no Brasil não vai ser diferente, muita luta para manter e ampliar direitos.

No Rio Grande do Sul as mulheres da Intersindical junto às mulheres da Via Campesina realizaram manifestação na região metropolitana de Porto Alegre na Fabrica Bunger, o piquete paralisou a circulação de mercadorias e as trabalhadoras colocaram as questões especificas que atingem as mulheres como parte da luta geral, depois seguiram em marcha para a cidade de Porto Alegre.

Na próxima semana as mobilizações continuam. Nosso 8 de Março anticapitalista, por nenhum direito a menos, para avançar nas conquistas e nas lutas especificas das trabalhadoras a luta geral da classe trabalhadora.

Continuamos em luta por:

* PELA REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO SEM REDUÇÃO DE SALARIOS
* POR NENHUM DIREITO A MENOS E AVANÇAR NAS CONQUISTAS
* PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
* CRECHES NOS LOCAIS DE TRABALHO
* LAVANDERIAS E RESTAURANTES PÚBLICOS
* POR UM PROGRAMA INTREGRAL DE SAÚDE DA MULHER
* FIM DA VIOLENCIA E PUNIÇÃO AOS AGRESSORES
* A CADA DIA DA NOSSA LUTA ENFRENTAR O CAPITAL E SEU ESTADO
* CONSTRUIR UMA OUTRA SOCIEDADE , ONDE SER DIFERENTE NÃO SIGNIFIQUE SER DESIGUAL, UMA SOCIEDADE SOCIALISTA

Sem as mulheres a luta fica pela metade

A partir dessa semana a Intersindical tendo as mulheres trabalhadoras à frente organizará diversas mobilizações por nenhum direito a menos e avançar nas conquistas.

Em São Paulo, no Rio Grande do Sul, Santa Cataria e DF as manifestações já estão sendo organizadas e acontecerão em vários locais de trabalho. Mulheres metalúrgicas, sapateiras, têxteis, funcionárias publicas, trabalhadoras no ramo bancário, químico e plástico estarão em movimento juntas para lutar pela manutenção e ampliação dos direitos.

A situação de maior exploração e opressão contra as trabalhadoras continua: mesma função que os trabalhadores e menores salários, o assédio sexual que atinge na maioria das vezes as mulheres, as doenças provocadas pelo trabalho, a demissão preferencial de mulheres com filhos, a dupla jornada, as sucessivas tentativas dos patrões e do governo em diminuir os direitos e aumentar a idade para aposentadoria.

O governo Lula assinou o Decreto n˚ 7.052 que trata sobre a ampliação da licença maternidade, mas não como uma exigência a ser cumprida pelos empresários, e sim uma liberalidade, ou seja, os patrões podem ou não garantir a prorrogação da licença e ainda terão como beneficio a isenção de impostos. Portanto mais uma concessão ao Capital e não um direito garantido às trabalhadoras.

Além disso, nessa sociedade capitalista em que vivemos a maternidade segue sendo imposta como uma tarefa exclusiva das mulheres como também o serviço doméstico.

Portanto nossa luta segue contra os ataques dos patrões e do governo, os problemas que atingem as mulheres trabalhadoras por nós serão enfrentados numa luta geral da classe trabalhadora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Serão eliminados do Blog os comentários que:

1-Configurem qualquer tipo de crime de acordo com as leis do país;
2-Contenham insultos, agressões, ofensas e baixarias;
3-Contenham conteúdos racistas ou homofóbicos.