26/03/2010

Desperdício na educação

Ar-condicionado: pedido de aumento de carga perto do início das aulas

O estado concentrou os pedidos de aumento de carga elétrica em escolas do interior no mês de fevereiro, período em que começaram as aulas na rede pública estadual. Dados obtidos pelo EXTRA mostram que, em fevereiro, foram feitos 369 requerimentos à Ampla. Nessas unidades, a ampliação é pré-condição para que os aparelhos de ar-condicionado, alugados pelo estado num contrato assinado em julho de 2009, pudessem ser ligados. Ao longo de 2009, foram apenas 26 pedidos na área da concessionária. Em janeiro deste ano, foram 11. Procurada, a Ampla confirmou os números.

Os dados são mais um indício do desperdício de dinheiro por parte do governo. No domingo, o EXTRA mostrou que apenas 6 mil de 14 mil desses equipamentos instalados nas salas estavam funcionando.  Apesar disso, o estado pagará, em relação ao mês de fevereiro, pelo aluguel dos 14 mil.

Segundo especialistas das concessionárias, os pedidos de aumento de carga, bem como a execução desse serviço, poderiam ter sido feitos antes da instalação dos aparelhos de ar. Isso evitaria que o estado pagasse aluguel pelos equipamentos, enquanto estes aguardam nas paredes, sem funcionar, o acréscimo da potência. 
-Isso só confirma a falta de planejamento do estado - disse o presidente da Comissão de Educação da Alerj, deputado Comte Bittencourt (PPS). 

E mais: de acordo com a Resolução 456 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o prazo total de execução do aumento de carga pode levar até cerca de 90 dias. Segundo uma fonte da Ampla, a concessionária está conseguindo, a pedido do estado, reduzir esse tempo para um intervalo entre 30 e 50 dias. Entretanto, mesmo assim, essa espera é muito maior do que o tempo levado para a instalação de um aparelho de ar: um dia, segundo a empresa Bello Rio, responsável por afixar os equipamentos.

Apesar disso, segundo a Secretaria de Educação, o processo de aumento de carga (processo que pode durar até 90 dias) e o processo de instalação dos aparelhos (que pode durar um dia) deveria ser simultâneo.

— Entretanto, em função do grande número de unidades e da abrangência do espaço geográfico, algumas realmente tiveram os aparelhos instalados não coincidindo com o cronograma das concessionárias — admitiu a secretaria.
Procurada, a Light não quis falar sobre os dados de aumento de carga em sua área.

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