25/03/2010

Metade das escolas sem mestre-Rede municipal do Rio de Janeiro

Secretaria constatou falta de professores sobretudo nas unidades de ensino localizadas nas zonas Norte e Oeste.

Rio - Metade das escolas da rede municipal de ensino do Rio sofre com a falta de professores. O dado foi revelado em levantamento feito com 976 diretores pela Secretaria Municipal de Educação no fim do ano passado. Em algumas unidades, ainda não há mestres para algumas disciplinas e até séries inteiras, acrescenta o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe).


De acordo com a pesquisa da secretaria, as escolas mais afetadas pelo problema estão localizadas nas 5ª e 10ª Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), que abrangem unidades das zonas Norte e Oeste. Segundo o Sepe, no entanto, a carência de professores atinge todas as regiões da cidade.
“Um dos maiores problemas que nós enfrentamos hoje é a falta de professores. Há escolas de todas as coordenadorias nessa situação”, disse a coordenadora do Sepe na capital, Susana Gutierrez. Ela acrescenta ainda que cerca de 17 mil professores do município dobram o turno para suprir a falta de docentes, ‘maquiando’ a deficiência, que seria ainda maior.
Segundo o Sepe, os maiores déficits acontecem na Maré, nos Cieps Samora Machel, onde faltariam 12 professores, e Operário Vicente Mariano, com menos 10 docentes. Uma das unidades afetadas, a Escola Municipal Pernambuco, em Maria da Graça, conta com esquema especial para atender os alunos. Segundo os professores da unidade, nesses casos, a própria diretora deixa suas funções administrativas para cuidar das turmas.
A mãe de um dos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental dessa escola conta que há ocasiões em que os alunos são deixados sob a supervisão de estagiários ou mesmo sozinhos em sala de aula. No 18º dia letivo do ano, a avó de outra aluna contou que a neta tinha seu quarto dia de aula, por conta da falta de professores.

Mais de mil profissionais nas salas de aula até abril


Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 1.092 professores (660 do 1º ao 5º anos, 110 de Língua Portuguesa, 100 de Ciências, 90 de História, 90 de Geografia e 42 de Matemática) foram convocados em janeiro e já estão sendo distribuídos. Todos deverão estar em sala de aula até abril. Vagas abertas com aposentadorias de professores serão repostas mensalmente, utilizando o banco de concursos.
 A pesquisa feita com os diretores das escolas municipais apontou ainda que 68,4% deles consideram o ensino em sua escola ‘bom’, que 57,5% sentem que ‘a maioria’ dos professores prioriza a aprendizagem dos alunos.

FONTE: O DIA 

3 comentários:

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  2. O SEPE DEVERIA MENCIONAR TAMBÉM A QUESTÃO DAS MERENDEIRAS CONCURSADAS (E NÃO EFETIVADAS), SUBSTITUÍDAS POR TERCEIRIZADAS DA CONLURB.

    O SEPE QUANDO MENCIONA O QUANTITATIVO DE FALTAS, SEJA DA REDE ESTADUAL OU DAS MUNICIPAIS DEVERIA INCLUIR OS FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS, PASSA A IMPRESSÃO QUE SOMETE A EDUCAÇÃO FUNCIONA GRAÇAS AOS PROFESSORES E OS FUNCIONÁRIOS SÃO SECUNDÁRIOS E DISPENSÁVEIS.

    "que os alunos são deixados sob a supervisão de estagiários ou mesmo sozinhos em sala de aula. "

    SE SÃO DEIXADOS SOZINHOS É PORQUE FALTA INSPETORES OU OUTROS FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS.

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